Todos nós sempre temos algum problema de relacionamento com alguém. Os apóstolos Pedro e Paulo brigaram, durante o caminho os apóstolos também discutiam quem seria o maior.
Apesar de ter sido negado por três vezes, Jesus que é o Mestre dos
relacionamentos, escolheu Pedro para ficar no seu lugar a fim de dizer: “Vocês que caminham atrás dele são como ele”. Somos de barro, por isso que Cristo não se apavora.
Com nosso olhar temos o poder de condenar ou acolher ao irmão em situações de desentendimento mutuo.
Cristo diz que, com a mesma medida que medirmos os outros, seremos medidos. Por isso precisamos exercer a misericórdia do acolhimento e compreensão para com o próximo.
Muitas vezes, temos a imagem equivocada da pessoa que está ao nosso lado, por isso, há os desentendimentos. Que maravilha se o casal dissesse diante da traição. “Assim como você caiu eu
posso cair”.
Na vida de casado, o amor nasce no seu interior e se expande para o
psiquismo, onde entra o esforço de ir ao encontro do outro sem cobrança e num ato de doação. No entanto, o que mais se vê entre os casais é a cobrança, já se casa cobrando o outro. Atitude de amar é atitude de querer o bem do outro. Não é só querer o bem ao outro, mas do outro. Se eu o amo, eu tenho força interior para querer apenas o bem, sem muitas cobranças.
Quanto mais amor, menos cobrança. Quanto mais cobrança, menos amor. Se você que é casado decide viver a realidade de não cobrar o outro além do limite, seu casamento dará certo.
Nenhum casal deve tirar a aliança para que sempre se lembre de que fez uma aliança não para cobrar, mas para se doar. Vejam como vocês cuidam dos vossos filhos, tudo é de graça, vocês não exigem nada deles, só se consomem por eles. Amor total, cobrança zero! Você esposo(a), pense nisso: “Faça para seu cônjuge o que você faz e deseja
para os filhos” e verão as mudanças no relacionamento.
Aqui está a cura dos relacionamentos: “Por isso, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher” (Marcos 10,7). Deixar não é só sair de casa, é ir deixando para trás as marcas, as feridas que cada um recebeu de sua casa. Muitos não se dão bem no casamento porque tiveram um pai alcoólatra, mulherengo, por isso a receita é “deixará” (cf. Mc 10,7), para que você vá se curando das feridas que você trouxe de sua casa. O amor que vocês sentiram não é uma farsa, mas algo que Deus lhes deu. É um presente que se bem aproveitado pelo casal, tem poder de libertação dos sentimentos negativos, de forma a assumir o matrimônio sob as bênçãos de Deus.