sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

O tempo é eterno.

 

  A suave luz da manhã anuncia mais um dia que se inicia.
      A cada novo amanhecer, por que acordamos?…
      De batalha em batalha, a vida vamos levando.
     Mais um dia de batalhas: emocionais, financeiras, profissionais, acadêmicas, intelectuais…
     Há quem diga que o que nos faz acordar e enfrentar mais um dia é a esperança da felicidade.
      Felicidade – esta palavra tão usada, mas tão difícil de definir.
      O que vem a ser a Felicidade, onde haveremos de encontrá-la?
      “Felizes são aqueles que levam consigo uma parte das dores do mundo. Durante a longa caminhada, eles saberão mais coisas sobre a felicidade do que aqueles que a evitam.”
       E o que significa “levar consigo uma parte das dores do mundo”?
Compaixão, significa ser mais sensível ao outro; à dor do outro, à alegria do outro.
    Nos tempos atuais, onde as pessoas estão cada vez mais materialistas, “compaixão” é um termo em desuso…
      Nas conversas diárias, impera a individualidade:
“O meu salário.”
“O meu próximo carro.”
“O novo toque do meu moderno celular.”
“O roteiro de férias da minha família”…
       E ao nos cegarmos para a compaixão, nos afastamos na mesma medida da verdadeira felicidade. É na Caridade que se encontra a materialização da Compaixão. É na Caridade que se realiza o prometido encontro com o nosso Criador, pois Ele marcou o encontro onde nos parece mais contraditório: no oprimido, no sedento, no faminto e no nu.
Portanto, naqueles que não contam para os critérios dominantes da sociedade. Naqueles que o sistema considera nulos, pois praticamente não produzem nada, e quase nada consomem, Deus quis reconhecer Sua existência. Ele os chama de “Meus irmãos e Minhas irmãs menores” e diz:
       “Quem os recebe a Mim recebe, quem os rejeita a Mim rejeita.”
         Partilhar bens e dons materiais e espirituais.
Procurar a elevação espiritual, progredindo em virtudes e boas ações.
Ascender, um degrau que seja, todo dia, em direção à nossa Bem-aventurança.
         Preservar o coração de todas as sugestões ou impulsos diversos que o desencaminham da Pureza e do Silêncio necessários ao estabelecimento nele da Presença Divina.
Renascer a cada dia, aperfeiçoando a essência que em nós habita. E acima de tudo se deve guardar e cuidar da criança que existe dentro de cada um de nós.