sábado, 11 de agosto de 2012

Assunção de Nossa Senhora – 15 de Agosto

Assunção de Nossa Senhora - Assunção de Nossa Senhora <br />Papa Bento XVI<br />A Igreja celebra a Assunção da Virgem Maria de corpo e alma ao Céu. Trata-se de uma festa antiga, que tem o seu fundamento último na Sagrada Escritura: de fato, ela apresenta a Virgem Maria estreitamente unida ao seu Filho divino e sempre solidária com Ele. Mãe e Filho mostram-se estreitamente associados na luta contra o inimigo infernal até à plena vitória sobre ele.<br /><br />Esta vitória expressa-se, em particular, na superação do pecado e da morte, isto é, em vencer aqueles inimigos que São Paulo apresenta sempre em conjunto (cf. Rm 5, 12.15-21; 1 Cor 15, 21-26). Por isso, como a ressurreição gloriosa de Cristo foi o sinal definitivo desta vitória, também a glorificação de Maria no seu corpo virginal constitui a confirmação final da sua plena solidariedade com o Filho tanto na luta quanto na vitória. <br /><br />Deste profundo significado teológico do mistério fez-se intérprete o Servo de Deus o Papa Pio XII ao pronunciar, a 1º de novembro de 1950, a solene definição dogmática deste privilégio mariano. Ele declarava: "Deste modo a venerável Mãe de Deus, arcanamente unida a Jesus Cristo desde toda a eternidade com o mesmo decreto de predestinação, imaculada na sua concepção, virgem ilibada na sua divina maternidade, generosa sócia do Divino Redentor, que alcançou um triunfo pleno sobre o pecado e sobre as suas consequências, no final, como supremo coroamento dos seus privilégios, pôde ser preservada da corrupção do sepulcro e, tendo vencido a morte, como já o fez seu Filho, ser elevada em alma e corpo à glória do Céu, onde resplandece Rainha à direita do seu Filho, Rei imortal dos séculos." (Constituição Munificentissimus Deus, 768-769). <br /><br />Na Bíblia, a última referência à sua vida terrena encontra-se no início do livro dos Atos dos Apóstolos, que apresenta Maria reunida em oração com os discípulos no Cenáculo, à espera do Espírito Santo (cf. At 1, 14). Sucessivamente, uma dúplice tradição em Jerusalém e em Éfeso dá testemunho da sua "dormição", como dizem os Orientais, ou seja, o fato de que Ela "adormeceu" em Deus. Foi este o acontecimento que precedeu a sua passagem da terra para o Céu, confessada pela fé ininterrupta da Igreja. Por exemplo no século VIII, João Damasceno, grande Doutor da Igreja Oriental, estabelecendo uma relação direta entre a "dormição" de Maria e a morte de Jesus, afirma de maneira explícita a verdade da sua assunção corpórea. Numa célebre homilia, ele escreve: "Era necessário que aquela que trouxera no seu ventre o Criador quando era criança, habitasse com Ele nos tabernáculos do Céu". Como se sabe, esta firme convicção da Igreja encontrou a sua coroação na definição dogmática da Assunção, pronunciada pelo meu venerado predecessor Pio XII, no ano de 1950. <br /><br />Como ensina o Concílio Vaticano II, Maria Santíssima deve ser inserida sempre no mistério de Cristo e da Igreja. Nesta perspectiva, "do mesmo modo que a Mãe de Jesus, já glorificada no Céu de corpo e alma, é imagem e primícia da Igreja, que há de atingir a sua perfeição no século futuro, assim também já agora na terra, enquanto não chega o dia do Senhor, Ela brilha como sinal de esperança segura e de consolação aos olhos do Povo de Deus peregrino" (Constituição Lumen gentium, 68). <br /><br />Do Paraíso, Nossa Senhora continua a velar sempre, especialmente nas horas difíceis da prova, sobre os seus filhos, que o próprio Jesus lhe confiou antes de morrer na cruz. Quantos testemunhos desta sua solicitude materna podem ser encontrados, quando se visitam os Santuários a Ela dedicados! <br /><br />Queridos irmãos e irmãs, elevada ao céu, Maria não se afastou de nós, mas permanece ainda mais próxima e a sua luz projeta-se sobre a nossa vida e sobre a história da humanidade inteira. Atraídos pelo esplendor celeste da Mãe do Redentor, recorramos com confiança àquela que do alto nos guarda e nos protege. Todos temos necessidade da sua ajuda e do seu conforto para enfrentar as provas e os desafios de cada dia; precisamos senti-la como mãe e irmã nas situações concretas da nossa existência. E, para poder partilhar um dia também para sempre o seu mesmo destino, imitemo-la agora no dócil seguimento de Cristo e no generoso serviço aos irmãos. Este é o único modo para saborear, já na nossa peregrinação terrena, a alegria e a paz que vive em plenitude quem alcança a meta imortal do Paraíso.<br /><br />Maria elevada ao Céu indica-nos a meta derradeira da nossa peregrinação terrena. Recorda-nos que todo o nosso ser – espírito, alma e corpo – está destinado à plenitude da vida; que quem vive e morre no amor a Deus e ao próximo será transfigurado à imagem do corpo glorioso de Cristo ressuscitado; que o Senhor derruba os soberbos e eleva os humildes. É isto que Nossa Senhora proclama eternamente mediante o mistério da sua assunção. Que tu sejas sempre louvada, ó Virgem Maria! Intercede por nós junto ao Senhor! - Fotolog

             No dia 15 de agosto a Igreja celebra a solenidade da Assunção de Nossa Senhora. É a terceira e última solenidade de Maria durante o ano na Igreja universal.

            Dia 8 de dezembro ela celebra a Imaculada Conceição e, dia 1º de janeiro, Nossa Senhora, Mãe de Deus. Pelo fato de o dia 15 de agosto não ser feriado, a Igreja celebra esta festa no domingo depois do dia 15. Sua Liturgia é muito rica.

            Assunção de Nossa Senhora, ou Nossa Senhora assunta ao céu, ou ainda Nossa Senhora da Glória, está entre as festas de Nossa Senhora muito caras ao nosso povo. Faz parte da piedade popular do Catolicismo tradicional.

Esta é também a vitória de Maria, celebrada nesta festa da Assunção. Ela não obteve nenhuma medalha de ouro, nos jogos olímpicos; simplesmente está coroada de Doze estrelas, na fronte, por ter assumido e vencido, no seu papel de Mãe de Jesus e Mãe da Igreja.

Na sua Assunção, Maria diz-nos agora: Olhai: a minha vida era dom de mim mesma. E agora esta vida perdida, de entrega e serviço, alcança a verdadeira vida: a vida eterna, a vida plena, a vida repleta de sol, circundada pela luz de Deus.

           A vida não se conquista, tomando-a para si, mas oferecendo-a e multiplicando-a, pelos outros.

É necessário dizer não à cultura amplamente dominante da morte, que se manifesta, por exemplo, na droga, na fuga do real para o ilusório, para uma felicidade falsa, que se expressa na mentira, no engano, na injustiça, no desprezo do próximo e dos que mais sofrem; que se exprime numa sexualidade que se torna puro divertimento, sem responsabilidade.

A esta promessa de aparente felicidade, a esta pompa de uma vida aparente, que na realidade é apenas instrumento de morte, a esta anticultura dizemos não, para cultivar a cultura da vida.

A Assunção da Virgem Maria representa a fé da Igreja na obra da redenção. Entre as formas de redenção a Igreja reconhece uma forma radical de redenção: Unida ao Filho na vida e na morte, a Igreja sabe que Maria foi associada à glória do Filho Ressuscitado.

A Assunção é a Páscoa de Maria. Criatura da nossa raça e condição, Mãe da Igreja, a Igreja olha para Maria como figura do seu futuro e da sua pátria.

Só Deus pode dar uma recompensa justa aos serviços prestados aqui na terra; só ele pode tirar toda dor, enxugar todas as lágrimas, encher nossa vida de alegria.

A festa da Assunção de Maria nos faz crer que a vocação da humanidade é chegar à plena realização e à vitória definitiva sobre todas as mortes.

Celebrando a Assunção da Virgem Maria aos Céus, o Senhor renova em nós a aliança e nos dá um novo sentido para a nossa vida.

A Assunção de Maria valoriza muito o nosso corpo, templo do Espírito Santo, como manifestação de todo o nosso ser, aos olhos dos outros.

Fonte: www.parsantacruz.org.br