sábado, 11 de junho de 2016

13 conselhos do Papa Francisco para um bom casamento

 

 

Em "Amoris Laetitia", o Papa dá alguns conselhos sobre como sustentar um bom casamento durante os anos

O Papa Francisco usou o “hino da caridade” de São Paulo, em sua primeira Carta aos Coríntios, a fim de dar alguns conselhos sobre como sustentar um bom casamento durante os anos baseado no amor verdadeiro.

“Vale a pena deter-se a esclarecer o significado das expressões deste texto, tendo em vista uma aplicação à existência concreta de cada família”, explicou.

1. Paciência: Esta, escreveu Francisco, “não é deixar que nos maltratem permanentemente, nem tolerar agressões físicas, ou permitir que nos tratem como objetos”, mas “o amor tem sempre um sentido de profunda compaixão que leva a aceitar o outro como parte deste mundo, também quando atua de um modo diferente ao qual eu desejaria”.

“O problema surge quando exigimos que as relações sejam idílicas, ou que as pessoas sejam perfeitas, ou quando nos colocamos no centro e esperamos que se cumpra unicamente a nossa vontade. Então tudo nos impacienta, tudo nos leva a reagir com agressividade”, advertiu.

2. Atitude de serviço: O Papa destacou que em sua carta, São Paulo “quer insistir que o amor não é apenas um sentimento, mas deve ser entendido no sentido que o verbo ‘amar’ tem em hebraico: ‘fazer o bem’”.

“Como dizia Santo Inácio de Loyola, ‘o amor deve ser colocado mais nas obras do que nas palavras’. Assim poderá mostrar toda a sua fecundidade, permitindo-nos experimentar a felicidade de dar, a nobreza e grandeza de doar-se superabundantemente, sem calcular nem reclamar pagamento, mas apenas pelo prazer de dar e servir”.

3. Curando a inveja: “No amor não há lugar para sentir desgosto pelo bem de outro”, sublinhou o Papa. Ao mesmo tempo, explicou que “a inveja é uma tristeza pelo bem alheio, demostrando que não nos interessa a felicidade dos outros, porque estamos concentrados exclusivamente no nosso bem-estar”.

O Santo Padre indicou que “o verdadeiro amor aprecia os sucessos alheios, não os sente como uma ameaça, libertando-se do sabor amargo da inveja. Aceita que cada um tenha dons distintos e caminhos diferentes na vida”.

4. Sem ser arrogante nem se orgulhar: Francisco destacou que “quem ama não só evita falar muito de si mesmo, mas, porque está centrado nos outros, sabe manter-se no seu lugar sem pretender estar no centro”.

“Alguns julgam-se grandes, porque sabem mais do que os outros, dedicando-se a impor-lhes exigências e a controlá-los; quando, na realidade, o que nos faz grandes é o amor que compreende, cuida, integra, está atento aos fracos”, disse.

5. Amabilidade: “Amar é também tornar-se amável”, precisou o Papa. E isto significa que “o amor não age rudemente, não atua de forma inconveniente, não se mostra duro no trato.

Os seus modos, as suas palavras, os seus gestos são agradáveis; não são ásperos, nem rígidos. Detesta fazer sofrer os outros”.

6. Desprendimento: Ao contrário da frase popular que diz que “para amar os outros, é preciso primeiro amar-se a si mesmo”, o Papa recordou que neste hino à caridade, São Paulo “afirma que o amor ‘não procura o seu próprio interesse’, ou ‘não procura o que é seu’”.

“Deve-se evitar de dar prioridade ao amor a si mesmo, como se fosse mais nobre do que o dom de si aos outros”.

7. Sem violência interior: O Papa encorajou na Amoris Laetitia a evitar “uma irritação recôndita que nos põe à defesa perante os outros, como se fossem inimigos molestos a evitar”.

“O Evangelho convida a olhar primeiro a trave na própria vista”, acrescentou, para logo exortar: “Se tivermos de lutar contra um mal, façamo-lo; mas sempre digamos ‘não’ à violência interior”.

8. Perdão: Francisco recomendou não deixar lugar “ao ressentimento que se aninha no coração”, mas sim trabalhar em “um perdão fundado em uma atitude positiva que procura compreender a fraqueza alheia e encontrar desculpas para a outra pessoa”.

O Papa assegurou que a comunhão familiar “só pode ser conservada e aperfeiçoada com grande espírito de sacrifício. Exige, de fato, de todos e de cada um, pronta e generosa disponibilidade à compreensão, à tolerância, ao perdão, à reconciliação”.

9. Alegrar-se com os outros: “Quando uma pessoa que ama pode fazer algo de bom pelo outro, ou quando vê que a vida está a correr bem ao outro, vive isso com alegria e, assim, dá glória a Deus”, indicou o Santo Padre.

“A família deve ser sempre o lugar onde uma pessoa que consegue algo de bom na vida, sabe que ali se vão congratular com ela”.

10. Tudo desculpa: Isto, explicou o Papa, “implica limitar o juízo, conter a inclinação para se emitir uma condenação dura e implacável: ‘Não condeneis e não sereis condenados’ (Lc 6, 37)”.

“113.      Os esposos, que se amam e se pertencem, falam bem um do outro, procuram mostrar mais o lado bom do cônjuge do que as suas fraquezas e erros. Em todo o caso, guardam silêncio para não danificar a sua imagem. Mas não é apenas um gesto externo, brota de uma atitude interior”.

11. Confia: “Não se trata apenas de não suspeitar que o outro esteja mentindo ou enganando”, explicou o Santo Padre.

“Não é necessário controlar o outro, seguir minuciosamente os seus passos, para evitar que fuja dos meus braços. O amor confia, deixa em liberdade, renuncia a controlar tudo, a possuir, a dominar”, disse.

12. Espera: Esta palavra, indicou o Papa, “indica a esperança de quem sabe que o outro pode mudar”.

“Não significa que, nesta vida, tudo vai mudar; implica aceitar que nem tudo aconteça como se deseja, mas talvez Deus escreva direito por linhas tortas e saiba tirar algum bem dos males que não se conseguem vencer nesta terra”, assinalou.

13. Tudo suporta: O Santo Padre assinalou que isto “não consiste apenas em tolerar algumas coisas molestas, mas é algo de mais amplo: uma resistência dinâmica e constante, capaz de superar qualquer desafio”.

“O amor não se deixa dominar pelo ressentimento, o desprezo das pessoas, o desejo de se lamentar ou vingar de alguma coisa. O ideal cristão, nomeadamente na família, é amor que apesar de tudo não desiste”.

(ACI Digital)

Papa: é herético dizer “isso ou nada”, Jesus ensina o realismo

 

O Senhor, disse ainda o Papa, nos pede para não sermos hipócritas.

Pope Francis general Audience June 08, 2016

Querer “isso ou nada” não é católico, é “herético”. Foi a advertência que fez o Papa Francisco na missa celebrada na manhã de quinta-feira (09/06) na capela da Casa Santa Marta. A homilia do Pontífice foi centralizada no “realismo saudável” que o Senhor ensinou aos seus discípulos, inspirando-se na exortação de Jesus no Evangelho do dia: “A Vossa justiça deve ser maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus”.

O povo estava um pouco perdido, explicou o Papa, porque quem ensinava a lei não era coerente em seu testemunho de vida. Jesus pede que isso seja superado, que se vá além. E usa como exemplo o primeiro Mandamento: “Amar a Deus e amar ao próximo”. E destaca que quem se enfurece com seu irmão, deverá ser submetido ao juízo.

Insultar o irmão é como esbofetear a sua alma

“É importante ouvir isso, disse o Papa, neste período em que estamos tão acostumados aos adjetivos e temos um vocabulário tão criativo para insultar os outros”. Isso é pecado, é matar, porque é dar um tapa na alma do irmão, à sua dignidade, destacou Francisco. E com amargura acrescentou que, com frequência, dizemos tantos palavrões “com muita caridade, mas as dizemos aos outros”.

É escandaloso um homem de Igreja que faz o contrário daquilo que diz

A este povo desorientado, explicou o Papa, Jesus pede para que olhe “para cima” e vá “avante”. Sem, porém, deixar de relevar quanto mal faz ao povo o contra-testemunho dos cristãos:

“Quantas vezes nós na Igreja ouvimos essas coisas: quantas vezes! ‘Mas, aquele padre, aquele homem, aquela mulher da Ação Católica, aquele Bispo, aquele Papa nos dizem: ‘Vocês têm que fazer assim!’, e ele faz o contrário. Este é o escândalo que fere o povo e não deixa que o povo de Deus cresça, prossiga. Não liberta. Aquele povo tinha visto a rigidez desses escribas e fariseus. Inclusive quando havia um profeta que trazia um pouco de alegria, era perseguido e o matavam: não havia lugar para os profetas ali. E Jesus diz a eles, aos fariseus: ‘Vocês mataram os profetas, os perseguiram: eles que traziam novo ar’”.

Seguir o realismo saudável da Igreja, não a idealismos e rigidez

“A generosidade, a santidade”, que nos pede Jesus, “é sair, mas sempre, sempre para cima. Sair para cima”. Esta, disse Francisco, é a “libertação” da “rigidez da lei e também dos idealismos que não nos fazem bem”. Jesus, – comentou em seguida -, “nos conhece bem”, “conhece a nossa natureza”. Portanto, nos exorta a chegarmos a um acordo quando temos um contraste com o outro. “Jesus – disse o Papa – também nos ensina um realismo saudável”. “Muitas vezes – acrescentou – você não pode alcançar a perfeição, mas, pelo menos, faça o que você puder, chegue a um acordo”:

“Este é o realismo saudável da Igreja Católica, a Igreja Católica nunca ensina ‘ou isto ou aquilo’. Isso não é católico. A Igreja diz: ‘Este e este’. ‘Faz a perfeição: reconcilie-se com seu irmão. Não insultá-lo, mas Amá-lo. Mas se houver qualquer problema, pelo menos, coloque-se de acordo, para não iniciar uma guerra. Esse é o realismo saudável do catolicismo. Não é católico dizer “ou isto ou nada”: isso não é católico. Isso é herético. Jesus sempre sabe como caminhar conosco, nos dá o ideal, nos leva em direção ao ideal, libertar-nos deste encarceramento da rigidez da lei e nos diz: “Mas, façam até o ponto que vocês podem fazer’. E ele nos conhece bem. É este o nosso Senhor, é isso o que Ele nos ensina”.

Reconciliar-se entre nós, é a “santidade pequena” das negociações

O Senhor, disse ainda o Papa, nos pede para não sermos hipócritas: de não ir louvar a Deus com a mesma língua com a qual se insulta o irmão. “Façam o que puderem”, acrescentou, “é a exortação de Jesus”, “pelo menos, evitem a guerra entre vocês, coloquem-se de acordo”:

“Eu me permito de dizer-lhes esta palavra que parece um pouco estranha: é a pequena santidade da negociação. ‘Mas, eu não posso tudo, mas eu quero fazer tudo, mas eu me coloco de acordo com você, pelo menos não nos insultamos, não fazemos a guerra e vivemos todos em paz’. Jesus é grande! Ele nos liberta de todas as nossas misérias. Também daquele idealismo que não é católico. Peçamos ao Senhor que nos ensine, em primeiro lugar, a sair de toda rigidez, mas sair para cima, para sermos capazes de adorar e louvar a Deus; que nos ensine a nos reconciliarmos entre nós; e também, nos ensine a colocarmo-nos de acordo até o ponto que podemos fazê-lo”.

Referindo-se à presença de crianças na Missa, exortou a ficar “tranquilos”, “porque a pregação de uma criança na igreja é mais bela que a de um padre, de um bispo e do Papa”. “É a voz da inocência que faz bem a todos”, disse.

(Rádio Vaticano)

12 Junho – Dia dos Namorados

Namoro: tempo de conhecer e reconhecer o outro  

      

              Tempo de namoro: tempo gostoso de conhecer a pessoa por quem, num primeiro momento, o que por vezes falou mais alto foi a paixão, mas que, logo depois, deu espaço para uma vivência madura que supera o clamor quente e desmedido, que nem sempre corresponde a expectativas interiores de cada um dos enamorados.

          O convite de hoje é pensar sobre seu relacionamento de namoro: muitas pessoas o acham desnecessário, outras falam apenas no ficar, outras querem mesmo a saciedade das sensações físicas e aí mora o perigo. Quando satisfazemos apenas o físico, nosso emocional continua "carente". Amor vai além. E é aí que entra o tempo de namoro; tempo para conhecer, não apenas o "lado feliz, lindo e amável" do outro, mas também aquelas características que nem sempre aprovamos; aquele temperamento difícil de aceitar e, muitas vezes, bem diferente da outra pessoa (e daí, vêm as divergências, a nossa falta de paciência e o fim de um relacionamento).

        O tempo de namoro é um período de promessa; promessa de um amor que amadurece com o tempo e não da noite para o dia. Fazer com que as coisas aconteçam antes do tempo é como querer superar o tempo do agora com o dia de amanhã, que ainda não chegou.

        Mas, o que fazer agora? Agora é tempo do conhecer, do compreender quem eu sou, como reajo diante das expectativas, como eu me relaciono com as diferenças individuais e, nisso tudo, como eu posso trabalhar para superar a condição presente, agindo com respeito e tolerância e sabendo até onde eu desejo conviver com o outro, estendendo este namoro para um noivado e o compromisso do casamento.

        O casal favorece um namoro saudável quando permite um olhar diferente para ambos; quais são nossos gostos em comum, nossas diferenças, nossos pensamentos sobre assuntos divergentes, aonde queremos chegar com este namoro. Você pode estar pensando: "Mas, então, sou obrigado a casar com a pessoa com a qual namoro?". Não, você não é obrigado a nada; mas, entender e viver com seriedade esta fase é importante, mesmo que no final você nem chegue a se casar com ela, mas que entenda que as diferenças são tantas e o jeito de um e de outro são tão diferentes a ponto de este relacionamento não ser adequado para seguir em frente.

        As transformações da sociedade têm feito com que muitos valores, antes cultivados, hoje, sejam por muitas pessoas esquecidos. Tratamos as coisas de forma impessoal, individual e com isso, sem uma reciprocidade, um cuidado nas relações humanas de forma geral. Daí importante perceber que quanto mais exemplos de família desestruturada temos, tanto maior a tendência de namoros que sejam pouco adequados ou de muito sofrimento.

         Acredito numa verdade que diz que o namoro compreende um estímulo direto para o autoconhecimento; é nesse tempo que tudo aquilo que eu acredito como verdade é colocado em xeque com a verdade do outro: meus sentimentos, carências, dependências, crises, alegrias, decepções. Aí entra a força da superação até mesmo dos traumas e dores por uma história de vida mal compreendida. Por isso, não se deve iniciar um namoro apenas porque não se deseja ficar sozinho, sem namorado (a). Milhares de casamentos infelizes começam dessa forma, achando "depois que casar melhora" ou "o tempo faz com que se acerte tudo". De fato, conhecer leva tempo e viver debaixo do mesmo teto faz toda a diferença. Por isso, afirmo que é muito bom olhar para o namoro com maturidade, tendo conhecimento de si, aceitando o outro, vivendo a dois a experiência do amor que constrói, amadurece, faz e refaz em sua vida. Um relacionamento maduro se faz no dia a dia e se torna maduro à medida que passamos pelas situações positivas ou negativas surgem no relacionamento e nos colocam, como casal, como um par que deve decidir a partir dos objetivos e desejos de ambos.

 
Fonte: Cançao Nova