Educar os filhos não é tarefa fácil. Para auxiliar os pais nessa complicada missão especialistas afirmam que não há nada de novo no desafio de educar. “São as mesmas coisas de sempre. O problema é que a sociedade mudou e os pais acabaram se afastando muito dos filhos”.
A sociedade de consumo tomou conta dos pais. “Ficam mais tempo fora de casa, têm mais necessidades supérfluas e isso acaba gerando crianças e adolescentes solitários, submetidos ao assédio da mídia, que nem sempre é filtrada. A mídia também vai causar neles uma necessidade de consumo”.
Este comportamento solitário aumenta o desejo pelo imediatismo, ou seja, o querer tudo muito rápido e ter prazer imediato. Neste quadro de solidão gerado pela ausência dos pais, o indivíduo passa a viver a angústia.
Os responsáveis pelos filhos têm que cuidar, estar presentes, impor limites e ensinarlhes a suportar as frustrações. Muitos pais têm abandonado a idéia de dar limites aos filhos, permitindo-lhes fazer o que quiserem porque esse filho se tornou um estranho chato, que grita e afronta. Essa conduta dos pais estabelece uma cadeia de insucesso,gera gente que não suporta mais o desprazer.
Para pais que querem e não sabem impor limites, psicoterapeutas recomendam olhar para a criança e dizer de forma firme o que se quer.
Também se questiona qual é o papel que o pai e a mãe devem desempenhar na educação e formação dos filhos.
Segundo pesquisa do Padre Vergote mãe é quem tem maior disponibilidade afetiva, é o colo e o aconchego do lar, sendo incondicional seu amor pelos filhos. Para o pai o importante é assumir a missão de ser “chefe” da família, responsável pela imposição de limites, função designada por Deus dentro da família.
Precisamos estar atentos para o desempenho de nossos papéis como pai e mãe. Definir a função de cada um é requisito para uma vida familiar harmônica. Mas é imprescindível que cada um, pai e mãe se doem aos filhos. Filho é investimento que dá retorno proporcional ao empenho/esforço desenvolvido pelos pais.
Queremos filhos educados, mas muitas vezes não priorizamos tempo para educá-los, porque temos inúmeros afazeres diários como, por exemplo, nosso trabalho, nossa academia de ginástica, nosso futebol, nossos compromissos inadiáveis, nosso cansaço, etc.
E uma coisa é certa: se não priorizarmos tempo e atenção para os nossos filhos pagaremos um alto preço: filhos insatisfeitos e pais frustrados.
Não podemos nos esquecer que Deus que é nosso Pai nos orienta na educação dos nossos filhos. Para educá-los precisamos ter os olhos fixos no “PAI”, ora impondo limites, ora confortando-os, mas sempre atentos para ensinar-lhes os verdadeiros valores cristãos.