terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Qual a vontade de Deus para os esposos?


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O casal só viverá bem se cada um tiver Deus no coração; pois é a sua graça que mata em nós as ervas daninhas que podem destruir o casamento

A família começa no matrimônio; por isso a Igreja exige do casal de noivos no altar um “juramento de fidelidade” até a morte, sem o quê a família não tem sustentação. A infidelidade conjugal é a grande praga de nossos dias e que vai corroendo os lares.

Para fazer a vontade de Deus, a esposa e o esposo devem ser fieis um ao outro,  em tudo; viver para o outro e para seus filhos; nunca desejar outra pessoa e jamais ter intimidades com outros, seja por palavras ou atos. Hoje vemos alguns casamentos se acabarem por causa de mulheres que conhecem outros homens pela internet e acabam se apaixonando por eles. E o mesmo se dá com alguns homens. Qualquer desejo consentido por outro é traição e infidelidade conjugal.

São Paulo já falava claro para ambos há dois mil anos atrás.

“Considerando o perigo da incontinência, cada um tenha “sua mulher”, e cada mulher tenha “seu marido”.  O marido cumpra o seu dever para com a sua esposa e da mesma forma também a esposa o cumpra para com o marido. A mulher não pode dispor de seu corpo: ele pertence ao seu marido. E da mesma forma o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa. Não vos recuseis um ao outro, a não ser de comum acordo, por algum tempo, para vos aplicardes à oração; e depois retornai novamente um para o outro, para que não vos tente Satanás por vossa incontinência” (1Cor 7,2-5).

Para fazer a vontade de Deus, marido e mulher devem buscar a cada dia chegar onde Ele quer que todo casal chegue: “Sereis uma só carne” (Gn 2, 24); isto é, serem unidos. Que nada os separe, que nada seja motivo de brigas, nem a moda, nem o dinheiro, nem os bens, nem os parentes, nem a religião, nem os programas e passeios, nada. Que tudo seja combinado, sem brigas e sem egoísmos, pois um casal egoísta é como duas bolas de bilhar, só se encontram para chocarem e se separarem.

Se o casal não for unido, se não viver o amor de Deus como Jesus ensinou; e como São Paulo ensina na Carta aos coríntios (1Cor 13), o lar não será feliz, não haverá paz para os filhos, e seu desenvolvimento não será harmonioso. Muitos filhos não gostam do próprio lar porque nele não há paz e amor. Como um jovem desse pode ser feliz?

O casal só viverá bem se cada um tiver Deus no coração; pois é a sua graça que mata em nós a erva daninha do egoísmo, do orgulho, da vaidade, da arrogância, prepotência, autossuficiência, amor próprio, ganância, ira, inveja, preguiça, maledicência, infidelidade, etc., e tudo o mais que destrói os casamentos.

É o amor de Deus e a sua graça que darão ao casal a força da fé, da esperança nas horas difíceis, a coragem nos grandes desafios da caminhada conjugal. Sem Deus o casal não terá bom diálogo, paciência, tolerância com os erros do outro, carinho a ser dado e resistência contra os embates da vida.

São Pedro tem palavras de exortação aos esposos:

“Vós, também, ó mulheres, sede submissas aos vossos maridos. Se alguns não obedecem à palavra, serão conquistados, mesmo sem a palavra da pregação, pelo simples procedimento de suas mulheres, ao observarem vossa vida casta e reservada… tende aquele ornato interior e oculto do coração, a pureza incorruptível de um espírito suave e pacífico, o que é tão precioso aos olhos de Deus… Do mesmo modo vós, ó maridos, comportai-vos sabiamente no vosso convívio com as vossas mulheres, pois são de um sexo mais fraco… Tratai-as com todo respeito para que nada se oponha às vossas orações” (1Pe 1, 1-7).

No casamento, o casal deve realizar a vontade de Deus vivendo o mandamento: “Deus os abençoou: “Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a” (Gn 1, 28).

É vontade de Deus que o casal cresça na convivência mútua; e o fermento desse crescimento é o amor, a renúncia, a abnegação, sabendo cada um “dizer não a si mesmo” para dizer sim ao outro. Por outro lado, a missão do casamento é gerar os filhos de Deus; os futuros cidadãos do céu; por isso, um controle de natalidade baseado no egoísmo, no comodismo ou no medo deve ser evitado. A Igreja ensina aos casais que os filhos são uma bênção de Deus; o Catecismo diz que:

“A fecundidade é um dom, um fim do matrimônio, porque o amor conjugal tende a ser fecundo. O filho não vem de fora acrescentar-se ao amor mútuo dos esposos; surge no próprio âmago dessa doação mútua, da qual é fruto e realização.” (§ 2366).

“A Sagrada Escritura e a prática tradicional da Igreja veem nas famílias numerosas um sinal da bênção divina e da generosidade dos pais” (§2373; GS, 50,2).

E conclui: “os filhos são o dom mais excelente do Matrimônio e constituem um benefício máximo para os próprios pais” (§ 2378).

Prof. Felipe Aquino

O verdadeiro sentido do casamento


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O casamento não é uma aventura nem um “tiro no escuro” como dizem alguns; é, sim, um projeto sério de vida a dois!

Deus criou o homem e a mulher, e uniu-os em matrimônio. A Bíblia nos diz que, ao criar o homem, Deus percebeu que ele não estava satisfeito porque não encontrou em todos os seres criados uma criatura que o completasse. E Deus disse que “não é bom que o homem esteja só” (Gn 2, 18). E disse ao homem: “Eu vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada” (Gn 2,18), alguém que seja como você e que o ajude a viver. E fez a mulher. Retirou “um pedaço” do homem para criar a mulher (cf. Gn 2,21-22).

Nessa linguagem figurada, a Palavra de Deus quer nos ensinar que a mulher foi feita da mesma essência e da mesma natureza do homem, isto é, “à imagem e semelhança de Deus” (cf. Gn 1, 26), e foi feita para o homem.

Santo Agostinho nos lembra que Deus, para fazer a mulher, não tirou um pedaço da cabeça do homem e nem um pedaço do seu calcanhar, por que a mulher não deveria ser chefe nem escrava do homem, mas “companheira” e “auxiliar”.

Ao ver Eva, Adão exclamou feliz: “Eis agora aqui o osso de meus ossos e a carne de minha carne Ela vai se chamar mulher” (Gn 2,23). A palavra mulher em hebraico “isha” é o feminino de homem (“ish”). Esta foi, sem dúvida, a primeira declaração de amor do universo. Adão se sentiu feliz e completado em sua carência.

Então, Deus disse ao primeiro casal: “Por isso o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne” (Gn 2,24). Repare que Deus não disse para o homem se unir a outro homem; logo, a união homossexual é contra a lei de Deus para o casal, e desvirtua o casamento.

Assim Deus colocava para toda a humanidade que surgia do primeiro casal, o sentido do casamento. “Ser uma só carne” quer dizer: serão uma só realidade, uma só vida, uma união perfeita, um único projeto de vida. E Jesus fez questão de acrescentar mais tarde: “Portanto, não separe o homem o que Deus uniu” (Mt 19,6).

Após uni-los, Deus disse ao casal: “Frutificai e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a” (Gn 1,28). Aqui está o sentido mais profundo do casamento: “frutificai [crescei] e multiplicai”. Deus quer que o casal, na união profunda do amor, cresça e se multiplique nos seus filhos; e daí surge a família, a mais importante instituição da humanidade. A família é a célula principal do plano de Deus para os homens e ela surge com o matrimônio.

É muito significativo que Deus tenha dito ao casal primeiro, “crescei”; e, em seguida, “multiplicai”. Isso mostra que a primeira dimensão do casamento é o crescimento mútuo do casal, realizado no seu amor fecundo. Ninguém pode multiplicar sem antes crescer. Como é que um casal vai educar os filhos, se eles, antes, não se educaram, não cresceram juntos?

O casamento não é uma aventura nem um “tiro no escuro” como dizem alguns; é, sim, um projeto sério de vida a dois, onde cada um está comprometido em fazer o outro crescer, isto é, ser melhor a cada dia. Se a esposa não se torna melhor por causa da presença do marido a seu lado, e vice-versa, então o casamento deles está sem sentido, pois não realiza sua primeira finalidade.

Também um namoro, um noivado, ou até uma simples amizade, não terão sentido se um não for para o outro um fermento de auxílio e crescimento. Enfim, o casamento não é para “curtir a vida a dois”, egoisticamente; nem é uma mera tradição social, não, ele existe para vivermos ao lado de alguém muito especial e querido que queremos construir e gerar os filhos queridos. É por isso que se diz que “amar não é querer alguém construído, mas, sim, construir alguém querido”.

O casamento não é um sonho, uma aventura ou uma “curtição a dois”; é uma missão sagrada assumida diante de Deus, para fazer o outro crescer e para gerar os filhos. E tudo isso dá muito trabalho e exige sacrifício dos pais e dos esposos, por isso, tudo deve ser feito por amor a Deus.

Para ajudar o outro a crescer é preciso aceitá-lo como ele é, com todas as suas qualidades e defeitos A partir daí é possível então, com muita paciência, fé e carinho, ajudar o companheiro a crescer; e crescer quer dizer atingir a maturidade como pessoa humana no campo psicológico, emocional, espiritual, moral, etc.

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Qual a vontade de Deus para os esposos?

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O casal só viverá bem se cada um tiver Deus no coração; pois é a sua graça que mata em nós as ervas daninhas que podem destruir o casamento

A família começa no matrimônio; por isso a Igreja exige do casal de noivos no altar um “juramento de fidelidade” até a morte, sem o quê a família não tem sustentação. A infidelidade conjugal é a grande praga de nossos dias e que vai corroendo os lares.

Para fazer a vontade de Deus, a esposa e o esposo devem ser fieis um ao outro,  em tudo; viver para o outro e para seus filhos; nunca desejar outra pessoa e jamais ter intimidades com outros, seja por palavras ou atos. Hoje vemos alguns casamentos se acabarem por causa de mulheres que conhecem outros homens pela internet e acabam se apaixonando por eles. E o mesmo se dá com alguns homens. Qualquer desejo consentido por outro é traição e infidelidade conjugal.

São Paulo já falava claro para ambos há dois mil anos atrás.

“Considerando o perigo da incontinência, cada um tenha “sua mulher”, e cada mulher tenha “seu marido”.  O marido cumpra o seu dever para com a sua esposa e da mesma forma também a esposa o cumpra para com o marido. A mulher não pode dispor de seu corpo: ele pertence ao seu marido. E da mesma forma o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa. Não vos recuseis um ao outro, a não ser de comum acordo, por algum tempo, para vos aplicardes à oração; e depois retornai novamente um para o outro, para que não vos tente Satanás por vossa incontinência” (1Cor 7,2-5).

Para fazer a vontade de Deus, marido e mulher devem buscar a cada dia chegar onde Ele quer que todo casal chegue: “Sereis uma só carne” (Gn 2, 24); isto é, serem unidos. Que nada os separe, que nada seja motivo de brigas, nem a moda, nem o dinheiro, nem os bens, nem os parentes, nem a religião, nem os programas e passeios, nada. Que tudo seja combinado, sem brigas e sem egoísmos, pois um casal egoísta é como duas bolas de bilhar, só se encontram para chocarem e se separarem.

Se o casal não for unido, se não viver o amor de Deus como Jesus ensinou; e como São Paulo ensina na Carta aos coríntios (1Cor 13), o lar não será feliz, não haverá paz para os filhos, e seu desenvolvimento não será harmonioso. Muitos filhos não gostam do próprio lar porque nele não há paz e amor. Como um jovem desse pode ser feliz?

O casal só viverá bem se cada um tiver Deus no coração; pois é a sua graça que mata em nós a erva daninha do egoísmo, do orgulho, da vaidade, da arrogância, prepotência, autossuficiência, amor próprio, ganância, ira, inveja, preguiça, maledicência, infidelidade, etc., e tudo o mais que destrói os casamentos.

É o amor de Deus e a sua graça que darão ao casal a força da fé, da esperança nas horas difíceis, a coragem nos grandes desafios da caminhada conjugal. Sem Deus o casal não terá bom diálogo, paciência, tolerância com os erros do outro, carinho a ser dado e resistência contra os embates da vida.

São Pedro tem palavras de exortação aos esposos:

“Vós, também, ó mulheres, sede submissas aos vossos maridos. Se alguns não obedecem à palavra, serão conquistados, mesmo sem a palavra da pregação, pelo simples procedimento de suas mulheres, ao observarem vossa vida casta e reservada… tende aquele ornato interior e oculto do coração, a pureza incorruptível de um espírito suave e pacífico, o que é tão precioso aos olhos de Deus… Do mesmo modo vós, ó maridos, comportai-vos sabiamente no vosso convívio com as vossas mulheres, pois são de um sexo mais fraco… Tratai-as com todo respeito para que nada se oponha às vossas orações” (1Pe 1, 1-7).

No casamento, o casal deve realizar a vontade de Deus vivendo o mandamento: “Deus os abençoou: “Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a” (Gn 1, 28).

É vontade de Deus que o casal cresça na convivência mútua; e o fermento desse crescimento é o amor, a renúncia, a abnegação, sabendo cada um “dizer não a si mesmo” para dizer sim ao outro. Por outro lado, a missão do casamento é gerar os filhos de Deus; os futuros cidadãos do céu; por isso, um controle de natalidade baseado no egoísmo, no comodismo ou no medo deve ser evitado. A Igreja ensina aos casais que os filhos são uma bênção de Deus; o Catecismo diz que:

“A fecundidade é um dom, um fim do matrimônio, porque o amor conjugal tende a ser fecundo. O filho não vem de fora acrescentar-se ao amor mútuo dos esposos; surge no próprio âmago dessa doação mútua, da qual é fruto e realização.” (§ 2366).

“A Sagrada Escritura e a prática tradicional da Igreja veem nas famílias numerosas um sinal da bênção divina e da generosidade dos pais” (§2373; GS, 50,2).

E conclui: “os filhos são o dom mais excelente do Matrimônio e constituem um benefício máximo para os próprios pais” (§ 2378).

Prof. Felipe Aquino

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Fidelidade conjugal nasce da simplicidade da partilha a dois


A fidelidade conjugal é fruto da fidelidade no namoro

Na história a seguir, entenda a importância da fidelidade da vida conjugal.

Havia um senhor que, todas as manhãs, ia tomar café com sua esposa, a qual se encontrava internada em um asilo. Certa manhã, esse senhor estava esperando o ônibus. Quando olhou para o lado, viu um amigo seu que se aproximava. Cumprimentaram-se e o senhor convidou seu amigo para sentar-se ao seu lado. Contou ao amigo sobre sua jornada matinal de todos os dias. Ouvindo-o atentamente, este amigo lhe perguntou:

“Por que, todas as manhãs, você vai tomar café com sua esposa, se ela não se lembra mais de quem é você? Ela tem Alzheimer!” Nisso, aquele senhor virou-se e, olhando profundamente nos olhos de seu amigo, disse-lhe: “Ela pode não se lembrar de quem eu sou, mas eu me lembro de quem ela é e do compromisso que nós assumimos perante Deus!”.

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O valor da fidelidade

Em uma sociedade com tantas propostas de felicidade, essa pequena história nos ensina o valor da fidelidade nas relações conjugais, em todos os momentos da vida: na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias, manhãs, tardes e noites da vida a dois. A fidelidade entre o casal começa no período de namoro, momento propício do conhecimento, tempo de construir uma relação madura e humana. Estação de semeadura das flores que, um dia, irão florir nos canteiros de uma vida conjugal sacramentada pela bênção de Deus.

A fidelidade no casamento é fruto da fidelidade no namoro. A busca pelo que é essencial no casamento deve sempre ser maior do que é periférico. Muitos relacionamentos conjugais se estacionam em sentimentos periféricos, os quais não trazem nenhum benefício para quem busca construir uma vida de amor partilhado. O amor, que um dia os uniu, acaba sendo deixado de lado por desentendimentos não resolvidos, pela falta de diálogo e compreensão de ambas as partes.

Construção do amor

Fidelidade nas alegrias da vida, mas também nos momentos de tristeza. Fidelidade na saúde e também na doença. O verdadeiro amor é construído dia a dia na vida do casal. A cada nova manhã, marido e mulher são sempre convidados a renovar a fidelidade um ao outro e redescobrirem o motivo que, um dia, os levou ao altar: o amor que os uniu por toda a vida.

Uma verdadeira experiência de fidelidade conjugal passa pelo processo da gratuidade do amor. Marido e mulher, que cobram amor um do outro, estão negociando seus sentimentos. A própria palavra “cobrança” revela, em si mesma, seu significado: só cobramos algo de alguém quando há uma dívida pendente. O amor conjugal não é negócio, mas pura gratuidade, doação e entrega. Quando as cobranças começam, o relacionamento entra num processo de contabilidade, no qual o saldo final sempre será negativo.

Renovação do compromisso

A cada novo dia, a cada nova manhã, o amor e a fidelidade devem ser renovados. Novas esperanças devem ser semeadas no jardim da vida a dois. Esposo e esposa devem cultivar, em conjunto, no canteiro da alma, o amor que os uniu um dia. Descobrir que o outro não é tão perfeito como se imaginava, é um exercício de paciência, que só poderá ser vencido com as flores da paciência, do diálogo e do perdão.

No casamento, a fidelidade nasce da simplicidade da partilha a dois. Cada casal é sempre convidado a descobrir, na simplicidade da vida a dois, o espetacular da vida matrimonial.

Fonte: Cancão Nova.

Existe sentido para viver o sofrimento?


O sofrimento precisa ser o impulso para a ressurreição

“Os que lançam as sementes entre lágrimas, colherão com alegria.” (Sl 125)

Muitas vezes, a experiência da dor é marcada por mistério e incompreensão, e o desejo de conhecer os motivos do sofrimento jamais será saciado nesta vida. Frente ao mistério da dor, o homem busca respostas que nem sempre vai encontrar, como alguém ávido de compreensão que mergulha no abismo profundo do “por quê?”

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Nossa fé nos permite vislumbrar um caminho novo e diferente. O homem não depende da compreensão de sua dor para conseguir superá-la. O mais importante não é entender, mas descobrir a força de esperança que nasce de um coração que sabe crer. Crer que a mais bela experiência de amor só brota de um terreno encharcado pelas lágrimas. Crer que o valor das pequenas coisas só brilha quando elas fazem falta. Crer que Deus é capaz de gerar santidade mesmo nas piores tragédias. É essa fé que dá ao homem o sentido para suas dores e, ao mesmo tempo, não o reduz à mera compreensão das fatalidades da vida.

Lute diante do sofrimento

O cristão não teme o sofrimento, porque encontra nele o impulso para a ressurreição. É no largar da dor que Deus espreme aqueles que Ele ama, para que sejam capazes de produzir o mais puro óleo de santidade. É essa beleza de fé, muitas vezes obscura, que se torna o caminho seguro para que sejamos capazes de vencer as maiores dores da vida e da existência.

Felizes aqueles que escolheram ficar na incompreensão das suas dores para caminhar na penumbra da fé. São esses que se tornaram agradáveis a Deus e encontraram n’Ele a força e a coragem para um abandono total. Felizes aqueles que, após a noite das lágrimas, puderam sorrir na aurora da ressurreição e da vida nova. Esses foram além da mera compreensão racional, subiram mais alto, chegaram ao horizonte limitado da fé que faz do crente alguém que não depende de explicações humanas, pois encontrou em Deus um amor que não requer respostas. Quem ama não precisa entender, basta que exista o amor para que a angústia da incompreensão se transforme na paz que nasce da fé.

Que hoje também você encontre em Deus esse amor que, não exigindo respostas, nos permite sorrir mesmo quando temos todos os motivos para chorar.

Em oração por você!
Willian Guimarães

Em tempos difíceis como viver da Divina Providência?

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Acredite e confie na Divina Providência nos momentos de dificuldade.

Lidar com a falta de recursos é algo de que, atualmente, não conseguimos escapar. Seja pela nossa própria realidade, pelas publicações na internet ou pelas conversas a nossa volta, a verdade é que, onde quer que estejamos, o assunto parece inevitável. E mesmo que tenhamos o desejo de nos manter otimistas, acabamos contagiados pelas lamentações. Com isso, inevitável também é o sentimento de medo e insegurança que a crise provoca. Por fim, vem a pergunta: “O que posso fazer diante dessa realidade? Será que existe uma saída?”.

A boa notícia é que existe sim uma saída e ela tem um nome: Divina Providência. Aliás, você sabe o que significa Divina Providência? Teologicamente, quer dizer o poder e a sabedoria suprema de Deus com a qual ele governa todas as coisas e pessoas. Em outras palavras, é uma experiência de fé que nos desafia a fazermos o que está ao nosso alcance, mas, ao mesmo tempo, a nos abandonarmos totalmente nas mãos de Deus, deixando-nos conduzir por Ele em todos os aspectos, certos de que “uma vez que o amamos, tudo concorre para o nosso bem” (Romanos 8,28). Nesse sentido, viver da Divina Providência significa ainda aceitar a vontade de Deus, mesmo que ela seja contrária as nossas expectativas; até porque são as provas que vivemos que nos fazem valorizar o essencial. Basta lembrar, por exemplo, o quanto valorizamos a saúde após a doença, o trabalho depois do desemprego e poderia citar tantos outras situações que vivemos na dor, mas que nos tornaram pessoas melhores após a superação. Perdas e ganhos fazem parte da arte de viver, o que não podemos é parar diante de desafios como a crise financeira, por exemplo.

Vença a crise e não desanime

Madre Teresa, ao falar a esse respeito, ensina-nos que não podemos deixar que enferruje o ferro que existe em nós. “Quando não conseguir correr através dos anos, trote. Quando não conseguir trotar, caminhe. Quando não conseguir caminhar, use uma bengala. Mas nunca pare”, diz ela com toda sabedoria própria de quem passou por este mundo fazendo sua parte, porém, confiando seguramente nos desígnios de Deus. Acredito que essa seja a receita ou, pelo menos, uma boa dica para quem deseja viver da Divina Providência em nossos dias, ou seja, fazer o que nos compete a cada instante – nem menos, porque seria negligencia; nem mais, porque o que não está ao nosso alcance, Deus não nos pede que façamos –, e confiar seguramente na ação divina, que pode até tardar de acordo com nossas expectativas, mas nunca falha, porque Ele é rico em generosidade.

Outro aspecto que considero importante, nesse sentido, é assumir a verdade. Não é fácil reconhecer que estamos vivendo um momento de crise, seja ela qual for, mas sem esse passo não tem como dar outros. A verdade dita do jeito certo sempre liberta. Portanto, se a crise material envolve a família, é fundamental que todos, independente da idade, saibam e colaborem com as mudanças que ela exige. Precisamos ter a coragem, por exemplo, de nos perguntarmos diante de algo que queremos: será que, realmente, preciso disso? Ao mesmo tempo, ajudarmos nossos filhos a repensarem também suas escolhas, lembrando que ninguém pode ter tudo que deseja neste mundo, e saber escolher hoje é condição fundamental para a felicidade futura.

Ser agradecido pelo que possui também é muito importante para experimentar a ação de Deus. Às vezes, focamos nossa atenção no que falta, mas nos esquecemos de agradecer o que já temos. Na verdade, deveríamos agradecer a Deus sempre, inclusive por aquilo que não recebemos, pois, se tivermos a paciência necessária com o tempo, acabamos por perceber que o que tanto pedimos, na verdade, não seria o melhor para nós. Então, em todo caso, é preciso confiar, antes de tudo, no amor de Deus e agradecer. Até porque, as Sagradas Escrituras nos lembram que “se Deus cuida das aves do céu e dos lírios do campo, muito mais cuidará de nós que somos seus filhos.” (Mateus 6,26) E como é bom saber que temos um Pai que nos ama e está disposto a nos ajudar também em meio às provas que a vida oferece! Portanto, confiemos em seu amor e deixemo-nos conduzir por Ele, pois a confiança é importante em todos os sentidos, e para viver da Divina Providência é fundamental.

Dijanira Silva – Missionária da Comunidade Cançao Nova

Preciso contar tudo o que acontece comigo para o meu cônjuge?


Meu cônjuge precisa saber de tudo?

A Igreja ensina que o pecador está obrigado a contar os seus pecados ao sacerdote na confissão, para que Deus o perdoe mediante um sincero arrependimento, mas não obriga que um cônjuge, que cometeu alguma falta, conte ao outro o seu erro. Isso depende da decisão de cada um, da necessidade do outro saber do fato cometido, especialmente para ajudá-lo a vencer o tipo de queda em que caiu ou também para a união do casal.

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Há cônjuges maduros que estão preparados para receber uma notícia desagradável, sem se abalar profundamente e sem prejudicar a família, mas há outros que não têm a mesma maturidade e podem perder a paz. Tudo isso precisa ser analisado e, se necessário, ser objeto de um bom aconselhamento. O mais importante, portanto, é que quem errou logo se arrependa e se confesse diante de Deus e do seu ministro, para receber o perdão e a paz de consciência. Revelar ou não ao outro o seu erro deve ser objeto de reflexão e bom aconselhamento. Não é um decisão sempre fácil, por isso é necessário pedir ajuda.

O pecado do adultério

No caso do grave pecado de adultério, quando foi apenas um falta sem que houvesse um caso que se repetisse, alguns sacerdotes orientam que o culpado não conte ao cônjuge o seu erro, para evitar que haja uma separação do casal e o prejuízo para os filhos. Há cônjuges que aceitam perdoar a queda do outro, mediante um arrependimento sincero declarado e o desejo de não mais repetir o erro. No entanto, há cônjuges que não aceitariam dar o perdão ao culpado, mesmo diante de um pedido de perdão e arrependimento, e buscam a separação. É por isso que algum sacerdote pode aconselhar o pecador a não contar seu pecado ao outro, mas isso é uma decisão do cônjuge culpado.

Para uma reflexão mais aprofundada sobre essa questão, é bom lembrar que o Catecismo diz que a Igreja pode perdoar qualquer pecado se a pessoa se arrepender e quiser mudar de vida:

§982. “Não há pecado algum, por mais grave que seja, que a Santa Igreja não possa perdoar. Não existe ninguém, por mau e culpado que seja, que não deva esperar com segurança a seu perdão, desde que seu arrependimento seja sincero.” Cristo, que morreu por todos os homens, quer que, em Sua Igreja, as portas do perdão estejam sempre abertas a todo aquele que recua do pecado”.


O que diz o Código de Direito Canônico da Igreja?

É interessante refletir também sobre o que diz o Código de Direito Canônico da Igreja quando fala da separação de um casal por causa do adultério:

Cânon. 1151- “Os cônjuges têm o dever e o direito de manter a convivência conjugal, a não ser que uma causa legítima os escuse. Cânon. 1152 – § 1. Embora se recomende vivamente que o cônjuge, movido pela caridade cristã e pela solicitude do bem da família, não negue o perdão ao outro cônjuge adúltero e não interrompa a vida conjugal; no entanto, se não tiver expressa ou tacitamente perdoado sua culpa, tem o direito de dissolver a convivência conjugal, a não ser que tenha consentido no adultério, lhe tenha dado causa ou tenha também cometido adultério.

§ 2. Existe perdão tácito se o cônjuge inocente, depois de tomar conhecimento do adultério, continuou espontaneamente a viver com o outro cônjuge com afeto marital; presume-se o perdão, se tiver continuado a convivência por seis meses, sem interpor recurso à autoridade eclesiástica ou civil.

§ 3. Se o cônjuge inocente tiver espontaneamente desfeito a convivência conjugal, no prazo de seis meses, proponha a causa de separação à competente autoridade eclesiástica, a qual, ponderadas todas as circunstâncias, veja se é possível levar o cônjuge inocente a perdoar a culpa e a não prolongar para sempre a separação.

A Igreja sempre espera que o perdão supere o ódio e a reconciliação aconteça mesma no caso de um adultério ocorrido. Evidentemente, com o devido arrependimento e mudança de vida. É sempre uma mostra de grandeza de alma saber perdoar, mesmo quando a pessoa foi ferida gravemente na sua intimidade.

Felipe Aquino

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Como saber se você realmente perdoou?


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Como se livrar de um rancor que vem naturalmente

Você quer parar de viver como prisioneira da amargura e do ressentimento? Então, perdoe. Parece fácil, certo? Bem, não, não é fácil, mas é mais fácil trabalhar o perdão do que passar a vida arrastando as correntes de ódio pelas pessoas que te machucaram.

O que é o perdão?

Primeiro, precisamos entender o que é o perdão. Perdoar significa cancelar a dívida moral que alguém nos deve. Quanto maior a ofensa cometida, maior a necessidade de perdoar e ser perdoado.

Três pontos a ter em mente

O primeiro passo para o verdadeiro perdão é ter a humildade de reconhecer que também ofendemos os outros e que também precisamos ser perdoados.

Lembre-se, também, de que o perdão não é um sentimento; é uma atitude. Não espere sentimentos calorosos de amor e perdão para com alguém que te machucou. Perdoe, e os sentimentos virão mais tarde.

Perdoar é uma ação realmente boa para nós. Precisamos perdoar para encontrar a cura interior. Podemos ser enganados ao pensar que o nosso rancor de alguma forma machuca ou afeta a outra pessoa, é como carregar um veneno e esperar que a outra pessoa seja ferida por isso.

Mitos comuns e fatos sobre o perdão

Aqui estão alguns mitos comuns sobre o perdão. Você reconhece algumas das suas próprias objeções aqui?

“Ele não merece meu perdão”. É verdade! Pode ser verdade que a pessoa que nos machucou não mereça nosso perdão. No entanto, merecemos ser livres e viver em paz.

“Eu não perdoo porque não posso”. Não é verdade! Se não perdoarmos, é porque não queremos; o perdão é um ato de vontade livre.

“Eu posso perdoar, mas não posso esquecer”. Todos podemos viver com isso. A menos que tenhamos algum tipo de problema de memória, é difícil para nós esquecer coisas que nos prejudicam. Não só isso: muitas vezes é melhor para nós lembrar, apenas para que possamos estar de guarda. Agora, isso não quer dizer estou esperando o momento certo para me vingar ou observar algum sofrimento da pessoa que me machucou. Perdoar não é o mesmo que esquecer; o ideal é lembrar sem cultivar o veneno da amargura.

“O perdão envolve necessariamente passar um tempo com a pessoa que nos machucou”. Mito! Na verdade, muitas vezes pode ser melhor manter distância por um tempo. Talvez ficar afastado de quem nos machucou possa realmente nos ajudar a perdoar e curar.

“Eu sou obrigado a contar para a pessoa quando eu a perdoei”. Não é verdade! O perdão é um ato pessoal que ocorre no momento em que tomo a decisão de perdoar alguém. O perdão é uma rua de mão única.

“Não podemos perdoar até que o agressor tenha dito que ele ou ela se arrepende”. Mito! O perdão é uma escolha, e sempre podemos escolher perdoar, mesmo que o agressor não tenha procurado perdão.

“Não posso te perdoar novamente, porque já te perdoei muitas vezes”. Não é verdade! O perdão é renovável; sempre podemos perdoar. No entanto, talvez devêssemos garantir que não haja mais oportunidades para a pessoa nos ferir. Definir limites é saudável e necessário, especialmente com pessoas que se aproveitam dos outros.

“Se eu perdoar, eu deveria renovar minha amizade com a pessoa que perdoei”. Não necessariamente.

Uma estrada que nunca acaba

Você finalmente perdoou: parabéns! Agora seja paciente consigo mesma, porque você provavelmente terá que renovar esse ato de perdão interiormente muitas vezes mais. Continue escolhendo rejeitar qualquer pensamento de vingança, ressentimento e autopiedade, e não espere sentimentos calorosos e difusos apareçam imediatamente. Seja paciente consigo mesmo. As feridas do coração podem levar tempo para curar, mas será mais fácil com o tempo.

Dia do Catequista - Mensagem

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Que a luz de Cristo seja irradiada através de você.

         A vocação é algo próprio do ser humano.Em se tratando da vocação cristã sempre terá origem divina: Deus é quem toma a iniciativa e nos chama desde sua gratuidade. O chamado é graça e o envio também.
         A missão é um componente essencial para a realização da vocação.
         Exercer a missão de ser catequista é colocar-se primordialmente a serviço de uma comunidade.
Para identificar esta missão de ser catequista, vamos refletir com símbolos e palavras de Jesus:
- rede - "Jesus disse-lhes: Vinde após mim, eu vos farei pescadores de homens" (Mc. 1, 16-17)
-pote - "Façam tudo que ele mandar" (Jo. 2,5)
- sandálias- "O Filho do Homem não veio para ser servido. Ele veio para servir, e para dar a sua vida como resgate em favor de muitos" (Mt. 20,28)
- vela acesa- "Vocês são a luz do mundo. Que a luz de vocês brilhe.....para que todos vejam as boas obras que vocês fazem" (Mt. 5, 14-16)
- Bíblia- "Se vocês guardarem a minha Palavra, vocês de fato serão meus discípulos" (Jo. 8,31)
-água - "Se alguém tem sede venha a mim e aquele que acredita em mim, beba. É como diz a Escritura: Do seu seio jorrarão rios de água viva" (Jo. 7,38)
- pão - "Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome, e quem acredita em mim nunca mais terá sede"( Jo. 6,35)
- semente - "O Reino do céu é como um homem que semeou boa semente no seu campo" (Mt. 13,24)
- terra - " Se o grão de trigo não cai na terra e não morre, fica sozinho. Mas se morre , produz muito fruto" ( Jo. 12,24)
         Catequista, você é rede, porque segue a Jesus. É pote, porque quer ser o vinho bom do mestre. É sandália, porque não se cansa em ir ao encontro dos catequizandos. É vela acesa toda vez que ilumina a vida de tantas pessoas que precisam de amor,ternura e acolhida. É Bíblia porque anuncia a Palavra com ardor, audácia e coragem. É água viva sempre que encanta pessoas a seguir Jesus. É pão que sacia a fome de justiça, e estende a mão aos mais sofridos. É semente boa que faz produzir cem por um. É terra da presença, do testemunho que consolida na intimidade o amor, porque CATEQUISTA, É MESTRE NA ARTE DE REZAR!
Parabéns pelo seu dia!!

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

O segredo para viver bem o matrimônio


Quando vivemos bem o matrimônio, somos mais felizes e realizados afetiva e sexualmente
Foi assim que Tobias falou: “Levanta-te, Sara, e roguemos a Deus, hoje, amanhã e depois de amanhã. Estaremos unidos a Deus durante estas três noites” (Tb 8,4).
Veja a coragem de Tobias: conservou-se virgem até aquele dia e, na noite das núpcias, convidou sua esposa para passarem três noites em oração, unidos a Deus, para somente depois da terceira noite consumarem a união. O mais importante vem em seguida: “Porque somos filhos de santos, e não nos devemos casar como os pagãos que não conhecem a Deus ” (Tb 8,5).
Dou um passo a mais e convido também os casados a assumirem com o Senhor o compromisso de viverem suas relações conjugais de maneira pura, santa, como Deus quer, sem as aberrações que o mundo lhes ensina por meio de filmes, vídeos, revistas e tudo mais.
O mundo desconsidera o que de mais puro Deus criou: a união do homem e da mulher como Seus “sócios” para a existência de filhos neste mundo. Foi Deus quem quis que a criação de Seus filhos continuasse por meio da sexualidade do homem e da mulher. O sacramento do matrimônio vivido de maneira santa é lindo! A tentação e o mundo ensinaram aberrações que profanam e dessacralizam o que Deus criou de mais sagrado.
Sei que há muitas provocações e que, por isso, não é fácil aos casados manter a fidelidade nos dias de hoje. Mas porque “somos filhos de santos”, queremos ser santos. Não podemos viver o matrimônio “como os pagãos que não conhecem Deus”.
Queremos viver a pureza e a santidade naquilo que de mais sublime o Senhor fez para o homem e a mulher, que são o matrimônio e as relações conjugais.
Você pode viver a fidelidade. É claro que vai lhe custar muito “joelho dobrado”, muita força de vontade, confissão, arrependimento e jejum. Será necessário fazer mortificações, deixar, por exemplo, o cigarro, a cervejinha, para se manter firme e forte nesse propósito! Porque, na verdade, se você cede sempre ao cigarro, à cervejinha, quando chegar à sexualidade, você também não vai aguentar!
E mais: a fidelidade não é só para a mulher. Há muito marido que diz: “Com a minha mulher, não! Com a minha filha, não!”, mas pode com a mulher e a filha dos outros?
o segredo para viver bem o matrimonio
Como o casal deve viver a sexualidade?
Como posso me tornar puro outra vez?
Não existem dois pesos e duas medidas. Por quê? “Porque somos filhos de santos, e não nos devemos casar como os pagãos que não conhecem Deus”.
É preciso que o mundo comece a conhecer a verdade. Infelizmente, nós cristãos permitimos que o mundo coloque na televisão, nas revistas, nas músicas, toda essa enxurrada de sujeira que vemos hoje. É preciso, portanto, que a humanidade saiba que Deus tem filhos neste mundo que se conservam fiéis a Ele, que são capazes de se manterem firmes, castos, “subindo contra a correnteza”, porque são filhos de Deus.
Vamos imaginar uma linda situação: Maria e José como os nossos casais de namorados de hoje. Maria namorou, não estranhe! Ela nunca imaginou que seria a Mãe de Deus, até receber o anúncio do anjo. Como toda moça judia, preparava-se para o casamento.
Maria pedia a Deus o marido que Ele tinha preparado a ela. Encontrou José na cidade de Nazaré: conheceram-se, namoraram e se casaram. O casamento entre os judeus se fazia em dois tempos. No primeiro, eles se casavam, mas ainda não habitavam juntos! O marido, então, ia preparar a casa, os móveis e todo o necessário, enquanto a mulher preparava o enxoval. José preparava tudo para a sua amada, e Maria, por sua vez, preparava-se para José.
Durante esse tempo, aconteceu o anúncio do anjo, e somente quando o anjo explicou a José a situação de Maria é que ele a assumiu e a levou para casa!
Um segredo para você: namore como se José e Maria o acompanhassem no namoro (o que é real). Eles estão atentos a todos os filhos de Deus. Maria, que é Mãe, quer educar você. José, que assumiu a paternidade de Jesus, quer assumir a paternidade de todos aqueles que são irmãos de Jesus e filhos de Maria.
Assim, você namora de maneira santa! Para quê? Para que vocês dois, namorados ou noivos, possam viver a castidade e a pureza até o casamento. Para as meninas, um alerta especial: você não vai querer se casar com um qualquer! Vai querer um marido de têmpera.
Se o rapaz não resiste agora, durante o tempo de namoro, e parte para a sexualidade, ele vai aguentar depois de casado?
A realização sexual no matrimônio
Meninas, pensem bem: o fraco é sempre fraco. Queira que o seu namorado ou noivo prove que é homem mantendo-se casto! Se ele quiser que você prove que o ama entregando-se sexualmente a ele, não aceite. Deve ser o contrário! É preciso que ele prove que a ama contendo-se e guardando-se casto para você até o casamento.
Sei, porém, que devido àquilo que aprendem nas novelas, revistas ou conversas com amigas, as meninas de hoje já querem logo experimentar o sexo e partem para o ataque. Quem faz isso “brinca com fogo”, põe em risco o seu futuro e a sua família.
É preciso, portanto, decisão de ambas as partes. Firmá-la na oração é fundamental! Rezemos juntos:
Sou filho de santos, sou filho de Deus! Sou filho de Maria! Sou protegido por José e guardado por eles. Sou santa também e quero caminhar para a santidade! Não quero me casar como os pagãos. Não quero viver a minha vida conjugal como os que não conhecem a Deus. Quero ser forte, Senhor, forte como Tobias e como Sara! Preciso da graça da fortaleza para começar tudo de novo! Dá-me, Senhor, a graça da virgindade, porque sou filho de santos! Estou em Ti, Senhor, e sou uma nova criatura. Amém!
Artigo extraído do livro ‘Geração PHN’, de monsenhor Jonas Abib.

























terça-feira, 29 de agosto de 2017

Por que a depressão entre adolescentes está crescendo?


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Um alerta particular para um fenômeno registrado especialmente entre as meninas

Sarah, uma mãe que eu conheço, preocupa-se com o uso constante do celular pela filha adolescente. “Ela parece tão distante, mesmo que estejamos na mesma casa. Ela está sempre em seu telefone, em um mundo do qual eu não sou parte. Eu não sei como me conectar com minha própria filha”.

Isso soa familiar? Conectar-se com um filho(a) adolescente sempre foi um desafio, mas não há dúvida de que os smartphones e as mídias sociais têm adicionado obstáculos extras. E com as taxas de depressão subindo em adolescentes nos últimos 10 anos, especialmente entre as meninas, a necessidade de pais se conectarem com seus filhos é mais importante do que nunca.

Em apenas 10 anos, a depressão em adolescentes aumentou significativamente – e as taxas para as meninas já atingiram números historicamente altos. Acompanhando os indivíduos do estudo durante um período de 12 meses, viu-se que a depressão aumentou entre as meninas de cerca de 13 por cento em 2005 para cerca de 17 por cento em 2014. O aumento foi muito menor entre os meninos, passando de cerca de 4 por cento em 2005 para cerca de 6 por cento em 2014.

E isso exclui fatores de risco, como status econômico familiar e abuso de substâncias. O estudo de Johns Hopkins não identificou com êxito outros fatores de risco que possivelmente poderiam explicar este aumento acentuado da depressão, mas os autores sugeriram um potencial vínculo com a tecnologia e uso de mídia social, particularmente entre as meninas adolescentes. Os adolescentes de hoje estão mais tecnologicamente conectados do que nunca, passando cada vez mais tempo se comunicando com colegas através de mensagens de texto, mídias sociais e aplicativos de mensagens instantâneas. E qual gênero relata maior uso de mídias sociais visualmente orientadas – como Instagram e Snapchat? As meninas.

“A tecnologia e as mídias sociais enviam lembretes constantes de como você deve olhar, falar e se vestir”, diz a psicóloga de crianças e adolescentes Marion Wallace, professora assistente da Faculdade de Medicina da Universidade do Alabama. “Há um padrão não dito, um que não é realista e pouco saudável”. Wallace diz que esses lembretes constantes podem levar a sentimentos de inadequação e desesperança em meninas adolescentes. “Ajudar nossas meninas a conceituar seu valor em domínios fora da atração física é o primeiro passo no desenvolvimento de alta-estima estável e combate à depressão”.

Nessa cultura hiperconectada e saturada de mídia, a distração pode se tornar uma técnica de enfrentamento fácil durante períodos de estresse. Embora isso possa ajudar as meninas a se sentirem melhores e menos tensas no momento, em última análise não abordam a causa do estresse e da depressão.

Mas não jogue fora os dispositivos móveis de seu adolescente. Integrar essas pequenas, mas poderosas dicas pode ser um grande passo para ensinar sua filha como equilibrar a tecnologia e bem-estar mental.

  1. Ter tempo com a família sem tecnologia

Os pais devem modelar comportamentos saudáveis ​​para saber como interagir e se comunicar. Isso significa desconectar e conectar autenticamente face a face. Pode ser simples como uma política de ficar sem celular na hora do jantar. Claro, pode parecer simples, mas atividades familiares foram infiltradas por dispositivos eletrônicos. As crianças aprendem a se comunicar, interagir e expressar seus pensamentos e sentimentos observando seus pais. Esta aprendizagem não para nos anos da adolescência. Implementar um tempo livre de tecnologia também abre a porta para adolescentes revelar pensamentos e sentimentos que não podem oferecer de outra forma. O que importa é estabelecer um limite e aderir a ele.

  1. Incentivar limites pessoais para o uso da tecnologia

Converse com seu filho sobre a importância de estabelecer seus próprios limites no uso da tecnologia. Incentive-o a monitorar seu estado de ânimo e nível de estresse enquanto estiver usando a tecnologia – e para reconhecer se ele precisa fazer uma pausa. Este tipo de monitoramento irá facilitar a consciência do seu adolescente de potenciais influências negativas da tecnologia. Também permite oportunidades para a prática de prudência, autorregulação e reflexão. Convide-o a apresentar um limite de tempo razoável para o uso da tecnologia ao longo do dia.

  1. Ensine expectativas saudáveis ​​para o uso de mídia social

Não deixe que as mídias sociais se tornem uma parte excessivamente importante da identidade do adolescente. A prática da comparação pode influenciar como os adolescentes interpretam as mensagens da mídia, que são conhecidas por influenciar fatores como a imagem corporal. Explique como as mídias sociais mostram esmagadoramente uma imagem distorcida de uma pessoa que nem sempre é baseada na realidade. Discutir a importância da moderação ao usar as mídias sociais como uma ferramenta de comunicação, enfatizando os aspectos positivos e negativos de seu uso. A mídia social pode ser uma ótima maneira para o adolescente ficar conectado com seus amigos, compartilhando experiências, pensamentos e sentimentos. Mas mídia social deve sempre ser usada como uma forma de complementar – não substituir – relações. Incentive seu filho adolescente a continuar gastando tempo de qualidade com as pessoas, como seus amigos e participar regularmente em atividades que promovam o autocrescimento positivo, como um retiro espiritual.

  1. Ensine estratégias saudáveis ​​de administração do estresse

Praticar técnicas de atenção simples também pode ajudar os adolescentes a enfrentar o estresse das mídias sociais, reconhecendo a diferença entre informações e coisas pessoais. Incentivar o adolescente a exercitar regularmente as técnicas de atenção plena – como concentrar-se na experiência física da respiração, relaxamento muscular progressivo ou participar da oração – pode orientar a atenção para longe de pensamentos negativos e preocupações, aumentar a tolerância para sentimentos desconfortáveis ​​e ajudar o adolescente a ficar focado no presente.

  1. Olhe para mudanças de comportamento e procure ajuda

Se você notar que seu filho(a) parece mais irritado ou triste do que o habitual, afastado, desinteressado em socializar, tem mudanças nos padrões de sono ou apetite, ou qualquer outra mudança de comportamento importante, não hesite em conversar com ele sobre isso. Mostre diretamente estas preocupações ao seu adolescente, e converse com seu médico ou um profissional licenciado da saúde mental. Existem muitos grandes tratamentos para a depressão, e ajuda profissional pode prevenir a escalada dos sintomas.

Tente estas dicas em casa e lembre-se de manter abertas as linhas de comunicação com o adolescente.

Nicole Zelli, PhD

domingo, 27 de agosto de 2017

Como abençoar nossos filhos.



Um costume antigo que os pais e as mães podem repetir todos os dias

Atenção, papais e mamães! Vocês têm uma linda missão de vida: apresentar seus filhos a Deus. O Catecismo da Igreja Católica explica que: “Pela graça do sacramento do matrimônio, os pais receberam a responsabilidade e o privilégio de evangelizar os filhos. Desde tenra idade devem iniciá-los nos mistérios da fé, de que são os «primeiros arautos». Hão de associá-los, desde a sua primeira infância, à vida da Igreja. A maneira como se vive em família pode alimentar as disposições afetivas, que durante toda a vida permanecem como autêntico preâmbulo e esteio de uma fé viva.”(CIC 2225).

Com toda certeza, esta não é uma tarefa fácil. Frequentemente, pode até parecer infrutífera. E digo mais: talvez nós nunca vamos saber a influência religiosa que tivemos sobre nossos filhos. Mas é preciso exercê-la.

Uma parte importante da “evangelização” de nossos filhos é bastante simples e muito antiga. É a chamada “Bênção Parental”, que consiste na habilidade de derramar as bênçãos de Deus sobre nossos filhos. Como pais e mães, temos o dever de confiar nossos filhos a Deus e nossas orações têm um duplo efeito sobre eles. Por quê? Porque Deus nos deu nossos filhos e é nosso dever devolvê-los a Ele.

Exemplos de Bênçãos Parentais podem ser encontrados ao longo do Antigo Testamento. Um dos exemplos mais conhecidos é o de Isaac, que abençoa seu filho Jacó (cf Gênesis 27).

Em Números, está a conhecida Bênção Aarônica ou Bênção Sacerdotal: “O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e te conceda graça; o Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz” (Números 6:24-26). Linda e verdadeira, não é?

Outra Bênção Parental pode ser encontrada no livro de Tobias, onde Tobit abençoa seu filho Tobias, que está prestes a partir para uma viagem: “Que Deus nos céus te proteja no teu caminho e te traga salvo de volta pra mim; que o teu anjo te acompanhe “(Tobias 5:17).

Todas essas orações você pode recitar para seus filhos. Outra maneira simples de fazer isso seria pegar um pouco de água benta (se disponível) e traçar o sinal da cruz na mão direita de seu filho (ou simplesmente colocar a mão na cabeça dele). Ao fazer isso, você pode rezar qualquer uma das orações acima, ou apenas dizer: “Que Deus o abençoe em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.

Não existe uma fórmula definida para a oração de bênção dos filhos. Ela pode até ser espontânea. O importante é invocar a benção de Deus sobre eles, reconhecendo o poder que Ele lhe deu como pai ou mãe.

Este tipo de bênção é comumente feita na hora de dormir, mas também pode ser aplicada antes de seu filho ir para a escola, embarcar em um ônibus ou fazer uma viagem. Isso lhe dará conforto adicional para saber que Deus está com eles enquanto eles saem de sua casa e um anjo está a seu lado a cada passo do caminho.

Não é fácil ser pai e mãe e ter que ensinar a fé aos filhos. No entanto, com a ajuda de Deus, todas as coisas são possíveis. E eles, um dia, vão te agradecer por isso.


Fonte: Aleteia

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Festa de Pentecostes.

 

         Pentecostes, é uma palavra que vem do grego e significa "qüinquagésimo". É o 50° dia depois da Páscoa. É a solenidade da vinda do Espírito Santo. Junto com Natal e Páscoa, forma o tripé mais importante do Ano Litúrgico. Esse detalhe ajuda a compreender por que Pentecostes pertence ao Ciclo da Páscoa.

Qual é a cor litúrgica de Pentecostes e seu significado?

O vermelho domina essa solenidade, associado ao fogo, símbolo do amor. 0 Espírito Santo é chamado de "Espírito do amor".

Como surgiu a festa de Pentecostes?

Antes de ser uma festa dos cristãos, Pentecostes foi festa dos judeus, e sua origem se perde nas sombras do passado. Antes de se chamar assim, tinha outros nomes, e era uma festa agrícola. Em Êxodo 23,14-17 é chamada de festa da Colheita, a festa dos primeiros feixes de trigo colhidos. Em Êxodo 34,22 é chamada de festa das Semanas. Por que "festa das semanas"? A explicação é dada pelo Levítico (23,15-21): calculavam-se 7 semanas a partir do inicio da colheita do trigo. 7 semanas = 49 dias.

           Com o tempo, ela perdeu sua ligação com a vida dos agricultores, recebeu o nome grego de Pentecostes e se tomou festa cívico-religiosa. No tempo de Jesus, celebrada 50 dias apos a Páscoa, ela recordava a dia em que no Monte Sinai, Deus entregou as tábuas da Lei a Moises. Os Atos dos Apóstolos fazem coincidir a vinda do Espírito Santo com a festa judaica de Pentecostes.

Quem recebeu o Espírito Santo no dia de Pentecostes?

          O episodio de Pentecostes é narrado por Lucas em Atos 2,1-11. Sem muita reflexão, seriamos tentados a responder que apenas os Doze apóstolos é que receberam o Espírito Santo. Mas lendo com atenção o contexto desse acontecimento poderemos ter surpresas.

          De fato, Lucas disse, antes que viesse o Espírito: "Os apóstolos voltaram para Jerusalém, pois se encontravam no chamado monte das Oliveiras, não muito longe de Jerusalém: uma caminhada de sábado. Entraram na cidade e subiram para a sala de cima, onde costumavam hospedar-se. Ai estavam Pedro e João, Tiago e Andre, Filipe e Tome, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão Zelote e Judas, filho de Tiago. Todos eles tinham os mesmos sentimentos e eram assíduos na oração, junto com algumas mulheres, entre as quais Maria, mãe de Jesus, e com as irmãos de Jesus. Nesses dias, ai estava reunido um grupo de mais ou menos cento e vinte pessoas" (Atos 1,12-15a). No dia de Pentecostes, já com Matias substituindo o traidor Judas, Lucas afirma que "todos eles estavam reunidos no mesmo lugar" (2,1). Na fala depois de terem recebido o Espírito Santo, Pedro cita a profeta Joel, que previa a efusão do Espírito sobre todas as pessoas: "Nos últimos dias, diz o Senhor, eu derramarei o meu Espírito sobre todas as pessoas. Os filhos e filhas de vocês vão profetizar, os jovens terão visões e os anciãos terão sonhos. E, naqueles dias, derramarei o meu Espírito também sobre meus servos e servas, e eles profetizarão" (2,17-18; veja Joel 3,1-5). Não se pode, portanto, afirmar que somente os Doze ap6stolos e que receberam o Espírito.

0 fenômeno de falar em línguas surgiu em Pentecostes?

          O dom de falar línguas estranhas era um fenômeno restrito praticamente às comunidades cristãs de Corinto. Esse dom tem pouco a ver com a Pentecostes de Atos 2,1-11. Lá em Corinto, as pessoas rezavam a Deus em línguas estranhas, todas juntas, sem que alguém compreendesse coisa alguma. Paulo põe ordem nessa "babel", mandando que orem um por vez, com interprete (1 Coríntios 12-14).

         Em Atos as coisas são bem diferentes: "Todos ficaram repletos do Espírito Santo, e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem. Acontece que em Jerusalém moravam judeus devotos de todas as nacões do mundo. Quando ouviram barulho, todos se reuniram e ficaram confusos, pois cada um ouvia, na sua própria língua, os discípulos falarem. Espantados e surpresos, diziam: 'Esses homens que estão falando, não são todos galileus? Como é que cada um de nós os ouve em sua própria língua materna? ... E cada um de nós em sua própria língua os ouve anunciar as maravilhas de Deus!'" (2,4-8.11).

              Lucas montou a cena de Pentecostes sobre o molde da entrega da Lei a Moises, ou seja, sobre o molde do Pentecostes judaico. Compare Atos 2,1-11 com Êxodo 19,1-20,21, e anote as coincidências. Em Êxodo, todo o povo reunido ao redor do monte; em Atos, o mundo inteiro reunido em Jerusalém. No Êxodo, relâmpagos, trovões, nuvem escura etc., símbolos de teofania (= manifestação de Deus); nos Atos, vento forte, línguas como de fogo, símbolos teofânicos (= manifestação do Espírito de Deus).

Qual a mensagem de Pentecostes?

A mensagem vem , sobretudo das leituras dessa solenidade, que são sempre as mesmas: Atos 2,1-11; 1 Coríntios 12,3b-7.12-13; João 20,19-23. Eis alguns temas que deveriam ser aprofundados.

1. O supremo dom do Pai e de Jesus a humanidade é o Espírito Santo.

2. Soprando sobre os discípulos, Jesus esta recriando a humanidade mediante o sopro do Espírito.

3. Recebendo o Espírito de Jesus, os cristãos recebem igualmente a mesma missão.

4. O Espírito é dado a todos. Ninguém fica sem ele, e ninguém o possui plenamente.

5. O Espírito leva a humanidade a formar uma só família, no amor, diferentemente de Babel-confusão, em que as pessoas não se entendem.

Os 7 dons do Espírito Santo, numa explicação fácil de entender

 

Qual é a diferença entre sabedoria, entendimento e ciência?      E por que o “temor de Deus” é diferente do medo?

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FORTALEZA

Com o dom da fortaleza, Deus nos dá a coragem necessária para enfrentarmos as circunstâncias desafiadoras da vida e a firmeza de caráter para suportarmos as perseguições e tribulações decorrentes do nosso testemunho cristão, rejeitado e combatido pelo mundo. Foi graças ao dom da fortaleza que os santos recusaram as falsas promessas e enfrentaram as ameaças da mundanidade, muitos com o sacrifício da própria vida.

 

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O dom da sabedoria nos leva a distinguir entre o que é essencial e o que não é; entre o que realmente importa e o que é meramente secundário. Ser sábio é saber escolher e apreciar o bem em meio às muitas alternativas sedutoras que se colocam diante do nosso livre arbítrio, confundindo o nosso julgamento com aparências que precisam ser desmascaradas. A sabedoria não necessariamente envolve inteligência, cultura e entendimento: é outro tipo de conhecimento; é a capacidade singela de enxergar ou intuir o bom, o belo e o verdadeiro a partir da referência do Absoluto, não do relativo. É o dom de “saber viver” em Deus, na bondade, na verdade e na beleza, ainda que não se entendam muitas coisas no sentido intelectual do termo “entender” – aliás, o entendimento é outro dom divino, que veremos em seguida.

 

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ENTENDIMENTO

Este dom torna a nossa inteligência capaz de compreender e assimilar os conteúdos das verdades reveladas, auxiliando-se também da ciência, que ilumina a razão a fim de conhecermos melhor a criação e chegarmos assim ao Criador. Pode parecer um tanto confuso, à primeira vista, distinguir entre a sabedoria, o entendimento e a ciência. De fato, são dons complementares entre si, mas há distinção entre eles. Expliquemos dando um exemplo: há pessoas simples que, mesmo sem entenderem o vasto significado da liturgia, dos dogmas e das orações, sabem apreciar o sabor das coisas de Deus e dão testemunho de intensa devoção e piedade, sendo capazes de inspirar e ajudar os outros a viverem uma vida espiritual mais profunda, ainda que esses outros tenham maiores talentos intelectuais. Essas pessoas simples possuem o dom da sabedoria, mas lhes falta o entendimento – que é o dom de compreender o sentido das coisas de Deus. Com o dom do entendimento, o cristão contempla com mais lucidez e consciência o mistério da Santíssima Trindade, o amor de Cristo pela humanidade, o significado da Sagrada Eucaristia, dos sacramentos, dos ritos litúrgicos, da moral católica etc. E onde é que entra o dom da ciência? A ciência nos ajuda nessa compreensão fornecendo-nos um tesouro crescente de informações sobre a criação como precisamente isso: criação, obra do Criador.

 

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CIÊNCIA

É o dom divino que aperfeiçoa as nossas faculdades intelectivas e nos ajuda a compreender a realidade como obra do Criador, iluminados, simultânea e harmoniosamente, pela fé e pela razão – “as duas asas que elevam o espírito humano à contemplação da Verdade”, conforme a bela descrição apresentada pela encíclica “Fides et Ratio”, do Papa São João Paulo II. O dom da ciência, portanto, nos abre à contemplação do Criador mediante o conhecimento da criação. É importante observar que se trata do dom da ciência de Deus, não da ciência das coisas do mundo; ele envolve o reconhecimento da criação como meio para a contemplação de Deus. Graças ao dom da ciência, os santos, por exemplo, souberam ver Deus atrás das criaturas como que através de um espelho. São Francisco de Assis compôs o “cântico das criaturas” ao Senhor porque todos os seres criados, desde as flores até as aves, desde a água até o fogo e o sol, lhe eram ocasião para contemplar e amar a Deus, Criador de tudo o que há. O dom da verdadeira ciência nos leva, mediante o reto conhecimento e reconhecimento das criaturas como criaturas, a vislumbrar o Criador. Entre as criaturas não se incluem apenas os demais seres tangíveis, mas também as próprias ações e comportamentos humanos, que fazem parte do mundo criado: o dom da ciência, portanto, nos ajuda ainda a saber como agir – e, neste sentido, evoca o dom do conselho.

 

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CONSELHO

É o dom que permite à alma o reto discernimento sobre como responder às circunstâncias da existência, tanto no tocante às próprias decisões quanto na hora de orientar os irmãos a trilharem o caminho do bem.

 

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PIEDADE

É a graça de Deus na alma que proporciona o relacionamento filial e profundo com Deus, mediante a oração e as práticas piedosas ensinadas pela Igreja. É o dom da devoção, do fervor, da experiência de viver em comunhão permanente com Deus.

 

TEMOR DE DEUS

O nome deste dom pode causar estranheza e confusão, pois muitos o entendem em sentido negativo, como se devêssemos ter medo de Deus. Na verdade, trata-se do dom divino que nos leva a “temer” por Deus no sentido de não querer que Ele seja desprezado e deixado de lado, nem pelos outros, nem por nós mesmos. É o santo temor de que Deus seja ofendido; ao mesmo tempo, é o sadio temor das consequências do afastamento de Deus – consequências que não consistem num castigo imposto por Deus, mas sim na decorrência natural da nossa própria possibilidade de optar por viver longe d’Ele: Deus respeita a nossa liberdade a tal ponto que não nos impede de odiá-lo se assim escolhermos; por isso mesmo, Ele tampouco impede as consequências desse ódio voluntário, que se resumem no afastamento eterno de Deus decretado por nós próprios com a nossa liberdade e arbítrio. O dom do santo temor de Deus nos ajuda, assim, a evitar tudo o que nos afasta d’Ele – ou seja, o pecado; e não por medo de castigo, mas pela justa consciência de que, ao nos afastarmos d’Ele, nós próprios O perdemos voluntariamente.

domingo, 19 de março de 2017

19 de Março - Dia de São José

 

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        O culto a São José começou provavelmente no Egito, passando mais tarde para o Ocidente, onde hoje alcança grande popularidade. Em 1870, o papa Pio IX o proclamou "O Patrono da Igreja Universal" e, a partir de então, passou a ser cultuado no dia 19 de março. Em 1955 Pio XII fixou o dia 1º de maio para "São José Operário, o trabalhador". Apesar de ter grande importância dentro da Igreja Católica, o nome de São José não é muito citado dentro das fontes bibliográficas da Igreja, sendo apenas mencionado nos Evangelhos de S. Lucas e S. Mateus. Descendente de Davi, São José era carpinteiro na Galiléia e comprometido com Maria. Segundo a tradição popular, a mão de Maria era aspirada por muitos pretendentes, porém, foi a José que ela foi concedida. Quando Maria recebeu a anunciação do anjo Gabriel de que daria à luz ao Menino Jesus, José ficou bastante confuso porque apesar de não ter tomado parte na gravidez, confiava na fidelidade dela. Resolveu, então, terminar o noivado e deixá-la secretamente, sem comentar nada com ninguém. Porém, em um sonho, um anjo lhe apareceu e contou que o Menino era Filho de Deus e que ele deveria manter o casamento. José esteve ao lado de Maria em todos os momentos, principalmente na hora do parto, que aconteceu em um estábulo, em Belém. Quando Jesus tinha dois anos, José foi novamente avisado por um anjo que deveria fugir de Belém para o Egito, porque todas as crianças do sexo masculino estavam sendo exterminadas, por ordem de Herodes. José, Maria e Jesus fugiram para o Egito e permaneceram lá até que um anjo avisasse da morte de Herodes. Temendo um sucessor do tirano, José levou a familia para Nazaré, uma cidade da Galiléia. Outro momento da vida de Cristo em que José aparece na condição de Seu guardião foi na celebração da Páscoa Judaica, em Jerusalém, quando Jesus tina 12 anos. Em companhia de muitos de seus vizinhos, José e Maria voltavam para a Galiléia com a certeza de que Jesus estava no meio do grupo. Ao chegar a noite e não terem notícias de seu filho, regressaram para Jerusalém em uma busca que durou 3 dias. Para a surpresa do casal, Jesus foi encontrado no templo em meio aos doutores da lei mais eruditos, explicando coisas que o deixavam admirados. Apesar da grande importância de José na vida de Jesus Cristo não há referências da data de sua morte. Acredita-se que José tenha morrido antes da crucificação de Cristo, quando este tinha 30 anos.

quarta-feira, 15 de março de 2017

Educando os Filhos para a Santidade

 

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       Daqueles que nos foram confiados é o nosso desafio maior como cristãos de hoje.
      Com certeza você é um (a) educador(a) que deseja aprofundar-se nesta grande missão de educar seu(s) filho(s) para a santidade!
       O mundo está cheio de teorias, jogos, fantasias e ilusões... Cheio de métodos atraentes mas que não nos formam a respeito da razão de nossa existência e muito menos se preocupa em nos direcionar para sermos o que Deus quer que sejamos.
       Quando se fala de santidade, muitos têm uma reação de surpresa, pois entendem que santidade não existe e que nem é para eles. Devemos começar a entender que não se trata de uma n

- Levar os filhos para Deus é missão inerente a todos aqueles chamadas à paternidade.
      Mas deparamo-nos atualmente com um mar de conceitos e modismos que muitas vezes nos confundem, exigindo, pois, que estejamos bem arraigados nos valores evangélicos.
      Zelar pela vida eterna

ovidade ou conceitos longe de nós, impossível de viver.
       A santidade é um germe que está em nós desde que nascemos e que precisa ser desenvolvido. Não é algo que vou adquirir, mas está em mim. Sem dúvida que, ao observarmos o que nos cerca, o mundo que vivemos, temos a covardia de não crer e não assumir essa realidade para nós e acreditamos, às vezes, que até para "nossos" filhos isso não funciona.
Porém, esquecemos de que é Deus quem nos faz ser quem somos. É Deus que, em Seu plano original, nos diz que sejamos "Santos e irrepreensíveis diante de Seus olhos" (Ef 1,4). Não diante dos olhos do mundo, mas santos diante dos olhos de Deus.
      Nós nos acomodamos muitas vezes aos modelos do mundo, aos ídolos, super - heróis, e tantos outros e não permitimos que nossas crianças sofram e descubram "o modelo" de Deus para elas. Nem sequer nos permitimos tal modelo, pois desconhecemos e ignoramos o Projeto de Deus para toda humanidade. Porém, nosso filhos necessitam do referencial santo; o mundo precisa de santos para que, cada vez mais, sejam abertos os espaços da vida verdadeira, vida com sentido.

     Conduzir para Deus


       Muitos crêem que santidade é só para São Francisco, Santa Teresa, Santa Clara, Etc., e não percebem que, embora para a santidade todos tenham sido chamados, poucos têm correspondido. Nós nos privamos de uma autêntica experiência com o Amor de Deus e privamos nossos filhos.
        Educar para a Santidade é, sobretudo, educar para Deus. Permitir às nossas crianças experimentar de modo concreto e vivencial o Amor de Deus. Não se trata de uma obrigação ou normas a seguir, mas de uma experiência pessoal, de colocá-las no "caminho" que leve ao Amor.
       O mundo com suas ofertas variadas tem distanciado as crianças de Deus e, desse modo, elas crescem inseguras, depressivas, revoltadas, dispostas a se lançar em todo e qualquer tipo de experiência.
Se isso não ocorre na adolescência, ocorre anos mais tarde quando casados, e até na velhice... Esta missão confiada aos pais requer da parte deles, a consciência de que "Sem Deus, nada de bom, de santo de duradouro podemos fazer", mas que "tudo podemos se permanecermos naquele, que nos fortalece" (Fil 4,13). Ter a coragem de dizer não às inúmeras ofertas e escolher o mínimo, mas agradável aos olhos de Deus, é a personalidade firme e fiel dos Santos. Saber que não é preciso se angustiar, pois, Deus basta!!!

Zelar pela Educação

Precisamos ser santos e educadores para a santidade. Somente as mentes sãs saberão distinguir o que é limpo e reto em meio a tanto lixo e tantos desvios. Nossas crianças precisam de bons testemunhos, testemunhos de quem não deixa levar pelas mentes corrompidas e egoístas, mas que tem o modelo de Deus, de Jesus, que vive e se revela no coração e na vida dos que O acolhem. É Jesus quem vai nos ensinando e nos tornando verdadeiros educadores, é nele que somos santos.
Porém, ao nos omitirmos, o mundo vai, naturalmente, tomando espaço na educação de nossos filhos e a base que deveríamos dar ser torna fragilizada pelos valores que eles vão absorvendo. Esta missão, de educar para a santidade, não é só por um período de tempo, mas é para toda a vida. É amor sempre, e o amor exige cuidado e zelo constantes.
Não devemos limitar o poder de Deus em nossas vidas e na vida de nossas crianças, mas dar ampla abertura para que Deus nos conduza à Sua vontade, que é sempre amor e felicidade para nós.
A Palavra de Deus nos forma, nos esclarece, nos comunica o Caminho, a Verdade e a Vida. No entanto, para nos enchermos de Sua Palavra e instrução, é preciso buscar viver o equilíbrio em Deus, que dará a nós e a nossos filhos, valores e eternos, que não passam. Isso é simples, é só querer!
        Enquanto Deus instrui os corações de Seus Filhos, nós fazemos o nosso papel para sedimentar e desenvolver a obra de santidade.
Temos um longo caminho a percorrer, mas só o faremos, alimentados por Deus, caso contrário largamos, pelo caminho, a responsabilidade e a missão que a nos foi confiada e que nenhum outro poderá executar.
Aceitar o desafio de ser Santo é dizer sim a Deus e se dar o direito de ser feliz. Dê esse direito a seu filho, eduque-o para Deus, tenha coragem de optar pelo eterno, ainda há tempo, pois ainda existe vida e você e nele e Deus é poderoso para santificar tudo e todos como estamos, Ele é o dono da vida.
Nossas crianças não são nossas, são de Deus.