O mundo precisa estar ciente destas 5 sérias consequências de se romper um vínculo tão sagrado como o conjugal.
Quando um dos cônjuges ou o casal decide se divorciar, a preocupação primordial geralmente gira em torno do que a justiça tem a dizer sobre suas obrigações ou direitos no divórcio:
- Quanto deverá ser pago como pensão.
- Qual a melhor opção de guarda dos filhos.
- Quanto tempo dura o processo de divórcio.
- Como ficará a partilha dos bens.
- Quanto será gasto com custas judiciais e honorários advocatícios etc.
As questões judiciais, embora necessárias, deveriam ser as menores das preocupações diante de tantas outras coisas fundamentais para se saber sobre o assunto. O divórcio traz consequências bem sérias. Veja algumas:
1 – Os filhos são, de longe, os mais prejudicados
A terapeuta americana Judith S. Wallerstein estudou durante 25 anos filhos de pais separados e garante: “Ser filho de um casal que se separou é um problema que nunca cessa de existir.” Ao contrário do que pregam os defensores das “novas famílias”, o divórcio faz mal às crianças e jovens, sim.
Ela diz ainda que “o homem e a mulher que vivem o tumulto de uma separação não têm equilíbrio e disponibilidade suficientes para dar conta do que as crianças estão sentindo.”
Antes de pensar em divórcio, um casal sensato precisa pensar primeiramente no bem-estar dos filhos. E, se os ama o suficiente, trabalhar com afinco para restaurar o amor que um dia existiu e o levou a ficar junto. E que, provavelmente, só enfraqueceu ou acabou porque deixou de ser nutrido.
2 – Não só os filhos, mas várias gerações tendem a ser afetadas
Nicholas H. Wolfinger publicou um estudo alarmante: o índice de divórcio entre filhos de pais divorciados é significativamente maior do que entre filhos de pais que permanecem fiéis aos seus votos matrimoniais.
Portanto, o divórcio não é e jamais será somente uma questão conjugal. É uma questão familiar, pois poderá afetar os filhos, netos e bisnetos.
3 – Não existe casamento perfeito
Uma pessoa que pede o divórcio por motivos injustos ou banais não deve ser ingênua a ponto de pensar que o próximo relacionamento será perfeito. Não existem relacionamentos perfeitos.
Portanto, em vez de pular de galho em galho em busca do cônjuge ideal, ela deveria investir na pessoa que está ao lado, com quem está acostumada, cujas manias conhece bem e que é o pai ou a mãe de seus filhos. Será que vale mesmo a pena "trocar o certo pelo duvidoso"? A "vida" prega muitas peças.
4 – O erro está no outro ou em você?
Uma pessoa que pede o divórcio por estar insatisfeita com o casamento – porque, diz ela, o cônjuge só reclama, vive de cara amarrada, não lhe dá atenção, é desleixado com a aparência ou por qualquer outro motivo – precisa olhar mais para dentro de si e tentar enxergar os próprios erros. Muitas vezes, tais atitudes do cônjuge são somente o reflexo da falta de carinho, de expressões de amor, de tempo juntos, de incentivo e apoio mútuo, e de comunicação. As falhas na comunicação trazem consequências desastrosas para o casamento.
Assim sendo, em vez de partir para o divórcio, converse com seu cônjuge. Exponha suas preocupações, desapontamentos e expectativas. Tracem metas juntos de mudarem naquilo que estão falhando. Não desistam de um casamento sem ao menos esgotar todas as possibilidades de consertá-lo.
5 – Colhemos o que plantamos
O cônjuge (ou ambos) que decide acabar seu casamento sem um motivo suficientemente justo, ou que provocou uma separação por maus-tratos, adultério, ou qualquer tipo de abuso sofrerá as consequências dos seus erros.
Somos livres para tomar qualquer decisão na vida, mas não temos como fugir das suas consequências. A partir do momento em que nossas decisões prejudicam as pessoas, ainda mais inocentes, ou violam promessas, como as feitas no altar, não podemos pensar que tudo ficará bem. Não, não ficará! Podem dar o nome que quiserem para isso: lei da atração, lei do retorno. Eu chamo justiça divina.
Eu poderia enumerar outros motivos pelos quais o divórcio não é a melhor saída – na verdade, a melhor saída para um casamento em decadência é o arrependimento e não o divórcio – mas creio que o que foi exposto acima é mais que suficiente.
É obvio que há casos em que o divórcio se faz necessário. Ninguém merece sofrer abuso físico, emocional ou psicológico. Nem os filhos vão torcer por um casamento nessas condições. A tranquilidade, o respeito e a paz no lar só são alcançados, muitas vezes, com o fim de um relacionamento abusivo.
No mais, não se pode zombar de uma instituição tão sagrada quanto a família. Não se pode brincar com sentimentos dos filhos e outros inocentes. Não se pode ferir o coração daquele com quem foi prometido estar nos momentos bons e difíceis. Quem fizer isso e não se arrepender, tentando consertar todo o mal que causou, não sairá ileso. O plantio foi feito e a colheita é certa.
Erika Strassburger Borba
Erika Strassburger é uma mãe SUD, bacharel em Administração de Empresas, escritora freelancer e pintora amadora de telas a óleo.