quinta-feira, 19 de junho de 2014

Festa de Corpus Christi

 

         Como sabemos em que dia vai ser Corpus Christi? Bem, com o domingo da Solenidade de Pentecostes, ou do Espírito Santo, termina o Tempo Pascal, ou seja, o período em que comemoramos a Ressurreição (Páscoa) de Jesus. Após o domingo de pentecostes vem o domingo da Solenidade da Santíssima Trindade e na quinta-feira, após o domingo da Santíssima Trindade, acontece a comemoração de Corpus Christi ou do Santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo.

            Para que a Santa Hóstia seja adorada de uma forma visível pelos fiéis - pois é o próprio Jesus Vivo em Corpo e Sangue, Alma e Divindade - a Igreja a coloca dentro de um ostensório (veja a figura acima) e a leva em procissão pelas ruas das cidades. É por isso que acontece a procissão de Corpus Christi, onde se dá um destaque especial à Eucaristia.

"Qual é o significado da festa de Corpus Christi?

1. O sentido da celebração

Na quinta-feira, após a solenidade da Santíssima Trindade, a Igreja celebra devotamente a solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, festa comumente chamada de Corpus Christi. A motivação litúrgica para tal festa é, indubitavelmente, o louvor merecido à Eucaristia, fonte de vida da Igreja. Desde o princípio de sua história, a Igreja devota à Eucaristia um zelo especial, pois reconhece neste sinal sacramental o próprio Jesus, que continua presente, vivo e atuante em meio às comunidades cristãs. Celebrar Corpus Christi significa fazer memória solene da entrega que Jesus fez de sua própria carne e sangue, para a vida da Igreja, e comprometer-nos com a missão de levar esta Boa Nova para todas as pessoas.

Poderíamos perguntar se na Quinta-Feira Santa a Igreja já não faz esta memória da Eucaristia. Claro que sim! Mas na solenidade de Corpus Christi estão presentes outros fatores que justificam sua existência no calendário litúrgico anual. Em primeiro lugar, no tríduo pascal não é possível uma celebração festiva e alegre da Eucaristia. Em segundo lugar, a festa de Corpus Christi quer ser uma manifestação pública de fé na Eucaristia. Por isso o costume geral de fazer a procissão pelas ruas da cidade. Enfim, na solenidade de Corpus Christi, além da dimensão litúrgica, está presente o dado afetivo da devoção eucarística. O Povo de Deus encontra nesta data a possibilidade de manifestar seus sentimentos diante do Cristo que caminha no meio do Povo.

2. Origem da solenidade

Na origem da festa de Corpus Christi estão presentes dados de diversas significações. Na Idade Média, o costume que invadiu a liturgia católica de celebrar a missa com as costas voltadas para o povo, foi criando certo mistério em torno da Ceia Eucarística. Todos queriam saber o que acontecia no altar, entre o padre e a hóstia. Para evitar interpretações de ordem mágica e sobrenatural da liturgia, a Igreja foi introduzindo o costume de elevar as partículas consagradas para que os fiéis pudessem olhá-la. Este gesto foi testemunhado pela primeira vez em Paris, no ano de 1200.

          Entretanto, foram as visões de uma freira agostiniana, chamada Juliana, que historicamente deram início ao movimento de valorização da exposição do Santíssimo Sacramento. Em 1209, na diocese de Liége, na Bélgica, essa religiosa começa ter visões eucarísticas, que se vão suceder por um período de quase trinta anos. Nas suas visões ela via um disco lunar com uma grande mancha negra no centro. Esta lacuna foi entendida como a ausência de uma festa que celebrasse festivamente o sacramento da Eucaristia.

3. Nasce a festa do Corpus Christi

Quando as idéias de Juliana chegaram ao bispo, ele acabou por acatá-las, e em 1246, na sua diocese, celebra-se pela primeira vez uma festa do Corpo de Cristo. Seja coincidência ou providência, o bispo de Juliana vem a tornar-se o Papa Urbano IV, que estende a festa de Corpus Christi para toda Igreja, no ano de 1264.

          Mas a difusão desta festa litúrgica só será completa no pontificado de Clemente V, que reafirma sua significação no Concilio de Viena (1311-1313). Alguns anos depois, em 1317, o Papa João XXII confirma o costume de fazer uma procissão, pelas vias da cidade, com o Corpo Eucarístico de Jesus, costume testemunhado desde 1274 em algumas dioceses da Alemanha.

          O Concílio de Trento (1545-1563) vai insistir na exposição pública da Eucaristia, tornando obrigatória a procissão pelas ruas da cidade. Este gesto, além de manifestar publicamente a fé no Cristo Eucarístico, era uma forma de lutar contra a tese protestante, que negava a presença real de Cristo na hóstia consagrada.

          Atualmente a Igreja conserva a festa de Corpus Christi como momento litúrgico e devocional do Povo de Deus. O Código de Direito Canônico confirma a validade das exposições publicas da Eucaristia e diz que principalmente na solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, haja procissão pelas vias públicas (cân. 944).

4. A celebração do Corpo de Cristo

Santo Tomás de Aquino, o chamado doutor angélico, destacava três aspectos teológicos centrais do sacramento da Eucaristia. Primeiro, a Eucaristia faz o memorial de Jesus Cristo, que passou no meio dos homens fazendo o bem (passado). Depois, a Eucaristia celebra a unidade fundamental entre Cristo com sua Igreja e com todos os homens de boa vontade (presente). Enfim, a Eucaristia prefigura nossa união definitiva e plena com Cristo, no Reino dos Céus (futuro).

           A Igreja, ao celebrar este mistério, revive estas três dimensões do sacramento. Por isso envolve com muita solenidade a festa do Corpo de Cristo. Não raro, o dia de Corpus Christi é um dia de liturgia solene e participada por um número considerável de fiéis (sobretudo nos lugares onde este dia é feriado). As leituras evangélicas deste dia lembram-nos a promessa da Eucaristia como Pão do Céu (Jo 6, 51-59 - ano A), a última Ceia e a instituição da Eucaristia (Mc 14, 12-16.22-26 - ano B) e a multiplicação dos pães para os famintos (Lc 9,11b-17 - ano C).

5. A devoção popular

          Porém, precisamos destacar que muito mais do que uma festa litúrgica, a Solenidade de Corpus Christi assume um caráter devocional popular. O momento ápice da festa é certamente a procissão pelas ruas da cidade, momento em que os fiéis podem pedir as bênçãos de Jesus Eucarístico para suas casas e famílias. O costume de enfeitar as ruas com tapetes de serragem, flores e outros materiais, formando um mosaico multicor, ainda é muito comum em vários lugares. Algumas cidades tornam-se atração turística neste dia, devido à beleza e expressividade de seus tapetes. Ainda é possível encontrar cristãos que enfeitam suas casas com altares ornamentados para saudar o Santíssimo, que passa por aquela rua.

         A procissão de Corpus Christi conheceu seu apogeu no período barroco. O estilo da procissão adotado no Brasil veio de Portugal, e carrega um estilo popular muito característico. Geralmente a festa termina com uma concentração em algum ambiente público, onde é dada a solene bênção do Santíssimo. Nos ambientes urbanos, apesar das dificuldades estruturais, as comunidades continuam expressando sua fé Eucarística, adaptando ao contexto urbano a visibilidade pública da Eucaristia. O importante é valorizar este momento afetivo da vida dos fiéis."

(fonte: http://www.bispadobauru.org.br)

quinta-feira, 12 de junho de 2014

“Hora da Família” propõe reflexão sobre a espiritualidade

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Hora da Familia 2014

             A Comissão Nacional da Pastoral Familiar, organismo vinculado a Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB apresenta a edição 2014 do subsídio “Hora da Família”, que já está disponível para aquisição. Com uma proposta moderna e explicativa, o material é organizado em duas partes, sendo sete encontros de reflexão sobre a família e dez celebrações como Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia dos Avós, Aniversário de Casamento, Família Cidadã e Eleições, e ainda uma celebração especial para a Copa do Mundo 2014.

               O subsídio apresenta reflexão sobre temas familiares para a Semana Nacional da Família que, este ano, será de 10 a 16 de agosto. É possível encontrar no livreto roteiros de orações,  o calendário da Comissão Nacional da Pastoral Familiar, contatos dos casais responsáveis pela pastoral nos regionais, instruções sobre associação de famílias e a organização da própria Comissão Vida e Família da CNBB.

            O tema central deste ano é “A espiritualidade cristã na família: um casamento que dá certo” que propõe a prática espiritual do casal e em família. Para o bispo de Camaçari (BA) e presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família, dom João Carlos Petrini, o tema proposto quer ajudar as famílias a viverem a espiritualidade. De acordo com o bispo, “são gestos de espiritualidade que podem fazer a grande diferença na convivência dos esposos, no crescimento dos filhos na fé, na renovação da alegria pelo amor que se renova no dia a dia pelo dom da graça de Deus”.

Encontros

          São sugeridos para os sete encontros temas como comunhão e fidelidade, a religiosidade e piedade, eucaristia dominical, família de Nazaré, desafios da espiritualidade e a família como lugar da espiritualidade cristã. O subsídio destaca ainda a realização da 3º Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos sobre a Família convocada pelo papa Francisco, que ocorrerá de 9 a 15 de outubro, no Vaticano.

             O assessor nacional da Comissão para a Vida e a Família, padre Wladimir Porreca, comenta a importância do tema deste ano. “A prática da espiritualidade cristã é uma graça, um recurso precioso, que colabora para que a família torne-se cada vez mais um lugar cujo amor fecunda o seu reino e onde se vivem as maiores exigências da fé fiel, da esperança gratuita e do amor doação e acolhimento”, explica.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

12 de Junho–Dia dos Namorados - Com quem namorar?

 

        Já vai muito longe o tempo em que os pais arranjavam os casamentos para os seus filhos. Se você quer encontrar alguém, terá que procurá-lo.

       Normalmente é no próprio ciclo das amizades e ambientes de convívio que os namoros começam. Sabemos que o ambiente molda de certa forma a pessoa; logo, você deverá procurar alguém naquele ambiente que vive os valores que você preza.

       Se você é cristão, então procure entre famílias cristãs, ambientes cristãos, grupos de jovens, etc., a pessoa que você procura.

      O namoro começa com uma amizade, que pode ser um pré-namoro que vai evoluindo. Não mergulhe de cabeça num namoro, só porque você ficou “fisgado” pelo outro. Não vá com muita sede ao pote, porque você pode quebrá-lo.

      Sinta primeiro, através de uma pura amizade, quem é a pessoa que está à sua frente. Talvez já nesse primeiro relacionamento amigo você saberá que não é com esta pessoa que você deve namorar. É o primeiro filtro, que tem a grande vantagem de não ter ainda qualquer compromisso com o outro, a não ser de amigos.

        Nem sempre será fácil para você começar e terminar um namoro. Especialmente hoje, com a maior abertura dos pais, logo as famílias são também envolvidas, e isto faz o namoro se tornar mais compromissado.

        Se você não explorar bem o aspecto saudável da amizade, pode ser que o seu namoro venha a terminar rápido porque você logo se decepcionou com o outro. Isto poderia ter sido evitado se antes vocês tivessem sido bons amigos.

        Não são poucas as vezes em que o término de um namoro envolve também os pais, e isto nem sempre é fácil de ser harmonizado. O namoro é o encontro de duas pessoas, naquilo que elas são, e não naquilo que elas têm.

        Se você quiser conquistar um rapaz só pôr causa da sua beleza ou do seu dinheiro, pode ser que amanhã você não se satisfaça só com isto. Às vezes uma pessoa  simpática, bem humorada, feliz, supera muitos que oferecem mais beleza e perfeição física.

        Infelizmente a nossa sociedade trocou a “cultura da alma” pela “cultura do corpo”. A prova disso é que nunca como hoje as cidades estão tão repletas de academias de ginástica, salões de beleza, cosméticos, cirurgias plásticas, etc…

        Investe-se ao máximo naquilo que é a mais inferior  dimensão do ser humano – embora importante -o corpo.

        É claro que todas as moças querem namorar um rapaz bonito, e também o contrário, mas nunca se esqueça que o mais importante é “invisível aos olhos”. O que é visível desaparece um dia, inexoravelmente ficará velho com o passar do tempo.

         Aquilo que você não vê: o caráter da pessoa, a sua simpatia que se mostra sempre atrás de um sorriso fácil e gratuito, o seu coração bom,  a sua tolerância com os erros dos outros, as suas boas atitudes, etc., isto não passa, isto o tempo não pode destruir. É o que vale.

        Se você comprar uma pedra preciosa só pelo seu brilho, talvez você acabe adquirindo uma “jóia” falsa.  É preciso que você conheça a sua constituição  e o seu peso. O povo diz muito bem que “nem tudo que reluz é ouro”.

         Se você se frustrar no plano físico, poderá ainda se realizar nos níveis superiores da vida: o sensível, o racional e o espiritual. Mas, se você se frustrar nos níveis superiores, não  haverá compensação no nível físico, porque ele é o inferior, o mais baixo.

        A sua felicidade não está na cor da sua pele, no tipo do seu cabelo e na altura do seu corpo, mas na grandeza da sua alma. Você já reparou quantos belos e belas artistas terminam de maneira trágica  a vida? Nem a fama mundial, nem o dinheiro em abundância, nem os “amores” mil, foram suficientes para fazê-los felizes. Faltou cultivar o que é essencial; aquilo que é invisível aos olhos.

         Tenho visto muitas garotas frustradas porque não têm aquele corpinho de manequim, ou aquele cabelo das moças que fazem propagandas dos  “shampoos”; mas isto não é o mais importante, porque acaba.

          A vida é curta – mesmo que você jovem não perceba – e, por isso, não podemos gastá-la com aquilo que acaba com o tempo.

         Em nosso trabalho com os jovens temos observado muito, especialmente entre as moças, um certo “pânico” pôr não conseguir encontrar um namorado. E muitas se desesperam e acabam até “apelando”, como dizem.

          Ora, vamos com calma. Será que você ainda não conseguiu namorar porque é muito exigente, e quer alguém perfeito? Examine o porquê disso, Será que você não está confundindo amor com paixão?

        Para que você seja amigo de alguém é preciso “cultivar” a amizade. Você nunca poderá colher se você não semear. Muitos jovens se queixam que não têm amigos; não será porque são egoístas e não se abrem para os outros? O fechamento em si mesmo mata a amizade.

          Se você acha que as suas coisas são só “suas”, e não partilha nada com ninguém, você não terá amigos. Se você não sai de dentro dos seus problemas, e não vai ao encontro dos outros para ajudá-los, você nunca terá amigos de verdade.

          Portanto, saiba discernir, de olhos abertos; e não se deixe cegar pela paixão da sensibilidade ou da carne. O namoro é para isto, para que jamais você reclame no futuro dizendo que se casou enganado. Isto ocorre com quem não leva o namoro a sério. Se você não namorar bem hoje, não reclame amanhã de ter se casado mal, ou com quem não devia; a escolha será sua.

Prof. Felipe Aquino

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Paróquia Nossa Senhora Aparecida realizou casamento comunitário

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Através da Pastoral Familiar, 17 casais que já convivem juntos se casaram no sábado (31/05), na Igreja Matriz da Paróquia Nossa Senhora Aparecida que fica no bairro João Paulo II, em Juazeiro. O presidente da celebração foi o pároco, Padre Antônio Fernandes. Durante dois meses os casais tiveram encontros de preparação, cujos temas foram: Espiritualidade Conjugal, Educação na Fé Voltada Para os Filhos e Sacramento do Matrimônio.

Foi uma oportunidade para os casais que já convivem juntos há anos, consolidarem o sacramento matrimonial. Grande parte desses casais são engajados em diversas atividades na Igreja. Todos os casais que receberam esse sacramento serão acompanhados em encontros de espiritualidade. “O objetivo é criar uma visão voltada para os princípios cristãos, onde nós cremos na vida e na família”, afirmam Marilea e Alberto, casal coordenador da Pastoral Familiar na Paróquia.

“O Matrimônio é a união conjugal de um homem e uma mulher, entre pessoas legítimas para formarem uma comunidade indivisa de vida (Cf. Catecismo Romano, P.II, cap. 8, n.3)”.

Fonte: Pascom – Diocese de Juazeiro-Ba