domingo, 30 de março de 2014

CURSO DE FORMAÇÃO DE AGENTES DA PASTORAL FAMILIAR

 

Aconteceu nos dias 29 e 30 de Março no Auditório do RAPPORT HOTEL, na cidade de Juazeiro-Ba, o Curso intensivo Presencial de Formação de agentes da Pastoral Familiar da Diocese de Juazeiro - 1ª Etapa. Dia 29 (Sábado) foram desenvolvidos os temas: " A FAMILIA, HOJE, REALIDADE E COMPROMISSO CRISTÃO e " PASTORAL FAMILIAR: RESPOSTA DA IGREJA". No dia 30 (Domingo), aconteceu no primeiro momento a Celebração Eucaristica presidida pelo Padre Ednaldo da Paróquia Santo Afonso. A 3ª Palestra teve como tema " Guia do Agente do INAPAF: orientações práticas para a formação sistemática". Se fizeram presentes ao Encontro, as Paróquias: Nossa Senhora das Grotas, Paróquia Santo Antonio, Paróquia São Cosme e Damião, Paróquia Santo Afonso, Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Paróquia São Francisco (Sobradinho) e Paróquia São José Operário (Casa Nova). O Curso foi ministrado por LORIMAR AZEVEDO, integrante do INAPAF - Instituto Nacional da Pastoral Familiar.

 

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sexta-feira, 28 de março de 2014

O mandamento mais importante

 

3ª Semana da Quaresma – Sexta-Feira – 28/03/2014

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Evangelho (Mc 12,28b-34)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 28bum escriba aproximou-se de Jesus e perguntou: “Qual é o primeiro de todos os mandamentos?” 29Jesus respondeu: “O primeiro é este: Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. 30Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força! 31O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo! Não existe outro mandamento maior do que estes”.

32O mestre da Lei disse a Jesus: “Muito bem, Mestre! Na verdade, é como disseste: Ele é o único Deus e não existe outro além dele. 33Amá-lo de todo o coração, de toda a mente, e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo é melhor do que todos os holocaustos e sacrifícios”.

34Jesus viu que ele tinha respondido com inteligência, e disse: “Tu não estás longe do Reino de Deus”. E ninguém mais tinha coragem de fazer perguntas a Jesus.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

 

Comentário do Evangelho

28 de março - Evangelho - Mc 12,28b-34

Qual é o mais importante de todos os mandamentos da Lei?Partimos do princípio de que os escribas eram intelectuais, conhecedores profundos e pormenorizados dos textos da Lei de Moisés. A ser assim, não havia nenhuma razão para perguntar a Jesus sobre qual seria o maior mandamento. Por outro lado Jesus olhando bem para ele, poderia até se questionar como é possível, este homem sendo doutor da Lei não saber qual era o maior. Mas tudo bem: Escuta Israel! O Senhor, vosso Deus, é o único Senhor. Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma, com toda a tua mente e com todas as tuas forças. E o segundo mais importante é este: Amarás próximo como a ti mesmo. Não existe outro mandamento mais importante do que esses dois.

Jesus, fazendo uma análise da figura deste escriba, e pelo seu interesse, chega a conclusão de que ele não está longe do Reino de Deus. Pelos detalhes, esta narrativa assemelha-se à cena do jovem rico (Mc 10,17-22), ao qual apenas faltou dar tudo aos pobres e seguir Jesus. Ao escriba faltava romper seus laços com as doutrinas e observâncias legais.

E para ti o que falta? Que barreiras deves romper para seguir e adorares ao Deus Único e verdadeiro? Saiba que a expressão da sua adesão ao amor de Deus não é o culto religioso, não é a observância do domingo, cumprimento de liturgias, mas sim o amor concreto e solidário ao próximo, que se resumem no: amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como a ti mesmo.

Nesta resposta de Jesus vemos duas realidades: A relação do homem com Deus e do homem com o próximo, para depois voltarem os dois para Deus, o princípio e o fim do homem. Portanto o segundo mandamento completa o primeiro e que, em conjunto, resumem toda a lei e todos os profetas. Sendo assim, Jesus explica ao escriba a impossibilidade que existe em cumprir o primeiro mandamento sem o segundo.

Para João não é possível amar a Deus, que não vemos, se não amarmos o nosso próximo a quem vemos. Se a assim for, não passamos de mentirosos. Porque Deus é amor e quem o ama deve amar o irmão. Logo, os dois mandamentos se abraçam e se completam. Este é o modelo que o próprio Evangelho nos apresenta na relação amistosa entre Jesus e o escriba, pois ambos se elogiam reciprocamente. Nisto consiste o amor: no reconhecimento de uma recíproca igualdade e numa mútua e perpétua fidelidade. É assim com amor: dá e recebe como Jesus. N’Ele está constantemente a cumprir-se o tudo, dar de Deus ao mundo no Filho e o tudo receber por parte do Filho para tudo dar ao Pai nos seus irmãos.

A fé pregada por Jesus apóia-se em dois pilares: o amor a Deus e o amor ao próximo. Isto é o essencial. Tudo o mais é complemento, e pode ser relativizado. Quem ama a Deus, recusa toda forma de idolatria, não aceitando ser subjugado por nenhum outro Absoluto fora dele. Quem ama o próximo, põe freios ao seu egoísmo, de modo a jamais desejar-lhe o mal, ou a fazer algo que possa prejudicá-lo.

Ante a sábia resposta do Verdadeiro Mestre, assim como o mestre da Lei, no diálogo com Jesus enxergou e afirmou que o amor a Deus e ao próximo supera todos os holocaustos e sacrifícios, que também eu possa ver e reconhecer nEle o caminho, a verdade e a vida, que me aproximam cada vez mais do Reino e da Casa do meu Pai que está no Céu.

Canção Nova

segunda-feira, 24 de março de 2014

Jesus, como Elias e Eliseu, não é enviado só aos judeus

 

3ª Semana da Quaresma – Segunda-feira – 24/03/2014

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Evangelho (Lc 4,24-30)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.

Jesus, vindo a Nazaré, disse ao povo na sinagoga: 24“Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. 25De fato, eu vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. 26No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva que vivia em Sarepta, na Sidônia. 27E no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio”.

28Quando ouviram estas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. 29Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até o alto do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. 30Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

 

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Este Evangelho narra a expulsão de Jesus da sua cidade, Nazaré. Isso porque ele desagradou os ouvintes na sinagoga, dizendo que Deus quer bem aos pagãos como aos judeus, igualmente.

O povo de Israel, por ter sido escolhido por Deus para dele nascer o Messias, julgava ser um povo mais querido de Deus do que os demais povos. Mas a eleição foi provisória; depois que Jesus nasceu, acabou a história de povo eleito. Deus ama a todos os povos igualmente e não há nenhum povo superior a outro.

Jesus mostra que os profetas enviados por Deus, não privilegiavam o povo de Israel, mas tratavam a todos os povos igualmente. E cita o exemplo de Elias, ajudando uma viúva estrangeira, e de Eliseu, curando o leproso Naamã, sendo que havia muitas viúvas e muitos leprosos em Israel, e nenhum foi agraciado.

Essas citações, apesar de serem fatos bíblicos, irritaram os ouvintes, que expulsaram Jesus da sua própria cidade natal e quase o mataram. Só não o fizeram porque Jesus se mostrou com uma força especial.

Jesus veio ao mundo para salvar a todos os povos. Deus ama a todos igualmente, como seus filhos e filhas. “Não se faz mais distinção entre grego e judeu, circunciso e incircunciso, bárbaro, cita, escravo, livre, porque agora o que conta é Cristo, que é tudo e está em todos” (Cl 3,11).

“Nenhum profeta é bem recebido em sua pátria.” O que fizeram com Jesus confirmou essa sua afirmação. E é para nós um alerta: será que acolhemos bem o trabalho pastoral e missionário dos líderes cristãos da nossa cidade ou bairro?

Esta rejeição de Jesus, no comecinho de sua vida pública, prenuncia a sua sorte como profeta no meio do seu povo: incompreendido, perseguido, morto. Entretanto, seu Evangelho ultrapassou as fronteiras do seu país e chega a todos os cantos da terra.

Também nós somos chamados a dar testemunho no meio em que vivemos. O dom profético não é monopólio dos padres, bispos, diáconos e religiosos. Esse dom é exercido de diversas formas, de acordo com o carisma de cada um. “A cada um é dada a manifestação do Espírito, em vista do bem de todos. A um é dada pelo Espírito a palavra da sabedoria, a outro a palavra do conhecimento, a outro a fé... a outro a profecia” (1Cor 12,7-10).

O importante é não deixar apagar o Espírito de Jesus em nós e na nossa Comunidade. Para isso temos de nos comprometer, especialmente em favor dos mais pobres, como o próprio Jesus havia dito um pouco antes, no seu discurso em Nazaré (Lc 4,18ss).

A grande sociedade costuma associar a violência à favela e à pobreza, o que não é verdade. Os chefes do crime organizado não são pobres nem moram em favelas. Devido a esse preconceito, milhares de moradores de certos bairros das grandes cidades sequer ousam apresentar o próprio endereço quando encaminham currículos com a finalidade de obter um emprego. O simples fato de morar em certas regiões já é suficiente para estigmatizá-los, como se fossem todos delinqüentes. Isso é um pecado!

Havia, certa vez, um senhor pai de família, que morava na roça e era muito religioso. Ele rezava o terço todos os dias à noite, com a família. No domingo, a família toda ia à Missa, caminhando a pé, numa distância de vinte e quatro quilômetros. Uma filha, deste os oito anos de idade, acompanhava o pai em tudo.

Um dia este senhor adoeceu. Ficou três anos na cama, sofrendo dores horríveis, mas nunca reclamou. Quando alguém o visitava, ele dizia que estava bem e feliz. Quando ficou inconsciente, só rezava o tempo todo.

Seis anos após o falecimento do pai, a menina, agora moça, foi fazer tratamento médico numa cidade grande, onde ficou hospedada na casa de uma família de parentes, durante alguns meses.

As famílias católicas vizinhas, ao saberem do seu trabalho de líder cristã, começaram a convidá-la para rezar o terço em suas casas e ela sempre aceitava o convite com prazer.

Ela ouviu vários comentários negativos a respeito de uma vizinha que morava sozinha. As pessoas diziam à moça: “Naquela casa ali mora uma mulher que não presta!” Entretanto, a jovem, na sua prática pastoral, não deu muita importância aos comentários, e procurou aproximar-se da tal “mulher que não presta”.

De início, aproveitava os momentos em que ela saía de casa, para conversar. Dias depois, foi convidada pela mulher para ir à sua casa. A jovem ouvia mais do que falava, porque percebia que a senhora sentia necessidade de falar e de se abrir com alguém.

Resultado: as duas ficaram amigas. A mulher começou a participar dos terços, e acabou nos vizinhos aquele estigma de “mulher que não presta”.

Depois que a jovem voltou para a roça, ficou sabendo que aquela mulher se transformou. Não era mais aquela pessoa fechada, mas comunicativa e alegre.

Seguindo os passos de Jesus, todos nós somos chamados a ser profetas, continuando o trabalho dele e dando testemunho, no lugar onde vivemos.

Maria Santíssima é a Rainha dos Profetas. Que ela nos ajude a dar testemunho do seu Filho, no meio em que vivemos.

Jesus, como Elias e Eliseu, não é enviado só aos judeus.

 

Pe. Antônio Queiroz CSsR

domingo, 23 de março de 2014

A Família Perfeita

 

A restauração da minha família
depende de mim

 

A família perfeita é aquela que não desiste de caminhar, de construir e restaurar o seu lar. A família é igual a uma casa em reformas, é o maior transtorno, às vezes, poeira, entulho, tudo que uma construção pode trazer. Penso que você consiga imaginar. Mas esse retrato de uma casa em construção demonstra que ninguém está parado em si ou acha que já esteja pronto; apesar dos incômodos está em construção, em reforma, em restauração. E ninguém restaura um bem se ele não for muito precioso, e isso é um sinal muito positivo. Quem já não leu este aviso em construções públicas: “Desculpe o transtorno. Estamos em construção para atendê-lo melhor”.

          A primeira coisa que precisamos notar é que em casa ninguém é igual, e estamos em níveis de maturidade diferentes. Os pais têm mais experiência, mas entre eles há diferenças. Os filhos estão crescendo, sendo construídos em todos os sentidos: no físico, no psicológico e no espiritual. Aqui entra em ação o material para construir cada um, que se chama respeito e paciência com o processo do outro. Por isso, a família precisa ser o ambiente propício para as mudanças, para o crescimento e até para as crises. Ninguém deve ter vergonha de ser o que é e de estar como está em casa. Em minha opinião, existem alguns pontos primordiais para construir e restaurar a família:

          1º Restaurar o relacionamento com Deus: a base do sacramento do matrimonio é o amor, sem fazer a experiência de Deus é impossível amar de verdade. O amor real, muitas vezes, passa pela experiência da morte, do aniquilamento, do esquecer-se de si mesmo; e tudo isso, sem Deus, é impossível superar. Mas é preciso respeitar a experiência religiosa de cada um, saber que ela também é individual, mas que dá para fazer um caminho para Deus, JUNTOS!

         2º Fazer da minha casa um ninho de amor: na minha casa eu decido amar primeiro, o processo começa em mim, por essa razão, eu não posso cobrar aquilo que ainda não consigo dar. Procurar defeitos nos outros, culpados, não resolver as situações de tensão ou dificuldades vividas em casa, faz dela um inferno e não um pedaço do céu. Eu preciso sentir o desejo de voltar para casa, ela precisa ser o meu refúgio, meu oásis no meio do deserto. Minha casa e minha família precisam me atrair, significam porto seguro, lugar onde não importa a minha condição: EU SEI QUE SOU AMADO.

        3º Partilha e diálogo: isso quer dizer onde todos crescem no conhecimento de si e dos outros. A falta de diálogo e partilha deixa crescer dentro dos membros da família os venenos que podem destrui-la, gerando os ressentimentos e as mágoas, a falta de perdão e o medo de se revelar. Dentro de casa precisa se promover um clima de confiança e aceitação do outro, eu preciso me sentir acolhido para partilhar a minha verdade. Outro dia ouvi a experiência de um movimento que se chama Equipes de Nossa Senhora, o qual trabalha com casais. Eles têm uma prática que se chama “direito de sentar-se”. Sentar-se à cadeira, sentar-se à mesa, para falar e ouvir tudo que o outro precisa dizer. ISSO É CARIDADE.

       Nós não podemos esquecer que cada um tem a sua parte essencial e importante na construção da família; os pais têm seu papel de pilar de sustentação e construção da casa, mas os filhos dão sentido, vigor e alegria aos genitores. E assim vamos construindo famílias restauradas.

Oração

Pai santo, Pai amado, a restauração da minha família depende da minha participação ativa e consciente. Do meu amor e compreensão, respeito e paciência com o processo dos meus pais e irmãos, por isso, que eu não sonegue amor e verdade, perdão e misericórdia para com os meus, que esse processo comece em mim primeiro. Eu decido amar primeiro em minha família e colaborar com a restauração do santuário da vida, que é minha casa. Amém.

Padre Luizinho - Comunidade Canção Nova

Você conhece os seus filhos?

 

Paternidade: Estudo encontra relação entre problemas mentais dos pais durante a gestação dos filhos e dificuldades emocionais e de comportamento das crianças ao longo da infância

Descobrir quem seu filho realmente é pode criar um vínculo de amor entre vocês. Aprenda 3 formas para honrar as diferenças de seus filhos e os ajudar a alcançar seus potenciais.

          Não demora muito para os pais perceberem que cada um de seus filhos é diferente. Não só eles são diferentes uns dos outros, mas dos pais também. Eles são exclusivamente sua própria pessoa. Mesmo sabendo disso, às vezes erramos com esse conhecimento bem à mão.
         Cada criança vem com seus próprios talentos, temperamento, e habilidades. Nós não podemos misturá-los e ensiná-los, por assim dizer, em massa. Claro, existem algumas exceções, como ensinar bons modos à mesa, honestidade, bondade, fé em Deus. Mas mesmo essas virtudes primordiais vão demandar algum método individual para a maioria das crianças compreendê-las completamente. Nem todas as crianças aprendem no mesmo ritmo nem estão todos no mesmo nível de aprendizado quando ensinamos a família como um todo. Além disso, nem todos eles se preocupam com o que nos preocupamos. Por esta razão, precisamos conhecer nossos filhos como indivíduos.

Três perguntas

          Para ajudá-lo a realmente conhecer seus filhos incentivo-o a tentar esta experiência. Feche os olhos e imagine o seu filho mais difícil. Concentre-se 100 por cento nesta criança neste momento. Então faça a si mesmo estas três perguntas:

1. Quais são seus interesses?
2. Com que ele se preocupa?
3. Qual é o seu maior sonho?

Seu trabalho como pai/mãe é descobrir as respostas a essas perguntas. Não apenas para o seu filho mais difícil de lidar, mas para todos. Quando você sabe o que interessa a seu filho, você tem uma chance muito maior de ajudá-lo a ter sucesso na vida. Você pode estar interessado em jardinagem, ou em correr uma maratona, ou uma infinidade de outras coisas que a seu filho não interessam nem um pouco. Preste atenção em que seu filho se interessa.

     Um exemplo

         Para ilustrar este ponto, vou compartilhar uma história sobre um rapaz que cresceu em uma fazenda. Ele tinha vários irmãos. Ser um agricultor foi um sonho realizado para o pai dele. Ele tinha muito orgulho de sua fazenda. Seus filhos eram necessários para ajudar a fazenda prosperar. A maioria deles gostava de trabalhar e aprender sobre agricultura. No entanto, este filho não podia suportar aquele tipo de trabalho e o demonstrava em cada tarefa que fazia. Certo dia, depois de este menino ter feito um péssimo trabalho de lavrar um campo, seu pai exasperado, entrou na casa, bateu com o chapéu sobre a mesa e disse a sua esposa: "Ele é inútil! Ele não consegue fazer nada direito! Ele arruinou o campo!"

        Sua sábia mãe, sensível aos interesses de seu filho, com calma, mas com firmeza, disse: "Nem todos os nossos filhos foram feitos para serem agricultores. Este é um artista." Seu marido escutou. Dando um crédito ao talento de seu filho, ele providenciou para que o menino tivesse aulas de pintura a óleo, um de seus mais profundos sonhos. Sua mãe o ajudou a encontrar um trabalho na cidade como pintor de sinais para uma empresa. Ele estava emocionado. Ele ainda tinha algumas tarefas na fazenda, mas não era mais esperado que ele fosse se tornar um fazendeiro. Mais tarde este filho se tornou um artista consumado e trabalhou como restaurador de arte para museus desfrutando, assim, uma ocupação que ele realmente amava.
           Quando você descobrir e honrar os talentos e os interesses de seus filhos, a vida deles (e a sua) será muito mais pacífica e produtiva.

        E suas preocupações?

      Os pais podem ser completamente inconscientes das preocupações que uma criança carrega. E eles as têm. Você sabe o que preocupa o seu filho? Em um momento de silêncio, quando você perceber que seu filho está preocupado com alguma coisa, sente-se com ele ou ela em um lugar privado, talvez com um bolinho ou dois na mão. Faça perguntas sem soar autoritário. Gentilmente inicie a conversa, falando primeiro sobre o que você sabe que ele gosta, como um jogo, ou algo semelhante. Então, quando ele começar a se abrir, você pode dizer algo como: "Eu tenho a sensação de que algo o está incomodando. Quer falar sobre isso?" Ele pode resistir a princípio. Não force, basta dizer: "Eu estou aqui para ouvir você, então, por favor, me avise quando estiver pronto. Eu o amo." Espere a seu lado alguns minutos, apenas quieto. Se ele não se abrir, diga: "Tudo bem. Por favor, venha falar comigo quando estiver pronto."
           Ele ou ela pode estar sendo intimidado na escola, ou preocupados com as notas, talvez sofram pela rejeição de um amigo. Esteja pronto para ouvir quando chegar a hora. Se você abrir a porta para essa conversa as crianças se sentirão suficientemente seguras em compartilhar seus pensamentos mais íntimos com você. Deixe-os saber que você está lá para ajudá-los em tempos difíceis.

          Um filho de Deus

          Tranquilize seus filhos, diga-lhes que são amados não apenas por você, mas por seu Pai Celestial. Saber disso pode ajudá-los a ter confiança e coragem para se tornarem ainda melhores. Sabendo que você os ama como eles são, ajuda-os a descobrir quem realmente são: um filho amado de Deus com grande potencial.

 

Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa Metzger do original How well do you know your children?, de Gary and Joy Lundberg.

Gary and Joy Lundberg

Gary and Joy Lundberg

Gary Lundberg é terapeuta familiar e de casais licenciado, Joy é escritora e letrista. Juntos, eles apresentam seminários e possuem livros sobre relacionamentos.

Eu estava errado. Perdoe-me!

 

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Por qual motivo temos dificuldade de pedir perdão?

Em muitas situações de desentendimento e desconfiança nos relacionamentos humanos, bem como nas separações, brigas no trabalho e nos ambientes sociais, é importante reconhecermos uma de nossas grandes falhas: a falta de um pedido de perdão. Não reconhecermos nossos erros é um grande obstácuLo na qualidade do convívio.

Por qual motivo temos estas dificuldades? 

           Um deles é admitir a “perda da nossa dignidade”, ter de passar por cima do nosso orgulho, sentirmo-nos ameaçados ao expormos nossos pontos fracos, ou que, ao pedirmos desculpas, o outro “nos 'passe na cara' ou use isto como uma vingança”, ou ainda que “seja lembrado pelos erros ou punido por ser honesto”. (Powell, J. 1985). Acho que, muitas vezes, você já viveu isto, não é mesmo?

          Em várias situações, sentimo-nos inferiores ao pedir desculpas; temos a necessidade de passar parte de nossa vida provando que somos sempre certos, que somos sempre capazes, que somos fortes e invencíveis. De alguma forma, esta necessidade vai sendo imposta a nós e pode ser uma grande armadilha em nossas vidas.

        Em outras situações, posso usar o seguinte pensamento: "se não recebi as desculpas do outro, por que eu vou me sujeitar a pedir desculpas?”. Isto nada mais é do que um grande processo de imaturidade, ao deixarmos que os comportamentos da outra pessoa possam determinar os nossos comportamentos e atitudes. É como achar certo roubar, porque alguém já roubou, não foi descoberto e nunca foi punido.

Amar é construir alguém querido

 

O amor, quando autêntico, é capaz de superar tudo

          Normalmente, é no próprio círculo de amizades e nos ambientes de convívio que os namoros começam. Para namorar, você precisa procurar alguém nos lugares onde as pessoas vivem os mesmos valores que são importantes para você. Se você é cristão, então, procure uma pessoa entre famílias cristãs, ambientes cristãos, grupos de jovens etc.

         O namoro começa com uma amizade, a qual pode ser um “pré-namoro” que vai evoluindo. Não mergulhe de cabeça num namoro, só porque você ficou “fisgado” pelo outro. Não vá com muita sede ao pote, porque você pode quebrá-lo.

          Nunca se esqueça de que o mais importante é “invisível aos olhos”.

           Aquilo que você não vê - o caráter da pessoa, a sua simpatia, o seu bom coração, a sua tolerância com os outros, as suas boas atitudes etc. - são coisas que não passam, o tempo não pode destruí-las.

            A sua felicidade não está na cor da sua pele, no tipo do seu cabelo nem na altura do seu corpo, mas na grandeza da sua alma. Ao escolher o namorado, não se prenda apenas à aparência física, mas desça até as profundezas da alma dele e busque lá os seus valores. Há uma velha música, dos meus tempos de garoto, que dizia assim: "Quem eu quero não me quer, quem me quis mandei embora; por isso já não sei o que será de mim agora".
Será que você não “mandou embora” quem, de fato, o amava e poderia tê-lo feito feliz? Lembre-se: paixão não é amor. Se você encontrou uma pessoa que satisfaça os valores “mais essenciais”, não seja muito exigente naquilo que é secundário. Você terá de aprender a ceder em alguns pontos, repito, não essenciais.

:: É namoro ou amizade?
:: À espera de um namorado
:: Existe limite no namoro?

               Há um ditado que diz: “Quem tudo quer, tudo perde”. Se você for “hiperexigente”, poderá ficar só. Muitas vezes, aquele que escolhe muito acaba sendo o último contemplado. Não force um namoro quando o outro não o quer. Se você forçar a situação, o relacionamento não será maduro nem duradouro. Não tente “segurar” o seu namorado junto de você pelo sexo ou por meio de outras chantagens. Namoro não é momento de viver a vida sexual. Espere o casamento.

          Certa vez, o Governo fez uma campanha para reduzir o número de acidentes de automóveis e usou este “slogan”: “Não faça do seu carro uma arma, a vítima pode ser você!”. Posso plagiar esta frase e lhe dizer com toda a segurança: “Não faça do seu corpo uma arma, a vítima pode ser você!”.

           Ao escolher com quem namorar, não deixe de lado alguns aspectos como idade, nível social e cultural, situação financeira, religião etc.

           Uma diferença de idade muito grande entre ambos pode ser uma dificuldade séria, especialmente se a mais idosa for a mulher. O amor, quando é autêntico, é capaz de superar tudo, mas isso será uma pedrinha a mais no sapato dos dois.

           A diferença de nível social e financeiro também pode ser uma dificuldade a mais, mesmo que possa ser vencido por um amor autêntico entre ambos.

          Um rapaz culto e estudado pode ter sérias dificuldades para relacionar-se com uma moça sem estudos. Também a diferença de religião deve ser evitada, pois será um entrave para o crescimento espiritual do casal; especialmente na hora de educar os filhos. Na hora de escolher alguém, você precisa ter claro os valores fundamentais para a sua vida toda.

             Há coisas que são mutáveis, mas outras não o são.Você pode ajudar sua namorada a estudar e chegar ao seu nível cultural – e isso é muito bonito –, mas será difícil fazê-la mudar de religião se ela for convicta da fé que recebeu dos pais.

             O namoro existe para que você perceba essas coisas e jamais reclame que se casou enganado. Isso ocorre com quem não leva o namoro a sério. Se você não namorar bem hoje, não reclame, amanhã, de ter se casado mal ou com quem não deveria; a escolha será sua.

            Sobretudo, lembre-se de que você nunca encontrará alguém perfeito para namorar, mesmo porque “amar é construir alguém querido, não querer alguém já construído.”
Texto extraído do Livro – Namoro

Felipe Aquino

JESUS E A SAMARITANA

 

3º DOMINGO QUARESMA – 23 de Março de 2014

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Anúncio do Evangelho (Jo 4,5-15.19b-26.39a.40-42)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.

— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 5Jesus chegou a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, perto do terreno que Jacó tinha dado ao seu filho José. 6Era aí que ficava o poço de Jacó. Cansado da viagem, Jesus sentou-se junto ao poço. Era por volta de meio-dia. 7Chegou uma mulher de Samaria para tirar água. Jesus lhe disse: “Dá-me de beber”.

8Os discípulos tinham ido à cidade para comprar alimentos. 9A mulher samaritana disse então a Jesus: “Como é que tu, sendo judeu, pedes de beber a mim, que sou uma mulher samaritana?” De fato, os judeus não se dão com os samaritanos.

10Respondeu-lhe Jesus: “Se tu conhecesses o dom de Deus e quem é que te pede: ‘Dá-me de beber’, tu mesma lhe pedirias a ele, e ele te daria água viva”.

11A mulher disse a Jesus: “Senhor, nem sequer tens balde e o poço é fundo. De onde vais tirar água viva? 12Por acaso, és maior que nosso pai Jacó, que nos deu o poço e que dele bebeu, como também seus filhos e seus animais?”

13Respondeu Jesus: “Todo aquele que bebe desta água terá sede de novo. 14Mas quem beber da água que eu lhe darei, esse nunca mais terá sede. E a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água que jorra para a vida eterna”.

15A mulher disse a Jesus: “Senhor, dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede e nem tenha de vir aqui para tirá-la”. 19b“Senhor, vejo que és um profeta!” 20Os nossos pais adoraram neste monte, mas vós dizeis que em Jerusalém é que se deve adorar”.

21Disse-lhe Jesus: “Acredita-me, mulher: está chegando a hora em que nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. 22Vós adorais o que não conheceis. Nós adoramos o que conhecemos, pois a salvação vem dos judeus.

23Mas está chegando a hora, e é agora, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade. De fato, estes são os adoradores que o Pai procura. 24Deus é espírito, e aqueles que o adoram devem adorá-lo em espírito e verdade”.

25A mulher disse a Jesus: “Sei que o Messias (que se chama Cristo) vai chegar. Quando ele vier, vai nos fazer conhecer todas as coisas”. 26Disse-lhe Jesus: “Sou eu, que estou falando contigo”.

39aMuitos samaritanos daquela cidade abraçaram a fé em Jesus. 40Por isso, os samaritanos vieram ao encontro de Jesus e pediram que permanecesse com eles. Jesus permaneceu aí dois dias. 41E muitos outros creram por causa da sua palavra. 42E disseram à mulher: “Já não cremos por causa das tuas palavras, pois nós mesmos ouvimos e sabemos que este é verdadeiramente o salvador do mundo”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

 

EVANGELHO - Os judeus desprezavam os samaritanos por ser um povo formado pela miscigenação entre várias raças.  Os judeus se julgavam puros por ser um povo sem mistura racial. Até hoje judeu só casa com judeu, ou melhor, com judia. Eles não se misturam.

            No mundo de hoje temos a discriminação e o racismo imperando em nossa sociedade. Na América Latina, por exemplo, temos a discriminação entre os  colonizadores europeus e os índios, e seus descendentes. Temos ainda o racismo entre os brancos europeus e os negros oriundos da África, e seus miscigenados. No Brasil. Além dessas exclusões sociais citadas, temos o desprezo ou indiferença entre os paulistas e os nordestinos. O cidadão de algum estado do Nordeste sabe o quanto ele é discriminado no Sudeste, por aqueles que se julgam raça superior.

            E esta exclusão social que às vezes se manifesta de forma velada, não é somente para com o negro, para com o baiano, ou para o índio. Mas sim, para com o moreno de cabelo crespo, para o filho de qualquer nordestino, e para o descendente de índio.  Piadas e chacotas de menosprezo, os serviços mais humildes (porteiro, faxineira, empregada doméstica), o desprezo, a exclusão, são algumas das formas desse descaso desumano!

            E pensar que foi o nordestino que construiu a cidade de São Paulo. Mas trabalho pesado é coisa de gente inferior.  Por isso os colunáveis só falam com gente do seu nível,  porque gente fina é outra coisa, e nada mais importante do que a posição social do indivíduo... Assim pensam os colunáveis.

            Felizmente, no Sudeste do Brasil não só existem pessoas assim. Em todo o Brasil Centro-Sul, como na América espanhola, há também muitas pessoas maravilhosas, principalmente os católicos, que se importam com os excluídos, que ajudam os pobres, que acolhem os nordestinos, negros e descendentes de índios. Não podemos generalizar, e classificar toda a sociedade composta pela maioria de descendentes europeus de preconceituosos.  É importante destacar aqui a importância das Comunidades Eclesiais de Bases em sua missão fraterna para com os necessitados, como também, a atuação do serviço de Assistência Social das prefeituras, onde encontramos muita gente fraterna, que sem se importar com o seu salário, dedicam-se com muito amor na ajuda aos sem tetos, sem empregos, sem saúde e sem inclusão social. 

            Jesus condena todo tipo de discriminação. Mas infelizmente, o desprezo por vezes discreto, lamentavelmente ocorre muitas vezes em comunidades cristãs. Jesus que sabia de todo o passado daquela mulher, não a discriminou, muito menos a condenou. Mas sim, deu-lhe a oportunidade de se encontrar com a verdadeira fonte de água pura, fonte de água viva. “E a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de
água que jorra para a vida eterna.”   E ela, por sua vez, ao descobrir Jesus, foi depressa avisar a outras pessoas daquele povoado, quem ela havia encontrado no poço de Jacó.

            A rixa entre judeus e samaritanos, tinha como causa o racismo dos judeus, por se acharem os perfeitos, os santos. Os samaritanos eram bons meninos. E se alguns deles faziam às vezes atos de terrorismo no Templo, era por causa da indignação gerada pelo desprezo daqueles que se julgavam a raça pura e perfeita.

            O mundo está sedento de Deus, muito embora não queira ouvir falar de Deus.  Ou seja, o ser humano tenta saciar a sede de Deus nos bens materiais, no prazer, na diversão, e quanto mais se embrenha por caminhos outros na busca da água, mais sede está sentindo. Pois somente a verdadeira fonte de água viva é que sacia a nossa sede. O homem atual tornou-se um verdadeiro adorador dos deuses materiais numa busca desenfreada para matar a sua sede de felicidade. Mas infelizmente, não consegue realizar o seu objetivo, porque  somente aqueles que adoram o Pai em espírito e em verdade é que conseguem a paz verdadeira. Muitos samaritanos daquela cidade chegaram a essa conclusão, e abraçaram a fé em Jesus, e até pediram que Jesus ficasse com eles. E tudo isso aconteceu por causa da reação da samaritana que saindo de sua timidez traumática por causa do seu passado, saiu anunciando a todos sobre a sua experiência com Jesus Cristo no poço de Jacó.

            Prezado leitor, prezada leitora. Como está a sua sede de Deus? Há quanto tempo você não bebe da fonte de água pura? Se faz muito tempo, você não sabe o que está perdendo!   Pois só esta  água pode nos saciar da sede do bem, da verdade, da paz e da beleza . Somente esta água oferecida por Jesus à samaritana,  é capaz de irrigar o deserto da nossa alma inquieta, frustrada e insatisfeita  e ansiosa pela hora de repousar em Deus.

            "Dá-me de beber", disse Jesus enquanto homem, cansado e com sede. Porém, Jesus enquanto Deus também tem sede de nós. E foi exatamente por isso que Ele foi enviado ao mundo. Para nos conquistar, nos aconselhar a beber na fonte da água pura, e assim alcançar um dia a verdadeira felicidade.

            O homem e a mulher, podem até dizer:  Eu não preciso de Deus, pois tenho dinheiro. Muito dinheiro!

            Não é verdade! Todos, ricos e pobres, são portadores dessa SEDE EXISTENCIAL, fruto da insatisfação da alma a qual não encontra sentido fora de Deus!

            Santo Tomás de Aquino disse:

...a felicidade não pode consistir nas riquezas, nem na honra, na fama ou na glória; tampouco consiste no poder, no bem do corpo, no prazer, nalgum bem da alma ou num bem criado qualquer... ...não consiste nas riquezas nem nos prazeres.

A felicidade baseada nos bens materiais é ilusória e passageira. Por isso é necessário cultivar as coisas do espírito, vivendo segundo o espírito em vez de viver segundo a carne e os bens materiais. Tem gente que vive a vida inteira acumulando riquezas, e nunca está satisfeito. Sempre quer mais. Tais pessoas morrem e deixam tudo aí, e o pior. Não cuidou da sua alma, para que ela um dia fosse encaminhada junto com a água que jorra para a vida eterna. Pobres homens ricos!  Com certeza, neste momento lá do outro lado da vida, estão arrependidos do que fizeram e do que não fizeram, ou do que deixaram de fazer nesta vida...

            Do mesmo modo, a felicidade não pode existir nos prazeres carnais. São momentos de extremo êxtases que logo passam, deixando um rasgo e um rastro na nossa alma, que nos deixa infeliz, tanto pela dor da consciência, como pelas várias conseqüências físicas e mentais.( AIDES, GRAVIDEZ INDESEJÁVEL, SEPARAÇÃO, INFELICIDADE...).

            Meu jovem! Não tem jeito. Não adianta fugir para um lugar distante, para um mundo de fantasias e de delírios, para buscar outra fonte de felicidade. Pois só Deus mata a sua sede de ser feliz! Ah! Não se esqueça de levar o seu irmão também  até a  fonte água pura! Lembre-se:  "Quem bebe dessa água não terá mais sede".

Tenha um bom domingo.

José Salviano 

sábado, 22 de março de 2014

O Pai misericordioso

 

2ª Semana da Quaresma – Sábado  - 22/03/2014

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Evangelho (Lc 15,1-3.11-32)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1os publi­canos e pecadores aproximaram-se de Jesus para o escutar. 2Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus: “Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles”.

3Então Jesus contou-lhes esta parábola: 11“Um homem tinha dois filhos. 12O filho mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me cabe’. E o pai dividiu os bens entre eles. 13Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu e partiu para um lugar distante. E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada.

14Quando tinha gasto tudo o que possuía, houve uma grande fome naquela região, e ele começou a passar necessidade. 15Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para seu campo cuidar dos porcos. 16O rapaz queira matar a fome com a comida que os porcos comiam, mas nem isto lhe davam.

17Então caiu em si e disse: ‘Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome’. 18Vou-me embora, vou voltar para meu pai e dizer-lhe: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti; 19já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados’.

20Então ele partiu e voltou para seu pai. Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e sentiu compaixão. Correu-lhe ao encontro, abraçou-o e cobriu-o de beijos. 21O filho, então, lhe disse: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’.

22Mas o pai disse aos empregados: ‘Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu filho. E colocai um anel no seu dedo e sandálias nos pés. 23Trazei um novilho gordo e matai-o. Vamos fazer um banquete. 24Porque este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado’. E começaram a festa.

25O filho mais velho estava no campo. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e barulho de dança. 26Então chamou um dos criados e perguntou o que estava acontecendo. 27O criado respondeu: ‘É teu irmão que voltou. Teu pai matou o novilho gordo, porque o recuperou com saúde’.

28Mas ele ficou com raiva e não queria entrar. O pai, saindo, insistia com ele. 29Ele, porém, respondeu ao pai: ‘Eu trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua. E tu nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos. 30Quando chegou esse teu filho, que esbanjou teus bens com prostitutas, matas para ele o novilho cevado’.

31Então o pai lhe disse: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. 32Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado”’.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

 

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

 

22 de março -Evangelho Lc 15, 1-3.11-32

Prefiro denominar assim o texto de hoje porque na verdade, O Senhor é misericórdia e clemência, indulgente e cheio de amor. O Senhor é bom para com todos e, misericordioso para todas as suas criaturas (Sl 144,8s)Este Evangelho narrado por Lucas, conhecido como “parábola do filho pródigo”, poderia muito bem ser denominado “parábola do pai misericordioso”. Nele temos a revelação do Deus de Jesus que a todos acolhe em seu infinito amor. Respeita plenamente a liberdade de seus filhos e está com o coração aberto para acolhê-los a qualquer momento, sem censuras, independentemente de sua história passada. Este é o meu Deus de quem eu devo aprender todos os dias e horas. Diferencia-se do deus dos escribas e fariseus, que castiga os que dele se afastam, impondo-lhes variados sofrimentos; e, se há arrependimento, reata sua aliança sob ameaças.

É por seu amor misericordioso que o Deus de Jesus move à conversão e ao reencontro com a vida plena. Assim a parábola do Pai Misericordioso vai mostrar como Deus pai age diante do filho pecador. A situação que relata é absolutamente real e facilmente encontrável em qualquer família humana. Um homem tinha dois filhos. Um pede a parte na herança e vai embora. Gasta os bens, passa fome e resolve pedir para voltar para que viva apenas como empregado de seu pai – ele sabe que errou muito e que, por ser um homem justo, seu pai não deixava os empregados passar fome; por isso, quer viver ali nem que seja como um deles, para não morrer de forme. O pai, contudo, vai além: não só o recebe como o aceita novamente e o coloca no lugar onde sempre esteve: o de seu filho. O outro filho – que permanecera fiel ao pai – cobra, sente inveja, sente raiva. E o pai o convida a participar daquela festa, porque seu irmão havia sido recuperado e a família estava novamente composta.

O processo de conversão começa com a tomada de consciência: o filho mais novo sente-se perdido econômica e moralmente. A acolhida do pai e as medidas tomadas mostram não só o perdão, mas também o restabelecimento da dignidade de filho.

É necessário, filho, que te alegres: teu irmão estava morto e reviveu, perdido e foi achado. O filho mais velho é justo e perseverante, mas é incapaz de aceitar a volta do irmão e o amor do pai que o acolheu. Recusa-se a participar da alegria. Esta é a tua é minha atitude quando tachados de corretos e justos não aceitamos no nosso meio todos os que arrependidos nos pedem desculpas e perdão pelas falhas cometidas. Quantas vezes oiço dizer. Padre, eu não consigo perdoar o que meu marido me fez, minha esposa me fez. Tenho mágoas do meu pai, da minha mãe, dos meus filhos. O que faço? Está aqui a resposta da tua pergunta. Com esta parábola, Jesus nos faz apelo supremo para que assim como os doutores da Lei e os fariseus deveriam aceitar e partilhar da alegria de Deus pela volta dos pecadores assim tu, assim eu devemos nos alegrar com o arrependimento, a conversão e o retorno à dignidade da vida dos nossos irmãos e irmãs.

A atitude do pai é incondicional: meu filho estava perdido e voltou! Com a festa ele demonstra a sua alegria – que deve ser a alegria de toda a comunidade, até daqueles que se sentem diminuídos em valor diante do que se considera pecador.

Devemos acreditar na misericórdia do Pai que nos recebe sempre de braços abertos e com muita festa. E devemos, sobretudo, pedir que essa mesma misericórdia seja derramada infinitamente em nosso coração para que possamos ver com os olhos de Deus os nossos irmãos que julgamos pecadores e reconhecer que todos somos merecedores do mesmo amor do Pai.

Cancão Nova

 

sexta-feira, 21 de março de 2014

A parábola da vinha

2ª Semana da Quaresma –  Sexta Feira - 21/03/2014

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Evangelho (Mt 21,33-43.45-46)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, dirigindo-se Jesus aos chefes dos sacerdotes e aos anciãos do povo, disse-lhes:33“Escutai esta outra parábola: Certo proprietário plantou uma vinha, pôs uma cerca em volta, fez nela um lagar para esmagar as uvas e construiu uma torre de guarda. Depois arrendou-a a vinhateiros, e viajou para o estrangeiro. 34Quando chegou o tempo da colheita, o proprietário mandou seus empregados aos vinhateiros para receber seus frutos.

35Os vinhateiros, porém, agarraram os empregados, espancaram a um, mataram a outro, e ao terceiro apedrejaram. 36O proprietário mandou de novo outros empregados, em maior número do que os primeiros. Mas eles os trataram da mesma forma. 37Finalmente, o proprietário enviou-lhes o seu filho, pensando: ‘Ao meu filho eles vão respeitar’.

38Os vinhateiros, porém, ao verem o filho, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro. Vinde, vamos matá-lo e tomar posse da sua herança!’ 39Então agarraram o filho, jogaram-no para fora da vinha e o mataram. 40Pois bem, quando o dono da vinha voltar, que fará com esses vinhateiros?”

41Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo responderam: “Com certeza mandará matar de modo violento esses perversos e arrendará a vinha a outros vinhateiros, que lhe entregarão os frutos no tempo certo”.

42Então Jesus lhes disse: “Vós nunca lestes nas Escrituras: ‘A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular; isto foi feito pelo Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos?”43Por isso eu vos digo: o Reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que produzirá frutos. 45Os sumos sacerdotes e fariseus ouviram as parábolas de Jesus, e compreenderam que estava falando deles. 46Procuraram prendê-lo, mas ficaram com medo das multidões, pois elas consideravam Jesus um profeta.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

 

Comentário do Evangelho

21 de março - Evangelho Mt 21,33-43.45-46

Os judeus, a quem Jesus se dirige no átrio do templo, compreendem muito bem a parábola que lhes conta, inspirada na alegoria da vinha (cf. Is 5, 1-7).

Os príncipes dos sacerdotes e os anciãos são os vinhateiros que têm o privilégio de cultivar a vinha predileta de Deus, o povo de Israel. Estes vinhateiros hoje, sou eu, és tu meu irmão, minha irmã, a quem Jesus encarrega a missão de cuidar da vinha de Deus, seu Pai.

Lembro-te que no momento da colheita, em vez de apresentarem os frutos ao dono, que é Deus, eles quiseram apropriar-se deles e maltratam os profetas que lhes foram enviados. E hoje não acontece a mesma coisa? Não nos apropriamos da vida de outrem ao invés de protegê-la e fazê-la crescer em estatura e graça segundo o projeto do Criador? Não roubamos, traímos, mentimos e cometemos mil e uma orgias?

No Evangelho, Jesus fala-nos abertamente: o Reino nos será tirado e entregue à outros, se não nos convertermos das nossas ambições, orgulhos e vaidades. Se não abandonarmos a vida do pecado e não aprendermos a praticar a justiça e o bem!

«Finalmente», Deus nos enviou o seu próprio Filho, que é Jesus que nos está falando. É a última oportunidade que Deus nos oferece para que nos tornemos seus colaboradores na obra da salvação. Não aconteça exatamente o que a parábola dizia sobre os vinhateiros malvados: compreenderam que eram eles os visados e procuravam prendê-l´O. Veja que, como os vinhateiros conduzidos habilmente por Jesus e eles mesmos tiraram conclusões das consequências de tal ato: o dono, que é Deus, «Dá morte eterna aos malvados e arrendará a vinha a outros vinhateiros que lhe entregarão os frutos na altura devida». Assim eu, assim tu. Precisamos tomar consciência que se nós não fizermos render os talentos que recebemos de Deus teremos o mesmo destino.

Os novos vinhateiros, os pecadores, os pagãos, os criminosos, os alcoólatras, as prostitutos, os excluídos que acolhendo a mensagem da Quaresma que os chama a rasgar os seus corações e não as vestes, a fazer penitência com jejum e oração por causa dos seus pecados convertidos se tornam verdadeiramente os cultivadores da nova vinha, falando, anunciam e pregando ferozmente Paulo Àquele que antes tinha perseguido; São os defensores da Igreja, dando a Deus abundantes frutos, ora 100, ora 60 ora 30 por um!

Oxalá, minha irmã meu irmão não tenhas a sorte dos vinhateiros retratados por Jesus neste evangelho. Mas sim a daqueles que assumindo a sua vocação se tornam realmente discípulos e missionários de Jesus Cristo com uma missão específica!

– Canção Nova

quinta-feira, 20 de março de 2014

Recebeste teus bens durante a vida e Lázaro os males

2ª Semana da Quaresma – Quinta-feira 20/03/2014

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Evangelho (Lc 16,19-31)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos fariseus: 19“Havia um homem rico, que se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas esplêndidas todos os dias.

20Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, estava no chão, à porta do rico.21Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico. E, além disso, vinham os cachorros lamber suas feridas.

22Quando o pobre morreu, os anjos levaram-no para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi enterrado. 23Na região dos mortos, no meio dos tormentos, o rico levantou os olhos e viu de longe a Abraão, com Lázaro ao seu lado. 24Então gritou: ‘Pai Abraão, tem piedade de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque sofro muito nestas chamas’.

25Mas Abraão respondeu: ‘Filho, lembra-te de que recebeste teus bens durante a vida e Lázaro, por sua vez, os males. Agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado. 26E, além disso, há um grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós, e nem os daí poderiam atravessar até nós’.

27O rico insistiu: ‘Pai, eu te suplico, manda Lázaro à casa de meu pai, 28porque eu tenho cinco irmãos. Manda preveni-los, para que não venham também eles para este lugar de tormento’. 29Mas Abraão respondeu: ‘Eles têm Moisés e os profetas, que os escutem!’

30O rico insistiu: ‘Não, Pai Abraão, mas se um dos mortos for até eles, certamente vão se converter’. 31Mas Abraão lhe disse: ‘Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas, eles não acreditarão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos”’.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

HOMILIA DO EVANGELHO

Recebeste teus bens durante a vida e Lázaro os males. Agora ele encontra, aqui, consolo e tu és atormentado.

Este Evangelho nos traz a parábola do rico e do Lázaro, aquele homem rico que se banqueteava todos os dias, sem nem ligar para o pobre Lázaro que ficava sentado no chão, à sua porta, querendo matar a fome com as sobras que caiam da mesa do rico.

Certamente lhe davam algumas migalhas, mas isso não foi suficiente para o rico entrar no céu. Na outra vida, Lázaro foi para o céu e o rico foi para o inferno.

Além disso, a situação se inverteu: Lázaro tem nome, o rico não. Lázaro tem advogado (Abraão), o rico não. Lázaro é cidadão, o rico é excluído.

O rico faz três pedidos, que lhe são negados:

1) “Molhar a ponta do dedo para lhe refrescar a língua.” Resposta: Recebeste teus bens na terra e Lázaro os males; agora ele encontra consolo e tu és atormentado. Além disso, há um abismo intransponível entre nós.

2) “Mande Lázaro à casa de meu pai, alertar meus cinco irmãos...” Resposta: Eles têm lá Moisés e os profetas, e os escutem!

3) “Não, pai Abraão, mas se um dos mortos for até eles, certamente vão se converter.” Resposta: Se não escutam a Moisés e aos profetas, eles não acreditarão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos.

O nosso amor aos pobres é necessário para entrarmos no céu. Mas deve ser um amor prático, manifestado em obras de ajuda e de partilha do que temos. Em resumo, ver o necessitado como nosso irmão, nossa irmã.

Apesar desta clareza, alguns ainda têm dúvida sobre o caminho para entrarmos no céu!

A nossa sociedade é parecida com a casa daquele rico: o povo usa todo tipo de segurança para se prevenir dos Lázaros: chaves, portões eletrônicos, cães bravos, polícia, condomínios fechados. Ela quer os Lázaros bem distantes, para não vê-los. Assim, nem as migalhas eles ganham.

Vendo isso, os jovens, a nova geração que se prepara para entrar nessa sociedade, se revolta e parte para a droga ou a delinqüência.

“Moisés e os profetas”, lembrados por Abraão ao rico, são a Sagrada Escritura (Moisés) e os pastores da santa Igreja (profetas). Nós damos pouco valor à Palavra de Deus; entra por um ouvido e sai pelo outro. Moisés e os profetas são os últimos alertas de Deus a nós. A sua próxima manifestação a nós será no Juízo Final.

Quaresma. As festas litúrgicas não são simples recordações de fatos passados, como bodas de prata ou de ouro, celebração de aniversário etc. Na festa litúrgica o fato celebrado acontece de novo agora, em seus efeitos. Na celebração da páscoa – a passagem de Jesus da morte para a vida – todos os seus frutos salvíficos se derramam sobre a Assembléia cristã que a celebra. A celebração repete-se todos os anos porque cada ano a nossa situação é diferente e há nova necessidade de conversão. Daí a necessidade da preparação, para que a nossa páscoa vá além do ovo de páscoa.

A quaresma teve sua origem na preparação dos catecúmenos para o batismo, celebrado no sábado santo. A preparação foi estendida a todos os cristãos, a fim de reassumirmos os compromissos do nosso batismo.

Certa vez, um homem, depois de muita luta, conseguiu ficar rico: casa boa, carro bom, filhos na faculdade e vários imóveis alugados rendendo o suficiente para ele viver.

Mas o anjo da morte apareceu para ele e disse: “Vim buscar você”. Ele respondeu: “Ah, sr. anjo! Bem agora que eu ia começar a viver uma vida mais tranqüila! Deixe-me viver pelo menos mais três anos.” O anjo respondeu: “Não”.

O homem insistiu: “Por favor, sr. anjo, então me deixe viver apenas mais três dias! O anjo respondeu: “Também não”. “E três minutos de vida, o sr. me dá?” O anjo concordou.

Nesses três minutos o homem pegou um pincel e escreveu a seguinte frase: “Não seja bobo, empregue bem a sua vida!”

Jesus contou uma história bem parecida com essa, que está em Lc 12,16-21. Aquela homem que teve uma grande colheita, construiu novos celeiros e disse para si mesmo: “Agora vou comer, beber, gozar a vida”. Mas Deus lhe disse: “Tolo! Ainda nesta noite, sua vida será retirada”.

Maria Santíssima era bastante sensível aos pobres e necessitados do seu tempo. Socorreu os noivos, ajudou a prima necessitada... e uma das páginas mais veementes da Bíblia sobre este assunto é o seu hino Magnificat. Que ela nos ajude neste tempo de conversão!

Recebeste teus bens durante a vida e Lázaro os males. Agora ele encontra, aqui, consolo e tu és atormentado.

Pe. Antônio Queiroz

quarta-feira, 19 de março de 2014

José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado.

 

São José, Esposo da Virgem Maria – Quarta-feira 19/03/2014

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Evangelho (Mt 1,16.18-21.24a)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

16Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo. 18A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. 19José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria em segredo. 20Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: “José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo.

21Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados”. 24aQuando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor!

 

Homilia do Evangelho

 

Hoje celebramos com alegria a solenidade de S. José. Ele é muito querido do povo; basta ver os homens que se chamam José e as mulheres com nomes derivados de José. Parabéns a todos vocês pelo onomástico! Diz a tradição que os pais de S. José se chamavam Jacó e Raquel.

José é o elo de ligação entre o Antigo e o Novo Testamento. É o último dos patriarcas.

Devido ao seu papel no plano da salvação, S. José é padroeiro de diversas coisas: 1) Da Igreja, já que ele foi o chefe da primeira Igreja, a Família de Nazaré. 2) Do homem cristão. 3) Dos pais e esposos. 4) Dos trabalhadores. 5) Dos que cuidam da administração dos bens materiais e do sustento das Comunidades e instituições católicas.

O Evangelho de hoje narra o desejo de fuga de S. José. Tudo indica que Maria o tinha posto a par do que se passara com ela na Anunciação. A dúvida de José não se referia a Maria, mas a si próprio. Ele não queria interferir nos planos de Deus, os quais não entendia direito. Ele tinha medo de permanecer com Maria e assim atrapalhar o plano de Deus.

A palavra do anjo veio dar-lhe segurança e luz sobre a sua missão: ele será o pai legal do Filho de Deus. Pronto, voltou e assumiu Maria como esposa.

“Tu lhe darás o nome de Jesus.” Conforme a sociedade judaica, quem dava o nome à criança era considerado o seu pai.

Assim, S. José aparece como modelo de um homem fiel a Deus. Fiel porque, nas horas difíceis, opta pela vontade de Deus. Fiel porque, nas horas de dificuldade, reza e pede orientação a Deus. Por isso que S. José é o padroeiro dos homens, especialmente dos esposos e pais.

Ele acompanhou e protegeu Maria e seu Filho em todos os momentos. Na apresentação no Templo, na fuga para o Egito, na procura do menino que se perdeu durante a romaria...

Sua presença junto a Jesus era de um pai que manda, que é autoridade, pois o Evangelho fala que Jesus lhes era obediente. O resultado foi esse que conhecemos: Jesus crescia em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens. Sabedoria, estatura e graça resumem todos os aspectos em que uma criança deve crescer. Como é importante os pais exercerem a sua autoridade sobre os filhos!

O papel do pai é diferente do papel da mãe. A mãe é carinho, ternura... Já o pai é autoridade, firmeza, segurança. As duas presenças se complementam na educação dos filhos.

Hoje, mais do que nunca, os filhos precisam da presença de um pai assim. Porque eles vivem cercados de maus convites e maus exemplos. Como não têm experiência de vida, é necessário alguém que os oriente com firmeza e ao mesmo tempo com amor e paciência. Principalmente os meninos precisam da amizade com o pai, e as meninas precisam da amizade com a mãe.

José foi um simples trabalhador. Passou a vida fabricando e consertando móveis domésticos. Com ele se identificam todos os trabalhadores e trabalhadoras que passam a vida fabricando objetos para as mais diversas necessidades da vida moderna. Ele é o modelo dos trabalhadores. Homem honesto, justo e de fé, este foi o escolhido por Deus para ser o pai oficial de Cristo.

A Bíblia nos apresenta José o homem fiel a Deus e justo. Como o fruto da justiça é a paz, ele criou Jesus, que nos trouxe a paz.

Havia, certa vez, um monge que sempre pedia a Deus a graça de vê-lo. Um dia, ele recebeu o seguinte recado: “Ponha-se a caminho, porque Deus quer encontrar-se com você, antes do anoitecer, depois do rio, do outro lado da montanha”.

O monge foi imediatamente para o lugar indicado. No meio da viagem, encontrou-se com um ferido que lhe pediu socorro. O monge explicou que não podia demorar, pois tinha um importante encontro marcado, antes do anoitecer. Mas prometeu que voltaria assim que terminasse o encontro, para ajudá-lo.

E continuou apressadamente o seu caminho. Mais adiante, deparou-se com um carro atolado. O motorista estava sozinho e lhe pediu ajuda. O monge prometeu ajudá-lo logo que retornasse de um encontro muito importante, que já estava marcado.

Horas depois, quando o sol ainda estava alto, chegou ao local indicado para o encontro com Deus. Seus olhos começaram a procurá-lo, mas, para surpresa sua, encontrou o seguinte bilhete: “Fui ajudar o ferido que você deixou de atender, e voltarei depois, de carona no carro que estava atolado na estrada”. Assinado: “Deus”.

É isso aí. O melhor jeito de nos encontrarmos com Deus é fazer a vontade dele, como fez S. José.

Que S. José nos ajude a sermos fiéis a Deus e à nossa missão neste mundo. Que ele interceda também pelos trabalhadores, dos quais é o padroeiro.

“S. José, homem do povo, entendeu a mensagem do Senhor. Operário, feliz esposo de Maria, Mãe do Senhor.”

Campanha da fraternidade. A prática da violência espalha-se por nossa sociedade e manifesta-se em todas as camadas sociais. Nas classes mais altas, ela é mais sofisticada, e os crimes são praticados de forma mais velada.

Na questão da sonegação de impostos, por exemplo, o pobre já paga o imposto embutido nas compras do supermercado. Os ricos, em grande parte, sonegam milhões. Portanto, neste crime da sonegação, que é praticado por todas as classes sociais, os pobres são mais vulneráveis às conseqüências do crime.

José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado.

Pe. Antonio Queroz

terça-feira, 18 de março de 2014

“A autoridade é validada pelas ações ”

 

2ª Semana da Quaresma – Terça-feira 18/03/2014

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Evangelho (Mt 23,1-12)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1Jesus falou às multidões e aos seus discípulos e lhes disse: 2“Os mestres da Lei e os fariseus têm autoridade para interpretar a Lei de Moisés. 3Por isso, deveis fazer e observar tudo o que eles dizem. Mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam. 4Amarram pesados fardos e os colocam nos ombros dos outros, mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los, nem sequer com um dedo.

5Fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros. Eles usam faixas largas, com trechos da Escritura, na testa e nos braços, e põem na roupa longas franjas.

6Gostam de lugar de honra nos banquetes e dos primeiros lugares nas sinagogas.7Gostam de ser cumprimentados nas praças públicas e de serem chamados de Mestre. 8Quanto a vós, nunca vos deixeis chamar de Mestre, pois um só é vosso Mestre e todos vós sois irmãos. 9Na terra, não chameis a ninguém de pai, pois um só é vosso Pai, aquele que está nos céus. 10Não deixeis que vos chamem de guias, pois um só é vosso Guia, Cristo. 11Pelo contrário, o maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. 12Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

 

HOMILIA DO EVANGELHO

Evangelho - Mateus 23, 1-12 -

Esta palavra de Jesus é muito pertinente para todos os que se propõem a assumir um lugar de governo em todos os segmentos, mas principalmente na edificação do reino de Deus aqui na terra. Às vezes queremos medir a nossa autoridade pelo conhecimento que temos das leis e dos decretos do Senhor, conforme a Sua Palavra. Sabemos tudo de cor, capítulo, versículo, etc., pregamos para os outros, cobramos e exigimos o cumprimento do que ensinamos, no entanto, falta-nos a legitimidade por causa do nosso contra testemunho. A nossa autoridade é validada pelas nossas ações e não pelas nossas palavras e conselhos. Tem autoridade todos os que ensinam e dão conselhos, mas praticam e vivem segundo o que pregam. Tem autoridade para interpretar a lei de Deus quem a vivencia e tem-na gravada em seu coração e, consequentemente, em suas mãos. Infelizmente os mestres da lei ainda estão muito vivos dentro das nossas comunidades, das famílias, da Igreja, assim como também nos governos. O privilégio, a atenção e as regalias são a carteira de identidade de muitos que receberam de Deus o chamado para servir desinteressadamente, mas o fazem apenas para usufruto próprio. Todos nós temos responsabilidade diante de Deus daquilo que pregamos e falamos, no que ensinamos, principalmente os que se propõem a estar à frente de algum ministério no reino de Deus e são constituídos de autoridade. Precisamos estar muito firmes nas nossas ações quando cobrarmos ou exigirmos das outras pessoas. Como irmãos e irmãs todos nós temos o dever de ensinar, de exortar, de aconselhar, porém, isso só se torna legítimo, quando o fazemos como serviço, com humildade e responsabilidade e não somente para aparecer – O que você tem aconselhado aos seus amigos e amigas é o mesmo que você tem feito? – Você sente-se responsável pelo crescimento e melhoria de alguém? – O seu testemunho de vida serve de parâmetro para as pessoas que o (a) conhecem? – Faça uma comparação entre as suas ações e as ações dos mestres da lei e dos fariseus e perceba o que pode ser edificante para você nessa mensagem.

Helena Serpa

segunda-feira, 17 de março de 2014

“ Na mesma medida”

 

2ª Semana da Quaresma – Segunda-feira 17/03/2014

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Evangelho (Lc 6,36-38)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 36“Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso. 37Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados. 38Dai e vos será dado. Uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante será colocada no vosso colo; porque com a mesma medida com que medirdes os outros, vós também sereis medidos”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

HOMILIA DO EVANGELHO

Evangelho – Lucas 6, 36-38 –
            Neste Evangelho Jesus nos ensina a usar a misericórdia como medida para todas as nossas ações. As ações de não julgar, não condenar, perdoar e dar, são realidades que podemos vivenciar a cada dia da nossa vida e que nos põem em sintonia com a misericórdia do Pai. Tudo o que praticarmos será a medida para que também o Pai faça conosco. Se usarmos a nossa medida com a misericórdia, receberemos misericórdia, se usarmos a nossa medida com ódio, intolerância, incompreensão, também assim a receberemos de volta, em porção dobrada. Se não julgarmos, não seremos julgados; se não condenarmos, não seremos condenados, se perdoarmos, seremos perdoados, se dermos, também receberemos. É uma lei natural, a mesma medida de misericórdia que usarmos nos nossos relacionamentos nós a receberemos, “calcada, sacudida, transbordante”, isto é, plena, cheia. Isso vale, tanto para o bem como para o mal. Deus ama a nossa miséria, mas espera que nós também acolhamos a miséria do nosso próximo da mesma forma como Ele acolhe a nossa. Por isso, não podemos nos confundir!
            Se apreendermos os conselhos do Mestre, estaremos sendo misericordiosos como o Pai é misericordioso. – Você tem agido conforme os conselhos de Jesus? – Você se acha uma pessoa misericordiosa? – Você faz aos outros o mesmo que você queria que fizessem com você?- Com que você tem transbordado a sua medida: com misericórdia ou intolerância?- O que você espera receber ainda aqui nesta vida: misericórdia ou intolerância?

Helena Serpa,

sábado, 15 de março de 2014

“Transfiguração de Jesus.”

 

2º Domingo da Quaresma – Domingo 16/03/2014

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— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 1Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e os levou a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. 2E foi transfigurado diante deles; o seu rosto brilhou como o sol e as suas roupas ficaram brancas como a luz. 3Nisto apareceram-lhe Moisés e Elias, conversando com Jesus.

4Então Pedro tomou a palavra e disse: “Senhor, é bom ficarmos aqui. Se queres, vou fazer aqui três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. 5Pedro ainda estava falando, quando uma nuvem luminosa os cobriu com sua sombra. E da nuvem uma voz dizia: “Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo o meu agrado. Escutai-o!”

6Quando ouviram isto, os discípulos ficaram muito assustados e caíram com o rosto em terra. 7Jesus se aproximou, tocou neles e disse: “Levantai-vos e não tenhais medo”.

8Os discípulos ergueram os olhos e não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus.9Quando desciam da montanha, Jesus ordenou-lhes: “Não conteis a ninguém esta visão até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dos mortos”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

 

HOMILIA DO EVANGELHO

Evangelho Mateus 17, 1-9

Jesus também nos escolhe para ter com Ele uma experiência de salvação! Por isso, para que tenhamos uma experiência real com Deus, precisamos seguir Jesus até um lugar afastado, em cima do monte. Subir a montanha é elevar o coração a Deus, em oração. Em todas as vezes que nos retirarmos para um momento de oração, o mesmo que ocorreu com Pedro, Tiago e João, poderá acontecer conosco. Jesus se transfigura diante de nós e o Pai nos revela o Seu amor, por Jesus : “Esse é o meu filho amado,….Escutai-o!” Na oração nós temos contato com o Pai e recebemos Dele as instruções para enfrentarmos os desafios da vida. Na oração, nós obedecemos ao Pai e escutamos a Jesus. A transfiguração de Jesus nos mostra que também nós, como homens, podemos ser transformados e ter a nossa alma e o nosso corpo purificados, pelo poder do Espírito Santo. As roupas brilhantes e brancas de Jesus representam a veste e a glória que Deus Pai quer destinar a todos nós, os Seus filhos muito amados. A figura de Jesus transfigurado nos dá também o entendimento de que Deus nos exercita, no Tabor, isto é, na oração e no recolhimento, para que possamos depois descer do monte e enfrentarmos a luta da vida de uma maneira toda nova – Você já subiu com Jesus ao Monte Tabor? – O que você recorda desta experiência? – A sua oração pessoal tem lhe ajudado a se transfigurar diante de Jesus, ou ver Jesus transfigurado diante de você? Você tem medo de dar passos concretos na sua vida?- O que tem lhe assustado (a .- Você está acomodado (a) em algum ponto? O que você precisa fazer para levantar-se?- O que Jesus tem lhe pedido para fazer e porque você não o faz?

Helena Colares Serpa