segunda-feira, 26 de abril de 2010

Trezena em Preparação para ao CONGRESSO EUCARISTICO NACIONAL



1º de Maio (Sábado)

15h – Santa Missa e Adoração: Colégio Anglo
( Maria Jovem)

2 de Maio (Domingo)
17h – Santa Missa e Adoração: Colégio  Anglo
(Maria Jovem)

3 de Maio( Segunda-feira)
19:30h – Santa Missa e adoração:
Catedral de N.S.das Grotas

4 de Maio ( Terça-feira)
19:30h – Santa Missa e Adoração:
Paróquia Santo Antônio

5 de Maio(Quarta-feira)
19:30h – Santa Missa e Adoração:
Paróquia Santo Afonso

6 de Maio ( Quinta-feira)
19:30h – Santa Missa e Adoração:
Paróquia Santa Teresinha

  7 de  Maio ( sexta-feira)
19:30h- Santa Missa e Adoração:
Paróquia N.S.Aparecida

 (João Paulo II)
8 de Maio ( Sábado)
19:30h – Santa Missa e Adoração:
Comunidade São José, Alto da Maravilha)

9 de Maio(Domingo, Dia das Mães)
7:30h – Santa Missa e Adoração:
Paróquia   São Cosme e São Damião

19:30h – Santa Missa e Adoração:
Comunidade Santa Maria Goretti

10 de Maio (Segunda-feira)
 19:30h - Santa  Missa e Adoração:
Comunidade São Francisco de Assis
(Country Clube)

11 de Maio ( Terça-feira) 
19:30h - Santa Missa e Adoração:
Comunidade Santa Rita(Dom José Rodrigues)

12 de Maio (Quarta-feira)
 19:30h - Santa Missa e Adoração:
Comunidade N.S.Fátima (Alto de Aliança)

13 de Maio (Quarta – feira, dia de N.S.de Fátima)

19:30h – Santa missa e adoração:
Paróquia São Cosme e São Damião.
( abertura de CEN em Brasília)


 
Realização: Diocese de Juazeiro,BA, 
Movimentos  e Pastoral Familiar

domingo, 18 de abril de 2010

Encontro Diocesano de Cantos Liturgicos

Aconteceu nos dia 6 e 7 de Março no CTL em Carnaiba, o Encontro Diocesano de Cantos  Liturgicos, com a presença de representantes de varias Paróquias da Diocese.





sexta-feira, 9 de abril de 2010

A Familia Cristã no Mundo de hoje

O tema que nos foi proposto “A Família Cristã no Mundo de Hoje” requer uma reflexão a nível dos documentos da Igreja e a nível dos desafios a que a família cristã está exposta diante dos ataques que lhe são impostos pela denominada “cultura da morte”.
Em verdade vários são os documentos da Igreja que tratam da família. Particularmente os divulgados neste pontificado de João Paulo II. A exortação apostólica “A missão da Família Cristã no mundo de hoje” a encíclica “Familiaris Consortio” e a recente “Cartas à Família constituem documentos atuais nos quais o Santo Padre expõe sua preocupação diante das ameaças a instituição da família e orienta os cristãos para a preservação do plano de Deus Criador e Redentor.
Em verdade constitui um verdadeiro desafio para a família cristã nos dias atuais a rápida mudança social, a mudança dos costumes e dos hábitos, forçados pelo desenvolvimento tecnológico nem sempre orientado para uma vida familiar sadia. Muito pelo contrário. O desenvolvimento das comunicações levou para nossos lares de um lado uma sensação de progresso, de outro o que podemos chamar de “lixo”, de veneno que aos poucos vai destruindo toda uma formação moral e ética em que se fundamenta os valores cristãos da sociedade.
Com mentiras, meias-verdades e eufemismos os destuidores da família procuram levar muitas pessoas de boa fé a contribuírem com seus projetos. Querem um exemplo? A propaganda mentirosa do sexo seguro com “camisinha”. Já é por demais conhecida a pesquisa que demonstra ser o preservativo ineficaz como preventivo da AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis. O virus da AIDS é 450 vezes menor que o espermatozóide. Os preservativos têm furos “poros”, “fissuras 50 a 500 vezes maior que o virus da AIDS. Não oferecem nenhuma segurança. Mesmo se considerasse apenas uma falha de 25%, isto é no caso de rompimento ou de mal uso não podíamos dizer que seu uso seria seguro. Vejam: se numa ponte aérea Brasília-Rio de cada 100 aviões 25 caíssem, poderíamos dizer que essa ponte aérea seria segura? Você tomaria um avião dessa ponte sem saber qual o que vai cair? É uma verdadeira roleta russa. Essa propaganda só tem um objetivo promover a promiscuidade sexual, o sexo livre, a gravidez na adolescência e o consequente aborto, a destruição de uma vida humana.
A família, hoje é condenada a conviver com novelas, filmes e programas de TV com os mais torpes desafios à formação moral de nossos filhos. As revistas pornográficas aumentam cada dia suas edições. Os artigos “plantados” nos jornais e revistas levam a deformação das consciências. A educação sexual hedonista já constitui programa nas escolas de nossos filhos.
O que é de estarrecer é que tudo isso foi programado e bilhões de dólares são investidos por grupos e instituições interessadas na destruição da vida e da família.
Não é por acaso que as coisas vêm acontecendo. Querem um exemplo? Há uns 30 anos tínhamos famílias numerosas com 6, 8, 12 e mais filhos. Hoje já não acontece assim. Quantos de vocês com idade abaixo de 30 anos planejam apenas 2 filhos? A grande maioria.
Vocês sabem porque desejam apenas 2 ou 3 filhos? A resposta vocês vão encontrar nesse documento intitulado “Implicações do crescimento populacional para a segurança e os interesses externos dos Estado Unidos”, documento classificado como “Confidencial” sob o código NSSM 200. Esse documento assinado pelo então Secretário de Estado americano, Sr. Henry Kissinger condicionou todo um comportamento da atual geração.
E já se prepara a próxima geração para ter apenas 2 filhos através da chamada “educação sexual” nas escolas. Uma educação contrária a moral cristã porque prega a anticoncepção, o aborto o homossexualismo, o sexo livre e por aí vai.
Os filhos são a bênção de Deus. Costumo dizer que cada filho vem com um pão debaixo do braço. A situação da família sempre melhora com a vinda de mais um filho. Ai de nós pais se não temos nossos filhos para olhar por nós na velhice! Não é o governo, nem a previdência social falida nem a aposentadoria que vai nos valer no fim de nossos dias. Mas os filhos que vão ser as escoras dos pais.
Testemunho da Nancy
Temos 8 filhos: 4 homens e 4 mulheres; 3 já casados que nos deram 8 netos. Sei que alguns poderiam pensar: é porque vocês tinham condições de criar. Na ocasião tinha as mesmas condições de muitos: Humberto era funcionário público e como funcionário não tinha o melhor salário. Mas Deus dá o frio conforme o cobertor. Hoje muitos não querem mais filhos não é porque não podem criar, mas por egoísmo, para não se privar do conforto, dos passeios, de um carro novo etc. Além disso a grande propaganda para o controle de nascimentos, a distribuição de compridos, DIUs além da esterilização em massa de mulheres tem levado a uma família pequena de apenas 2 filhos.
Quando tínhamos apenas 3 filhos muitos me aconselhavam a fazer esterilização. Foi uma pressão enorme para que eu não tivesse mais filhos. Mas como casal cristão estávamos decididos a ter o número de filhos que Deus nos confiasse para criar.
(Testemunho do João). Estava me preparando para uma cirurgia de cálculo renal quando descobri que estava grávida de meu filho caçula. O médico aconselhou o aborto dizendo-me que eu corria risco de vida e este era um caso de aborto previsto na lei. Além disso argumentou que eu havia feito várias radiografias e provavelmente a criança nasceria com alguma deformação.
Evidentemente nem eu nem meu marido concordamos em autorizar o aborto. Deixamos esse médico e procuramos um outro que acompanhou a gravidez e com 3 meses de grávida me operei do cálculo renal.
João Paulo, nosso último filho, está hoje com 13 anos. Perfeito, sadio e já concluindo o 1º grau.
Mas os ataques à vida e à família não ficam só por ai. A própria instituição do casamento está em perigo. O reconhecimento da união estável com os mesmos direitos dos casados e a recente proposta de casamento entre homossexuais são exemplos de que a instituição familiar corre perigo!
Não é fácil manter os valores cristãos da família nos dias de hoje!
Desde a moda no vestir às novelas, sem falar nas drogas, na pressão de grupos, na propaganda do sexo livre, na propaganda do homossexualismo, sentimos impotentes diante de tudo isso para manter uma família cristã.
Mas diante de tantos desafios os que fazer? A Igreja, mestra e mãe tem respondido a essas indagações com os documentos que devem ser lidos e meditados por todos nós. O Santo Padre, João Paulo II não se cansa de falar desses males de nosso tempo e que ele denominou de “cultura da morte” que visa não só destruir a família, senão a própria vida no nascedouro, pelo aborto. Quando o Papa afirma que o futuro da humanidade está em perigo ele está preocupado com a destruição da família e da vida em face de todos esses atentados.
Mas nem só os documentos servem de orientação. A família cristã deve está alicerçada da leitura do Evangelho, da oração em família, da frequência aos sacramentos, notadamente os sacramentos da Penitência e da Eucaristia. Muitos já não se rezam mais o terço, não se vai à missa, nem mesmo aos domingos, não se ensina os filhos a rezar. Depois se queixam de que os filhos perderam a fé, não obedecem mais os pais, nem querem mais saber de ir à missa aos domingos. A fé, como o corpo tem de ser alimentada. Alimenta-se a fé com orações, com a leitura do evangelho, com a eucaristia, com a penitência, com o jejum, os exercícios espirituais.
Também podemos defender a família votando em candidatos que defendam os valores cristãos para nos representar na Câmara Distrital, no Senado e na Câmara Federal. Não devemos apenas confiar nas promessas dos candidatos mas examinar seu passado. Como votaram os projetos de interesse da família e da vida? A Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família tem divulgado como votaram os deputados federais os projetos de aborto e os de interesse da família. O católico não pode votar em candidato que comprovadamente defende a legalização do aborto, do casamento de homossexuais ou a esterilização como método de planejamento familiar.
Meus irmãos não é fácil ser família cristã nos dias de hoje! Não é fácil quando a televisão invade nossos lares com imagens de nudismo e histórias que pregam a imoralidade. Não é fácil quando a droga está nas portas das escolas de nossos filhos. Não é fácil quando a jovem é pressionada pela sociedade a abortar um filho que não estava programado e foi fruto do sexo livre. Mas é possível desde que sigamos os ensinamentos da Igreja e não nos afastamos da oração.
Família, santuário da vida; família berço da vida.são expressões usadas pelo Papa João Paulo II para expressar sua estima pela família e pelos filhos. Quando há justa fazões admite-se a Encíclica “Humanae Vitae” a regulação da fertilidade, isto é evitar filho pelos métodos naturais de planejaemnto familiar. O uso do metodo da ovulação e da temperatura basal não contraria a natureza e nem tem efeitos colaterais. Estão abertos à vida e por isso são métodos lícitos.
Concluindo, meus irmãos, podemos dizer que não é fácil manter uma família cristã nos dias de hoje diante dos desafios que a família enfrenta.
Peçamos ao Senhor e à sua Mãe Santíssima que preservem a família, com preservou a de Nazaré para que nossos filhos e netos possam conhecer a unidade familiar que nos legou nossos pais.
Muito obrigado senhores!

Humberto L. Vieira
Presidente da PROVIDAFAMÍLIA
Membro da Pontifícia Academia para a Vida

sábado, 3 de abril de 2010

O Cirio Pascal


É o símbolo mais destacado do Tempo Pascal. A palavra "círio" vem do latim  "cereus", de cera. O produto das abelhas. O círio mais importante é o que é aceso na  vigília Pascual como símbolo de Cristo - Luz, e que fica sobre uma elegante coluna ou candelabro enfeitado.
O Círio Pascal é já desde os primeiros séculos um dos símbolos mais expressivos da vigília. Em meio à escuridão (toda a celebração é feita de noite e começa com as luzes apagadas), de uma fogueira  previamente preparada se acende o Círio, que tem uma inscrição em forma de cruz, acompanhada da data do ano e das letras Alfa e Omega, a primeira e a última do alfabeto grego, para indicar que a  Páscoa do Senhor Jesus, princípio e fim do tempo e da eternidade, nos alcança com força sempre nova no ano concreto em que vivemos. O Círio Pascal tem em sua cera incrustado cinco cravos de incenso simbolizando as cinco chagas santas e gloriosas do Senhor da Cruz.
Na procissão de entrada da Vigília se canta por três vezes a aclamação ao Cristo: "Luz de Cristo. Demos graças a Deus", enquanto progressivamente vão se acendendo as velas do presentes e as luzes da Igreja. Depois o círio é colocado na coluna ou candelabro que vai ser seu suporte, e se proclama em torno à ele, depois de incensá-lo, o solene Pregão Pascal. 
Além do simbolismo da luz, o Círio Pascal tem também o da oferenda, como cera que se consome em honra a Deus, espalhando sua Luz: "aceita, Pai Santo, o sacrifício vespertino desta chama, que a santa Igreja te oferece na solene oferenda deste círio, trabalho das abelhas. Sabemos já o que anuncia esta coluna de fogo, ardendo em chama  viva para glória de Deus...  Rogamos-te que este Círio, consagrado a teu nome, para destruir a escuridão desta noite".
O Círio Pascal ficará  aceso em todas as celebrações durante as sete semanas do tempo pascal, ao lado do ambão da Palavra, ate´a tarde do domingo de Pentecostes. Uma vez concluído o tempo Pascal, convém que o  Círio seja dignamente conservado no batistério. O Círio Pascal também é usado durante os batismos e as  exéquias, quer dizer no princípio e o término da vida temporal, para simbolizar que um cristão participa da luz de Cristo ao longo de todo seu caminho terreno, como garantia de sua incorporação definitiva à Luz da vida eterna.

Domingo de Páscoa



      O Domingo de Páscoa, ou a Vigília Pascal, é o dia em que até mesmo a mais pobre igreja se reveste com seus melhores ornamentos, é o ápice do ano litúrgico. É o aniversário do triunfo de Cristo. É a feliz conclusão do drama da Paixão e a alegria imensa depois da dor. E uma dor e alegria que se fundem pois se referem na história ao acontecimento mais importante da humanidade: a redenção e libertação do pecado da humanidade pelo Filho de Deus.
           São Paulo nos diz : "Aquele que ressuscitou Jesus Cristo devolverá a vida a nossos corpos mortais". Não se pode compreender nem explicar a grandeza da Páscoa cristã sem evocar a Páscoa Judaica, que Israel festejava, e que os judeus ainda festejam, como festejaram os hebreus há três mil anos. O próprio Cristo celebrou a Páscoa todos os anos durante a sua vida terrena, segundo o ritual em vigor entre o povo de Deus, até o último ano de sua vida, em cuja Páscoa aconteceu na ceia e na istituição da Eucaristia.
              Cristo, ao celebrar a Páscoa na Ceia, deu à comemoração tradicional da libertação do povo judeu um sentido novo e muito mais amplo. Não é um povo, uma nação isolada que Ele liberta, mas o mundo inteiro, a quem prepara para o Reino dos Céus. A Páscoa cristã - cheia de profunda simbologia - celebra a proteção que Cristo não cessou nem cessará de dispensar à Igreja até que Ele abra as portas da Jerusalém celestial. A festa da Páscoa é, antes de tudo, a representação do acontecimento chave da humanidade, a Ressurreição de Jesus depois de sua morte consentida por Ele para o resgate e a reabilitação do homem caído. Este acontecimento é um dado histórico inegável. Além de que todos os evangelistas fizeram referência. São Paulo confirma como o historiador que se apoia, não somente em provas, mas em testemunhos.
Páscoa é vitória, é o homem chamado a sua maior dignidade. Como não se alegrar pela vitória d'Aquele que tão injustamente foi condenado à paixão mais terrível e à morte de cruz?, pela vitória d'Aquele que anteriormente foi flagelado, esbofeteado, cuspido, com tanta desumana crueldade.
Este é o dia da esperança universal, o dia em que em torno ao ressuscitado, unem-se e se associam todos os sofrimentos humanos, as desolusões, as humilhações, as cruzes, a dignidade humana violada, a vida humana respeitada.

           A Ressurreição nos revela a nossa vocação cristã e nossa missão: aproximá-la a todos os homens. O homem não pode perder jamais a esperança na vitória do bem sobre o mal. Creio na Ressurreição?, a proclamo?; creio em minha vocação e missão cristã, a vivo?; creio na ressurreição futura? , é alento para esta vida?, são perguntas que devem ser feitas.
A mensagem redentora da Páscoa não é outra coisa que a purificação total do homem, a libertação de seus egoísmos, de sua sensualidade, de seus complexos, purificação que, ainda que implique em uma fase de limpeza e saneamento interior, contudo se realiza de maneira positiva com dons de plenitude, com a iluminação do Espírito, a vitalização do ser por uma vida nova, que transborda alegria e paz - soma de todos os bens messiânicos-, em uma palavra, a presença do Senhor ressuscitado. São Paulo o expressou com incontida emoção neste texto: " Se ressuscitastes com Cristo, então vos manifestareis gloriosos com Ele".

Sábado Santo

"Durante o Sábado santo a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando sua paixão e sua morte, sua descida à mansão dos mortos e esperando na oração e no jejum sua ressurreição (Circ 73).
No dia do silêncio: a comunidade cristã vela junto ao sepulcro. Calam os sinos e os instrumentos. É ensaiado o aleluia, mas em voz baixa. É o dia para aprofundar. Para contemplar. O altar está despojado. O sacrário aberto e vazio.
A Cruz continua entronizada desde o dia anterior. Central, iluminada, com um pano vermelho com o louro da vitória. Deus morreu. Quis vencer com sua própria dor o mal da humanidade. É o dia da ausência. O Esposo nos foi arrebatado. Dia de dor, de repouso, de esperança, de solidão. O próprio Cristo está calado. Ele, que é Verbo, a Palavra, está calado. Depois de seu último grito da cruz "por que me abandonaste?", agora ele cala no sepulcro. Descansa: "consummantum est", "tudo está consumado". Mas este silêncio pode ser chamado de plenitude da palavra. O assombro é eloqüente. "Fulget crucis mysterium", "resplandece o mistério da Cruz".
O Sábado é o dia em que experimentamos o vazio. Se a fé, ungida de esperança, não visse no horizonte último desta realidade, cairíamos no desalento: "nós o experimentávamos… ", diziam os discípulos de Emaús.
É um dia de meditação e silêncio. Algo pareceido à cena que nos descreve o livro de Jó, quando os amigos que foram visitá-lo, ao ver o seu estado, ficaram mudos, atônitos frente à sua imensa dor: "Sentaram-se no chão ao lado dele, sete dias e sete noites, sem dizer-lhe uma palavra, vendo como era atroz seu sofrimento" (Jó. 2, 13).
Ou seja, não é um dia vazio em que "não acontece nada". Nem uma duplicação da Sexta-feira. A grande lição é esta: Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo em que pode ir uma pessoa. E junto a Ele, como sua Mãe Maria, está a Igreja, a esposa. Calada, como ele. O Sábado está no próprio coração do Tríduo Pascal. Entre a morte da Sexta-feira e a ressurreição do Domingo nos detemos no sepulcro. Um dia ponte, mas com personalidade. São três aspectos -não tanto momentos cronológicos- de um mesmo e único mistério, o mesmo da Páscoa de Jesus: morto, sepultado, ressuscitado:
"...se despojou de sua posição e tomou a condição de escravo…se rebaixou até se submeter inclusive à morte, quer dizer, conhecesse o estado de morte, o estado de separação entre sua alma e seu corpo, durante o tempo compreendido entre o momento em que Ele expirou na cruz e o momento em que ressuscitou. Este estado de Cristo morto é o mistério do sepulcro e da descida à mansão dos mortos. É o mistério do Sábado Santo em que Cristo depositado na tumba manifesta o grande repouso sabático de Deus depois de realizar a salvação dos homens, que estabelece na paz o universo inteiro".

Vigília Pascal

A celebração é no sábado à noite, é uma Vigília em honra ao Senhor, segundo uma antiqüíssima tradição, (Ex. 12, 42), de maneira que os fiéis, seguindo a exortação do Evangelho (Lc. 12, 35 ss), tenham acesas as lâmpadas como os que aguardam a seu Senhor quando chega, para que, ao chegar, os encontre em vigília e os faça sentar em sua mesa.
A Vigília Pascal se desenvolve na seguinte ordem:
  • Breve Lucernário
  • Abençõa-se o fogo. Prepara-se o círio no qual o sacerdote com uma punção traça uma cruz. Depois marca na parte superior a letra Alfa e na inferior Ômega, entre os braços da cruz marca as cifras do anos em curso. A continuação se anuncia o Pregão Pascal.

  • Liturgia da Palavra
    Nela a Igreja confiada na Palavra e na promessa do Senhor, media as maravilhas que desde os inícios Deus realizou com seu povo.

  • Liturgia Batismal
    São chamados os catecúmenos, que são apresentados ao povo por seus padrinhos: se são crianças serão levados por seus pais e padrinhos. Faz-se a renovação dos compromissos batismais.

  • Liturgia Eucarística
    Ao se aproximar o dia da Ressurreição, a Igreja é convidada a participar do banquete eucarístico, que por sua Morte Ressurreição, o Senhor preparou para seu povo. Nele participam pelas primeira vez os neófitos.
Toda a celebração da Vigília Pascal é realizada durante a noite, de tal maneira que não se deva começar antes de anoitecer, ou se termine a aurora do Domingo.
A missa ainda que se celebre antes da meia noite, é a Missa Pascal do Domingo da Ressurreição. Os que participam desta missa, podem voltar a comungar na segunda Missa de Páscoa.
O sacerdote e os ministros se revestem de branco para a Missa. Preparam-se os velas para todos os que participem da Vigília.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Sexta Feira Santa - Paixão do Senhor


Do Evangelho de S. Marcos 15, 33-34.37.39
"Chegado ao meio-dia,
houve trevas por toda a terra,
até às três da tarde.
Às três horas, Jesus exclamou em alta voz:
"Eloì, Eloì, lema sabactàni?"
que quer dizer:
Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonaste? (...)
Soltando um grande brado, Jesus expirou. (...)
Ao vê-Lo expirar daquela maneira,
o centurião, que se encontrava em frente d'Ele, exclamou: "Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus".
Eis o agir mais alto, mais sublime do Filho em união com o Pai. Sim, em união, na mais profunda união... precisamente quando grita: "Eloì, Eloì, lema sabactàni?", "Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonaste?" (Mc 15, 34; Mt 27, 46). Este agir exprime-se na verticalidade do corpo estendido ao longo da trave perpendicular da Cruz com a horizontalidade dos braços estendidos ao longo do madeiro transversal. A pessoa que olha estes braços pode pensar com quanto esforço eles abraçam o homem e o mundo. Abraçam.
Eis o homem. Eis o próprio Deus. "N'Ele (...) vivemos, nos movemos e existimos" (Ato 17, 28). N'Ele, nestes braços estendidos ao longo da trave horizontal da Cruz. O mistério da Redenção.
Jesus, pregado na Cruz, imobilizado nesta terrível posição, invoca o Pai (cf. Mc 15, 34; Mt 27, 46; Lc 23, 46). Todas as suas invocações testemunham que Ele está unido com o Pai. "Eu e o Pai somos um" (Jo 10, 30); "Quem Me vê, vê o Pai" (Jo 14, 9); "Meu Pai trabalha continuamente e Eu também trabalho" (Jo 5, 17).

Quinta Feira Santa - Desnudação do Altar


       A desnudação do altar hoje, é um rito prático, com a finalidade de tirar da igreja todas as manifestações de alegria e de festa, como manifestação de um grande e respeitoso silêncio pela Paixão e Morte de Jesus.

         A desnudação do altar (denudatio altaris), ou despojamento, como preferem alguns, é um rito antigo, já mencionado por Santo Isidoro no século VII, que fala da desnudação como um gesto que acontecia na quinta-feira santa.

        O sacerdote, ajudado por dois  ministros, remove as toalhas e os demais ornamentos e enfeites dos altares que ficam assim desnudados até a Vigília Pascal. No antigo rito, durante a desnudação recitava-se um trecho de um salmo. O gesto da desnudação do altar tinha o significado alegórico da nudez com a qual Cristo foi crucificado.

        O rito atual é realizado de modo muito simples, após a missa. Feito em silêncio e sem a participação da assembléia. As orientações do Missal Romano pedem que sejam retiradas as toalhas do altar e, se possível, as cruzes da igreja.

       Caso isso não seja possível, orienta o Missal que convém velar as cruzes e as imagens que não possam ser retiradas.(Cf. Missal Romano, p. 253, n. 19).

O significado é o silêncio respeitoso da Igreja que faz memória de Jesus que sofre a Paixão e sua morte de Jesus, por isso, despoja-se de tudo o que possa manifestar festa.