domingo, 31 de março de 2013

Evangelizar a Familia


 
 
 
         É projeto de Deus que a família seja o reflexo do amor que tem por sua Igreja. Por isto, ao constituir o amor humano como sinal de seu amor Ele o dignificou tornando-o um sacramento, sinal permanente de sua graça e presença entre os homens.
          
          Hoje, o desafio para o homem e para a mulher de responderem a este projeto torna-se cada vez maior. No lugar de ser "Esperança e Alegria", verdadeiro "Gaudium et Spes", a família tem sido refém de um mundo onde os valores da cristãos não significam nada. É comum encontrarmos estudos dizendo que 50% dos casamentos terminam antes dos 3º ano, sinal de que a vida cristã não tem encontrado o lugar no lar humano.
           Tudo indica que a maior batalha espiritual para nós cristãos do século XXI seja fazermos a família ocupar seu lugar na sociedade humana em acordo com o coração de Deus, fazendo com que homem e mulher se unam em oração. O modelo que a bíblia oferece para o homem destes tempos é a família de Nazaré.
A Secretaria Ágape Nacional, como parte do projeto Ofensiva Nacional da RCC no Brasil, quer dar sua contribuição. Você é o convocado.
 
A escuta não é o nosso ponto forte.
          O escutar é uma forma concreta de amar. Da mesma forma que não somos bons para amar em momentos difíceis, também não escutamos bem nestes momentos. Escutamos o que nos agrada: elogios, expressões de carinho, assuntos que nos interessam, pessoas que nos são agradáveis, etc. Escutamos mal ou não escutamos: críticas, exigências, cobranças, assuntos ou pessoas que não nos agradam. Esta afirmação é verdadeira tanto para nosso escutar às pessoas como para escutar a Deus. E se nossa capacidade de amar e de escutar não for um pouco melhor do que a dos fariseus e em nossos dias, não for melhor do que a daqueles que não conhecem a Deus, então que seguidores de Jesus nós somos? No texto que segue, podemos perceber um sentimento de frustração de Jesus, por não ser escutado.
      Parábola do semeador.
      
         1 Naquele dia, Jesus saiu de casa e sentou-se junto ao mar. 2 Reuniu-se em volta dele tanta gente, que ele teve de entrar num barco para sentar-se, enquanto a multidão ficou na praia. 3 Falou-lhes então muitas coisas em parábolas : "O semeador saiu a semear. 4 Ao semear, uma parte caiu à beira do caminho. Vieram os pássaros e a comeram. 5 Outra parte caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra, e logo germinou porque a terra não era profunda. 6 Mas, quando o sol se levantou, ficou queimada e, como não tinha raízes, secou. 7 Outra parte caiu no meio dos espinhos; os espinhos cresceram e a sufocaram. 8 Outra parte caiu em terra boa e deu frutos, uma cem, outra sessenta, outra trinta. 9 Quem tiver ouvidos, que ouça" (Mt 13, 1-9).
       Deus tem nos falado e quer nos falar sobre seu projeto para a família. Será que a qualidade de nossa escuta é frustrante ou vamos escutar ativamente, com todo o nosso ser?
 
· Por que Evangelizar a família?
        Porque a família é um bem para toda pessoa e para a sociedade e vive momentos difíceis. Todos nós vemos e podemos testemunhar isto. A cultura que nos atinge com grande poder, cria desvios de consciência que ferem a vida e a família. Muitos casais rejeitam a vida mesmo antes de ser concebida. Existe nessa cultura um modismo de não ter filhos, porque crianças são sinônimos de dificuldades e problemas que nos impedem de gozar a vida! (Não se trata, aqui, do planejamento familiar e da responsabilidade na geração e educação dos filhos.) Muitos casais eliminam a vida da criança durante a gestação, através do bárbaro crime do aborto. Muitas crianças já são socialmente excluídas nos seus primeiros anos de vida por este sistema sem ética. Adolescentes e jovens são incentivados, pela mesma cultura, a uma vida sem limites, um laxismo moral e logo cedo começam a pagar um "alto preço". Danificam de modo irreparável suas vidas. Jovens comprometem seu futuro por falta de adequada orientação e por falta de modelos verdadeiros de família nos quais possam conviver e se espelhar. O início da vida familiar é hostilizado por essa cultura e às vezes, deteriorado pela exploração econômica e exclusão social geradas por políticas que servem a "falsos senhores" e não ao Deus da Vida.
 
             A destruição da família danifica a qualidade de vida da pessoa e os relacionamentos sociais, pois a família é um bem. É o maior patrimônio da humanidade. Nenhuma outra instituição pode substituir a família em seu nobre papel de gerar e formar cidadãos capazes de estabelecer relacionamentos duradouros e edificantes.
           Evangelizar a família, tomando como modelo o Senhor Jesus - o Bom Pastor, significa: ver a família como Deus a vê; ver qual é o lobo que a ataca; não fugir da luta e diante da ameaça, confrontar os golias que aparecem. Evangelizar a família é ajudá-la a tornar-se aquilo que é, no plano do Criador - geradora de vida (em sentido amplo); escola do mais alto humanismo; escola de relacionamentos cristãos; Igreja Doméstica. Para evangelizar no estilo Bom Pastor, o testemunho verdadeiro e transparente é requisito indispensável. Portanto evangelizar a família (a ovelha mais agredida em nossos dias) é um chamado urgente do Senhor, chamado este ao qual não se pode responder sem um SIM que comprometa o estilo de vida. Um SIM cujo primeiro e grande desafio é assumir uma vida de conversão. Um SIM para uma tarefa que é grande demais para levarmos adiante por nós mesmos, sem a assistência permanente do Espírito Santo. Mas tudo isto não é uma responsabilidade que mete medo! Pelo contrário, é um privilégio! Um convite do Altíssimo, para ver, participar e testemunhar as maravilhas e grandes obras que o Criador quer, pode e vai realizar através de nosso SIM, apesar de todos os nossos limites. Este chamado vem de Deus! Nos é dirigido pelo Santo Servo de Jesus Cristo, o Papa João Paulo II - o Apóstolo da Família. Nosso SIM, portanto, é a Deus, num serviço à pessoa, à família, à Igreja e à sociedade.